Texto de André Rocha blog Olho tático do GE.com
O clássico no Morumbi foi interessante no primeiro tempo pela abnegação do Palmeiras de Scolari no 4-4-1-1 priorizando o bloqueio pelos lados, com Marcio Araújo e Luan fechando os espaços de Piris e Juan, os alas do 3-4-1-2 tricolor.
O clássico no Morumbi foi interessante no primeiro tempo pela abnegação do Palmeiras de Scolari no 4-4-1-1 priorizando o bloqueio pelos lados, com Marcio Araújo e Luan fechando os espaços de Piris e Juan, os alas do 3-4-1-2 tricolor.
Mas deixando espaços para as arrancadas de Wellington e combinações pelo centro, especialmente entre Dagoberto e Rivaldo. Mesmo com a entrada de Chico à frente da zaga. Na primeira, chute com perigo do atacante. Dois minutos depois, bomba de Fernandinho para grande defesa de Marcos. No final do primeiro tempo, o “Dagol”, em fase iluminada, recebeu do camisa dez, limpou Leandro Amaro e aproveitou a saída atabalhoada do goleiro para tocar por cobertura.
Golaço que não inspirou o segundo tempo. O time alviverde, que só ameaçou na etapa inicial em duas conclusões de Luan, mudou. Com Maikon Leite na vaga de Márcio Araújo, passou a atuar no 4-2-3-1 e ocupou mais o campo de ataque. Mas só foi efetivo com sua jogada única: bola levantada de Marcos Assunção, gol de Henrique em cabeçada esquisita.
Mais não fez porque Kléber vive pífia fase técnica. Falta o talento para desequilibrar com a bola rolando. Ainda assim, o Palmeiras concluiu o triplo do adversário: nove contra três. Foi ligeiramente superior também na posse de bola: 51%
O time de Adílson novamente pecou pela falta de ambição. Cícero e Marlos, substitutos de Rivaldo e Fernandinho, não renovaram o poder de fogo. Por isso também o São Paulo não se aproxima do topo da tabela, mesmo quando os concorrentes vacilam.
Um “Choque-Rei” com final melancólico e sem surpresas.