Archive for fevereiro 2012

Mano lembra Dunga - Hibrido 4-2-3-1/4-3-1-2

Não existe mais bobo no futebol. O chavão esta ficando chato durante as transmissões. O futebol globalizou e todos sabem como jogar ou como jogam seus adversários. Se o futebol globalizou, porque o Brasil parece decair? Acredito que a resposta para o enigma esta no tempo de preparação, Mano sofre com os curtos treinos a sua disposição.

Brasil e Bósnia, amistoso da seleção brasileira não empolga a ninguém, a não ser empresários que tem a chance de “mostrar” seus jogadores ao mundo. A partida se encaminhava para um merecido empate, mas no final o Brasil teve a seu favor um gol contra. Não acredito que posse de bola seja sinônimo de dominar o adversário, jogar ofensivamente e encher os olhos de críticos. A posse de bola possui muitas derivações, infelizmente neste jogo o Brasil teve a maior posse de bola defensiva, em campo alto, mas sem causar holocaustos no adversário.

Porque Mano Menezes lembra Dunga? Simples. Ambos são gaúchos, não quer dizer nada. Jogam no 4-2-3-1 com variação para o 4-3-1-2 e inexplicavelmente o lado direito é o que sofre alteração. E ainda tem nas suas escolhas alguns jogadores questionados e se realmente merecem convocação.

Setas amarelas: Movimentos defensivos. Setas pretas: Movimentos ofensivos

Vamos aos fatos. Mano não conseguiu romper a cortina de ferro Bósnia, marcou os gols, mas ficou devendo e muito em desempenho. Colocar Ronaldinho como articulador não vem demonstrando resultado. Hernanes como coringa nesta variação de esquema pode dar certo. David Luiz não fez bela partida, contribuiu para o gol Bósnio e sofreu ao marcar Dzeko.

Neymar poderia estar mais solto. No inicio da partida se movimentou, apareceu na direita e esquerda. Com o passar do tempo a seleção foi ficando estática e previsível em seus movimentos. O jogo coletivo não fluiu, as únicas jogadas de perigo aconteciam em lances individuais.

Com um paredão vestido de branco frente à área defensiva, o Brasil se limitou a tocar bola na linha que separa o campo. A valorização da posse da bola estava clara, mas aparentemente controlada pelo adversário, a Bósnia deixava o Brasil trocar passes e no menor erro se colocava em contra-ataque. Geralmente os dois atacantes Bósnios ficavam no mano a mano com os zagueiros brasileiros, graças aos volantes adiantados para o rebote ofensivo que não traziam consigo a dupla de zaga. Outra dificuldade brasileira era em relação aos laterais guardarem posição, isto pouco se viu.

Saída de bola era com a dupla de volantes, logo eram travados pelo “paredão” Bósnio. Hernanes fazia o corredor pela direita, por ali traçou um trilho em que ia, voltava, infiltrava no meio e foi elemento chave na variação de esquema. Dani Alves e Marcelo pouco foram à linha de fundo, acredito que por ordem do treinador, pois com apenas Damião na referencia as chances seriam quase nulas.

A seleção careceu de um meia de criação. Foi complicado ver Ganso no banco e Ronaldinho "em campo". Outra atitude discutível foi ver David Luiz com sérias dificuldades frente ao ataque Bósnio e Mano não inverter os zagueiros, já que Thiago Silva joga na esquerdo pelo Milan.

A defesa comprometeu. Thiago Silva foi o anjo da guarda de David Luiz, este que penou com Dzeko e deu espaço aos atacantes. Os contra-ataques eram perigosos e o buraco deixado pelos volantes sobrecarregava os zagueiros. Para completar Julio Cesar não estava em tarde inspirada.

O maior problema era o que fazer com bola nos pés, faltou criatividade, movimentação e tudo que consideramos essencial no futebol. A transição defensiva causou problemas, em certos momentos a Bósnia tinha mais chances de gol que o Brasil.

Lado esquerdo do Brasil era mais “espetado” em relação ao direito. Sem bola a configuração deste 4-3-1-2 se dava com: linha defensiva de quatro jogadores; tripé de volantes frente a eles (Sandro na primeira função, Fernandinho e Hernanes nos lados) e Ronaldinho na "ligação"; Neymar alinhando a Leandro Damião. A marcação meia-pressão se dava pelos homens de frente tentarem logo recuperar a posse de bola, Neymar e Leandro Damião conseguiram e levaram perigo ao gol adversário.

Desta vez, ou, novamente, o resultado foi melhor que a exibição brasileira. Não que a Bósnia foi superior, mas souberam anular o Brasil em suas duas linhas de quatro. O segundo gol foi infelicidade Bósnia. Mano que tome jeito, se Ricardo Teixeira cair, Mano poderá tomar mesmo rumo.

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Vanderlei Luxemburgo estréia no 4-4-2 brasileiro

Luxa estreou no Grêmio com derrota frente ao Caxias. Aos desavisados, informo que, Luxemburgo, trabalhou no Grêmio por apenas três dias. A cobrança de resultados, ou ainda para alguns que crêem em má sorte e que estrear com derrota é um sinal de fracasso é completamente sem nexo e indevida.

Não assisti o jogo por completo, pude ver os primeiros 30 minutos. Vanderlei adotou o 4-4-2 a moda brasileira – 4-2-2-2 -, mas sem a vontade demonstrada frente ao Internacional. Luxa não inventou ao sair do losango e ir para o quadrado, a explicação fica em Léo Gago – que se automedicou de maneira equivocada. Com saída de Gago a reposição não ficava a altura e o treinador optou por escalar Marquinhos na sua ao lado de Marco Antônio.

A linha de defesa foi mantida – Gabriel, Gilberto Silva, Naldo e Julio Cesar -  o que mudou foi o meio campo – Fernando alinhado a Souza, a frente deles Marco Antônio na esquerda e Marquinhos a direita – em quadrado e jogando pelo centro, a parceria com laterais foi pouco explorada. O setor de ataque se manteve com Kléber e Marcelo Moreno – novamente apagado.

Não que o dedo de Luxa apareceu, mas o time estava trocando passes curtos e girando a bola como nunca. Linha defensiva com posse de bola se aproximava do meio campo. O time naturalmente ficava “torto” para a direita, Souza puxava o time por aquele lado. Os meias centralizados bloqueavam o apoio dos volantes e o jogo ficava truncado pelo centro, seguindo a risca o 4-2-2-2 os meias interagiam entre si. A saída é jogar pelas laterais do campo e movimentação dos meias. Marco Antônio fez o que era preciso para quebrar a marcação adversária, saiu da direita e foi para esquerda, cruzou parar Kléber e o Gladiador marcou. Jogada com movimentação e pelo flanco.


Novamente a bola aérea foi traiçoeira com o Grêmio. Nada mudou em relação a bola parada, Luxa deve trabalhar para melhorar este quesito.

Com linha defensiva e ataque definido, meio campo deve ser a dor de cabeça do treinador. A historia de Luxa se aproxima deste 4-4-2 brasileiro. Espero que a diretoria confie no trabalho de Vanderlei.

Tricolor no 4-2-2-2

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Luxemburgo e Gilmar Fubá, macumba para Gilmar anular Muller. Caí Roberto de Ogum

Vou descrever a entrevista que Vampeta concedeu ao estádio 97. A historia será de Vanderlei Luxemburgo e o “trabalho” que Robério de Ogum fez para Gilmar Fubá anular Muller.

- Vanderlei pede para Batata marca o Fabio Junior, o Gamarra sobra. E agora vou botar Vampeta ou Rincon para marcar o Muller, os dois querem jogar, ninguém vai colar no Muller. Vou pro jogo com Gilmar Fubá, ele cola no Muller e o Vampeta e Rincon saem para o jogo. - começa.

- Só que o Gilmar está um mês se recuperando de uma cirurgia de cruzado, não joga a um tempão. Ai o Vanderlei falou: “Vou botar esse negão”.  Nós do grupo garantimos ele, o negão não gosta de treina, mas se é para botar pra marcar não tem problema nenhum. – disse.
 
- Nós estávamos concentrados e o Vanderlei chama o Fubá para o quarto dele. Quando o Vanderlei chama para ir ao quarto é que alguém fez alguma “merda”. Gilmar põe a mão na cabaça e disse: “Meu Deus do céu eu não fiz nada”. Gilmar chegou ao quarto e Vanderlei falou: “Você vai jogar domingo negão, como é que você está, você ta bem? Então vem cá.” Gilmar chagou no quarto, e na banheira tinha ceva de alfazema, pétalas de rosa, guiné, sal grosso, vela. Valderlei falou: “Dá dois mergulho ai, da dois mergulho aí que domingo você vai marcar o Muller.” Gilmar deu os dois mergulhos. - Explica Vampeta o trabalho de Robério de Ogum.

- Domingo nós vamos para o jogo no Mineirão, mais de 100 mil pessoas. Primeiros cinco minutos, Gilmar vai dar o bote no Muller, Muller faz que vai para um lado vai para o outro, gol do Muller. Gilmar escorrega o cruzado vai para o saco. Jogo terminou 2x2 e nos voltamos para o hotel feliz. 2x2 lá aqui no Morumbi nós garantimos.

- No hotel nos falávamos: “O trabalho deu errado ein, o trabalho que mandaram fazer para o Gilmar deu errado. O Muller fez gol e o Gilmar torceu o joelho.” – ironicamente Vamp.

- Foi ai que o Vanderlei sacou o Robério de Ogum, ele fez o trabalho errado e caiu depois dessa daí. Não adiantou sal grosso ou pétalas de rosa. – concluiu Vampeta.

Todos trechos retirados da entrevista.

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O dia é deles (Kléber, Dorival, Fernando Carvalho e Luxembrugo) – XI

Passado o clássico GRENAL algumas frases e acontecimentos estão se tornando notórios.

Kléber principal jogador do clássico dedicou a vitoria a Roger, treinador interino, por mexer nos brios dos jogadores.

 - O Roger hoje foi maravilhoso na preleção. Foi uma das melhores da minha carreira. Um dos três exemplos que ele citou foi o que mais marcou para mim. O Roger perguntou o que nós queríamos para nossa vida. Se queremos ter uma história legal dentro de um clube como ele teve. Isso mexeu comigo. Eu quero isso para a minha carreira e por isso vim pra cá. Desse jeito você tem um lugar, como a sua própria casa. É isso que eu quero para mim, quero sempre ser bem recebido aqui em Porto Alegre. Quero fazer história aqui.

Dorival Junior foi realista em sua derrota, não culpou seu jogadores e admitiu o adversário superior no jogo. Nada de desculpas para derrota

- Não tivemos boa performance. Equilibramos o jogo no segundo tempo, tivemos duas oportunidades claras no final. Em um todo, o Grêmio foi superior e mereceu o resultado – acrescentou.

Fernando Carvalho, um dos maiores dirigentes da história do Inter, confidenciou a Luciano Périco – jornalista da radio gaucha – o que achou da contratação de Vanderlei Luxemburgo pelo Grêmio

- É uma péssima contratação, para o Inter.

Hoje foi apresentação de Vanderlei Luxemburgo, o treinador prometeu que o clube vai estar na Libertadores de 2013, independente dele renovar ou não.

- Agora começa a era Luxa. Nós colocaremos o Grêmio na Libertadores. O Grêmio precisa disputar as principais competições sul-americanas.

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Análise tática – GRENAL, favoritismo em clássico?

Clássico é clássico, e vice-versa, já diria Jardel. Mas não a como negar que as casas de apostas estavam apontando o Inter como franco favorito. Atual fase tricolor não empolgava a direção, torcida e críticos, tanto é que Caio foi demitido na segundo feira, dois dias antes que o GRENAL, atitude temerária para muitos. O Inter jogando em casa, time encaixado em pleno vapor, ou, voando baixo.

O publico presente no estádio Beira Rio não resumiu o que foi o jogo. 15 mil espectadores, mas o futebol demonstrado com bola rolando era para casa cheia. Desta vez times completos, os chamados titulares.

Dorival Junior alterou o esquema do time. Em certos momentos da partida o time se postava no habitual 4-2-3-1, mas ao perceber que estava perdendo o meio campo, Dorival espelhou o losango do Grêmio. Acredito que esta variação acontecia em relação ao Grêmio jogar com Kleber e Julio Cesar sobre Elton. Com o losango no meio, Oscar auxiliava a marcação.

Roger não mudou o desenho tático do time, mas era outro Grêmio em campo. Neste 4-4-2 losango todos marcaram e todos auxiliaram no ataque, diferentemente de outras partidas. O ritmo tricolor foi durante toda partida, não achava que o jogo já estava ganho. Roger ganhou anulando o meio de campo colorado, D’Ale, Oscar e Dagoberto pouco jogaram.


A vitoria tricolor passe por todos os setores. Defesa não deu espaço para Leandro Damião e Dagoberto – quando o esquema era o losango – a não ser pelo gol. Meio de campo tricolor marcou como nunca, o tripé de volantes encaixou nos meias e compareceu a frente. Kleber chamou a responsabilidade, fazia jogada de pivô e esperava os jogadores viram de trás. Moreno não foi genial, mas chamou a marcação para si. Alias, Kléber de intensa movimentação e confundindo marcação.

O Inter por sua vez não conseguiu jogar, muito em conta do Gremio ter volantes que marcam, mas que jogam e não estavam sendo marcados. O jogo para o colorado se tornou tão irreconhecível que seu gol foi em jogada de contra-ataque se aproveitando do erro de passe de Fernando. Este um Inter diferente do que conhecíamos.

O embate de losangos se dava por: Fernando x D’Alessandro; Léo Gago x Oscar; Souza x Bolatti; Marco Antônio x Sandro Silva. Neste losango colorado ainda teve uma mudança entre Sandro Silva e Bolatti, pois Sandro estava sendo envolvido por Kleber e Julio Cesar e pouco auxiliava a Elton.

               Um losango sobre o outro no Beira-Rio (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)

Não chegou a ser marcação individual, foi mais por posição de D’Alessandro, mas Fernando grudou no gringo. Com D’Alessandro sumido em campo o Inter pressionado tentava a ligação direta para Leandro Damião. Léo Gago marcou Oscar de perto, não deixou o garoto respirar e no embate de losangos Gago se superou. Souza foi o volante do tripé mais liberado pela direita.

Já citei da marcação tricolor? Para completar. Roger conseguiu fazer com que os jogadores de ataque marcassem logo que perdessem a bola. Kleber e Marcelo Moreno cercavam e marcavam o adversário até Marco Antonio auxiliou. Os volantes marcavam e os laterais jogavam, Gabriel e Julio Cesar foram figuras presentes no setor de ataque, essenciais.

Creio que Roger conseguiu fazer o que Caio tentou, marcação adiantada ainda no campo do adversário. Os volantes jogaram adiantados para pegar o rebote ofensivo. Exemplo? Gol colorado. Fernando errou e na sobra estavam apenas Gilberto Silva e Naldo.

O Inter no 4-2-3-1 atuava com Dagoberto aberto na esquerda, D’Alessandro ao centro e Oscar na direita. Acredito que a variação entre 4-2-3-1/losango se dava a maneira do Grêmio jogar, a fragilidade defensiva de Elton foi essencial a mudança.

Flagrante tático, Inter no 4-2-3-1. (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com)
 
Segundo Tempo

Após primeiro tempo magistral o Grêmio se manteve superior. O ataque pelo lado direito de defesa colorada se mantinha. Kléber seguiu atordoando e em bela tabela com Marco Antônio o gol tricolor saiu. Deve se ressaltar o merengue, passe açucarado de Marco Antônio para Kléber marcar o seu.

Dorival seguiu com as variações, ora no 4-2-3-1, ora no 4-4-2 losango. Esta variação para o losango tinha de intuito espelhar o esquema tricolor e tentar emparelhar o meio campo. Dorival não contava que os volantes do Grêmio jogassem. Com a presença dos atacantes, Marco Antônio, laterais e ainda um volante o sistema defensivo colorado ficou sobrecarregado.

Oscar não foi figurante marcante no GRENAL, mas nestas variações foi essencial. Só não conseguiu cobrir o ponto cego de Elton, Bolatti e Moledo.


Mudanças. No Inter saíram Sandro Silva e Dagoberto, entraram João Paulo e Jô. O 4-2-3-1 se manteve, mas com Oscar ao lado de Bolatti e Jô como winger na direita, trocando com João Paulo. Este trio ofensivo de meias não mantinha posição fixa, um pouco perdida, ora se via D’Ale nas pontas e João Paulo ao centro.

O Grêmio mudou com saídas de Souza e Kléber, extenuados. Entraram Vilson e André Lima. O losango se manteve no meio, Vilson reforçou a marcação e André Lima tentava ser o que Kléber magistralmente foi, sem sucesso.

Ainda aconteceram outras mudanças. Bruno Collaço entrou no lugar de Julio Cesar. Josimar entrou no lugar de Elton, assim Oscar passou a ser lateral direito. O placar de 2x1 se manteve graças a Victor que fez dois milagres e posse de bola ofensiva tricolor.

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Inter de Milão de Ranieri optou pelo empate, mas não combinou com Olympique

Partida de ida das oitavas de final da Champions League. O embate é entre Olympique de Marseille, contra a “favorita” Inter de Milão. O time Frances conseguiu o escore mínimo jogando em casa, vai para Itália com vantagem. A Inter jogou para empatar e, seguindo uma regra universal do futebol, perdeu.

Existem chavões no futebol, alguns servem para esta partida entre Olympique e Inter de Milão. “O jogo só termina quando acaba” deve ser levado em conta, pois a vitoria do time Frances saiu no ultimo minuto. O gol de Ayew não poderia sair de outra maneira, bola na área, desta vez em cobrança de escanteio.

Ranieri falou que adotaria o 4-4-2 em duas linhas, mas seu time foi a campo no 4-3-1-2. O intuito do treinador era especular contra-ataques em velocidade, assim explicando Zarate no time titular. Esta opção de Ranieri só não deu certo pela falta de pontaria de seus jogadores, pois chutaram mais vezes a gol que o adversário.


A Inter sofreu com o já esperado “rodeão” Frances, nos primeiros 15 minutos o time italiano não viu a cor da bola e tentou lances de ataque na ligação direta para seus homens de frente. Durante essa pressão a Inter se postava atrás da linha do meio campo com 9 jogadores frente a área, salvo Forlan. A iniciativa do Olympique nos primeiros minutos resumiu bem a partida, bola aérea procurando Brandão.

Com o passar do tempo a Inter se aprumou em campo. Não que o time começou a rodar a bola, dominar a posse e assim acumular chances. Mas soube anular as jogadas do adversário. O tripé de volantes basculava em sentido da bola, foi composto por: Stankovic no primeiro vértice, qualidade no primeiro passe; à direita com Zanetti e esquerda Cambiasso, liberado para auxiliar o ataque; Sneijder fechando o vértice mais adiantado. A principal arma do Olympique era facilmente bloqueada com laterais e volantes batendo com wingers. Para ganhar no setor defensivo a Inter perdeu os laterais, pois ficaram presos e dificilmente apareciam à frente.

Em tentativas de organizar o ataque, Sneijder, se movimentou, mas limitou-se a frente aos volantes, não recuou para buscar o jogo. Time foi dependente do tridente ofensivo – Zarate na direita, Sneijder ao centro e Forlan a esquerda -, porém estavam pouco inspirados. Por vezes Cambiasso – pois Chivu não apoiava - e Maicon – no primeiro tempo, e Zanetti guardava posição – apareciam à frente. Os movimentos ofensivos eram com quatro, dificilmente se via mais.

Transição ofensiva com bola no chão era lenta, pois homens de meio não aproximavam do ataque – salvo Sneijder. Em poucos lances a Inter trabalhou a bola e não anotou seu tento em duas oportunidades por falta de qualidade nas finalizações. Ranieri cauteloso optou pelo contra-ataque ligando Forlan e Zarate em velocidade, Sneijder avançava, mas pouco contribuiu.

Posicionamento defensivo: primeira linha defensiva; tripé de volantes frente à zaga; recuo de Zarate ao lado de Sneijder. O time do Olympique alçava bolas na área de qualquer lugar. Lucio, Samuel e Chivu – que usa proteção na cabeça – cansaram de cabecear e afastar o perigo. Ao todo foram 44 bolas aéreas, apenas 10 acertos, mas em um deles o gol.

Transição defensiva não deixava buracos ou algo do tipo, pois atacava com no máximo quatro homens e a cobertura era bem feita – Chivu guardando posição para apoio de Cambiasso, Zanetti ficando e Maicon passando.

Para piorar situação, Maicon, sentiu o joelho e foi substituído no intervalo. Nagatomo entrou e foi o lateral direito.

O caminho do ouro parecia ser as costas de Azpilicueta e Amalfitano, mas Forlan não soube aproveitar e cansou de ser pego em impedimento.

Com contra-ataque em velocidade e bolas longas, Sneijder, parecia estar em outro planeta. A bola não passava por seus pés e quando passou deixou a desejar. Isolado e com características de ser lento o holandês não agradou.
  
Ainda pode-se valer do antigo chavão, “quem não faz, leva”, a Inter teve boas chances e não as aproveitou. O adversário em dois ou três chutes e cabeceios no alvo conseguiu o gol.

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Benfica em seu caos ofensivo

O Benfica conseguiu de uma só vez nesta segunda-feira perder uma invencibilidade que já durava 22 partidas - 18 vitórias e quatro empates - no Campeonato Português e ainda recolocar o rival Porto na briga pelo título. Os encarnados seguem liderando a competição, mas já conseguem vem em seu retrovisor o rival Porto, o bafo na nuca esta ficando quente.

Jorge Jesus só teve a lamentar contra o Vitoria de Guimarães, mas pudera, o homem armou sua equipe em um caos ofensivo. O time jogou no 4-4-2 diamante – losango no meio com segunda faixa de homens do meio jogando pelos flancos – e extremamente ofensivo. O Guimarães que não é bobo nem nada, soube aproveitar os vacilos do Benfica e saiu vitorioso, com o placar mínimo.

Para compensar tamanha ofensividade, Jorge pediu para que seus jogadores de meio auxiliassem na recomposição de meio campo até sua área de defesa. Um dos problemas é que nem todos recompunham, outro, a transição ficava lenta, devido ter seus jogadores de meio em seu campo. Para suprir esta carência, por vezes, Gaitan não recuava e ficava adiantado para puxar contra-ataques junto a Rodrigo e Oscar Cardozo – este não viu a cor da bola no jogo, anulado por Joao Paulo.


Um fator foi decisivo na partida, ousadia do Vitoria de Guimarães. O time procurava o ataque e não se intimidou com o Benfica, creio que isto surpreendeu Jorge Jesus que esperava um Vitoria mais recuado e cauteloso.

Sem a posse de bola o time do Benfica se configurava em duas linhas recuando frente à área: zagueiros (Luisão e Garay), laterais (Maxi e Emerson); segunda linha com volante (Matic) recuo de Aimar ao lado de Matic, Nolito realmente recuando pela esquerda e Gaitan malandramente na direita.

O intuito de abrir Gaitan e Nolito, era de que jogassem com pés invertidos, ingressando na área e abrindo corredor para passagem do lateral. Bem, Gaitan pôs em pratica a parceria com Maxi, mas, Nolito anulou Emerson, as passagens do lateral brasileiro foram raras. Mesmo Nolito anulando Emerson, o flanco esquerdo foi mais acionado, pois contava com Rodrigo se movimentando e servindo como opção de passe.

O jogo dos encarnados era claro como o azul de um céu de brigadeiro, ou mar de almirante. Todos os jogadores acionados com passes curtos. Jogando pelos flancos com os wingers abertos e bola na área procurando Oscar Cardozo. Para bola chegar aos wingers, Pablo Aimar organizava a saída de bola, e para chegar a Carodozo, Gaitan, Nolito e Rodrigo movimentavam-se e o acionavam.

Infelizmente para o Benfica o time do Vitória Guimarães soube ler a partida e logo anular suas principais jogadas. O time recuava a formava um ferrolho defensivo frente a sua área. Tratou de marcar Oscar Cardozo de perto e não deixar espaços nos flancos.

Portanto, ofensivamente o time se postava com 6 jogadores: Um lateral apoiador; Aimar avançando, o enganche; dois wingers (Gaitan e Nolito); atacante de movimentação (Rodrigo) e centroavante (Cardozo). Os demais completavam o setor defensivo, mas não acompanhavam o restante do time, assim os buracos entre defesa e ataque eram enormes. Os dois zagueiros cobriam os laterais e Matic aprofundava entre os zagueiros, o sistema defensivo ainda contava com o lateral que guardava posição.

Com buracos entre defesa e ataque as bolas longas se tornavam um complicador e jogada aos flancos se tornava ainda mais temida. O tento do Vitória saiu em cobrança de falta, mas antes, jogada de linha de fundo. Bola na área, erro na marcação após o cruzamento e Toscano mandou para as redes.

O Vitória soube reduzir os espaços nas zonas certas do campo e oferecer a posse de bola ao Benfica em zonas confortáveis e controladas.

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Cristian Rodriguez, documentação vem a caravelas

A negociação entre Porto e Grêmio, envolvendo Cristian Rodriguez não chega a ser uma novela, mas a lentidão do negocio impressiona. Aparentemente esta tudo acertado entre Grêmio e o atleta, o entrave é o clube – novamente o tricolor negocia primeiro com o atleta, esquecendo do clube. Diretor de futebol, Paulo Pelaipe, continua com o mesmo discurso, falta apenas à documentação.

Com novo treinador na casamata, Vanderlei Luxemburgo, anunciado nesta terça-feira, a negociação com o uruguaio se mantém. Em entrevista concedida a radio gaucha, Pelaipe informou que conversará com Luxa e definirá os reforços, zagueiros devem ser prioridade.

Com a movimentação das ultimas contratações o fax tricolor emperrou. A solução portuguesa parece semelhante há 500 anos, caravelas. Ainda não se sabe qual das caravelas esta a caminho de Porto Alegre e quanto tempo levarão. Santa Maria, Pinta ou Nina estão trazendo a tão falada documentação, infelizmente não trazem consigo Cristian Rodriguez.

Portugueses lembram velhos tempos de colonizadores, pois Cristian pode ser o segundo jogador do Porto cedido ao Grêmio, por empréstimo. Lembrando que Souza foi o abre alas entre Brasil e Portugal.

Que os ventos soprem no mesmo sentido, que a confusão Portuguesa continue em viagens além mar, lembrando nosso descobrimento. O paradeiro de Cristian Rodriguez não deve ser a Índia.

A confiança da direção em relação ao negocio é completamente diferente do que os antigos navegadores portugueses. Paulo Odone e Pelaipe sabem quem estão contratando, já Pedro Albvares Cabral não tinha certeza de nada, a não ser de “terra à vista”. Que "terra à vista" se torne "Cristian Rodriguez à vista".

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Olho neles – Clayton (Novo Hamburgo), Fabinho (Caxias) e Wangler (Caxias)

Neste inicio de campeonato gaúcho três jogadores me chamaram atenção. Não sou do tipo olheiro, apenas não fechei os olhos para clubes do interior. Sempre levarei em conta jogadores de velocidade e drible fácil, não que as demais qualidades nestes jogadores não existam. Considero que jogadores com estas qualidades no meio de campo e ataque são essenciais, se forem contemplados com passes milimétricos e boa finalização serão belos jogadores.

Estes três jogadores que vou lhes esmiuçar possuem estas qualidades citadas anteriormente. Fabinho possui rodagem, mas com poucas chances nos grandes do futebol brasileiro. Clayton e Wangler ainda são jovens, precisam percorrer um longo caminho para chegar na elite.

Vale ressaltar que existem outros jogadores que fazem belo campeonato gaúcho, a exemplo de: Zulu – atacante Jô Juventude; Juba – atacante do Novo Hamburgo; Diego Torres – lesionado, mas bela primeira fase pelo Caixas.

Aposto minhas fichas que jogadores como: Eduardo Martini, Pedro Silva, Preto, George Lucas, Fabiano Eller, Douglas Silva e Danilo Portugal esperam fazer um bom campeonato gaúcho para então ter uma chance nas series A e B do Brasileiro.

Apresento-lhes o lateral esquerdo Fabinho e os meias Clayton e Wangler.

Clayton – Demonstrou que pode jogar dos três quartos do campo para frente. É destro. Jogador de velocidade e drible. Joga pelos flancos, preferencialmente na esquerda onde joga com pé invertido para infiltrar e abrir corredor para lateral. Não é jogador que organiza o time, mas sim quebra a marcação adversária abrindo espaços. Ainda é jovem, 20 anos, não deve permanecer no Novo Hamburgo.

Pode atuar ao lado de um meia de criação e se encaixaria perfeitamente no 4-4-2 quadrado no meio, em duas linhas, 4-2-3-1 e quem sabe até um 4-3-3.

Defensivamente não se espera mais do que ocupação de espaço, mas assim preocupa o lateral adversário, pois jogaria as suas costas.

Foi observado por Cesar Sampaio, mas não atuou como se esperava dele. Lembrando que não se deve julgar um jogador por apenas uma partida.

Pelo que demonstrou em campo pode atuar de winger em ambos os flancos e meia ponta-de-lança, mas que não fica centralizado, sempre cairá para os lados.


Fabinho – Lateral esquerdo do Caxias. Principal válvula de escape do time, lateral de velocidade e fácil chegada à linha de fundo. A exemplo de Clayton chamou atenção do Palmeiras e de outros clubes da elite brasileira. Fabinho tem 29 anos e aparentemente em sua melhor forma.

Ofensivamente Fabinho é de imensa qualidade, contra o Internacional enfrentou Elton, volante marcador, e não encontrou dificuldades para driblá-lo, no segundo tempo. Quando liberado para o apoio sempre leva perigo a área adversária com cruzamentos pelo alto e curtos procurando surpreender. 

Paulo Porto considera utilizá-lo no meio, quanto mais perto dos homens de frente, maior o perigo a gol. Pode assim ser utilizado em uma segunda linha de quatro, quadrado ou ainda, losango pela esquerda.

Defensivamente não demonstrou problemas, o Caxias joga com um lateral-base, assim Fabinho fica completamente livre para as passagens a frente.


Wangler – Nome complicado, mas futebol fácil. Canhoto e de drible curto, atordoa os adversários com passadas curtas, lembra jogadas do futebol de salão. Atua como meia central, ponta-de-lança clássico, joga sempre para frente. Não é jogador genial que se espere um passe entre zagueiros, o famoso merengue, para centroavante. 

Sua função é aproximar dos atacantes, abre espaço para quem vem de trás e com intensa movimentação confunde marcação. Não busca o jogo entre volantes. Sabe jogar de costas e gira rapidamente sobre o adversário.

O fato de ser velocista e ter boa capacidade de drible pode fazer com que se torne jogador de lado, de preferência na direita. Parte de pé trocado para o centro. Ainda é jovem, tem apenas 19 anos e é cria das categorias de base do Caxias.

Possui velocidade para puxar contra-ataques, mas como todo jogador brasileiro carece de maior poder de marcação, ou apenas cercar.


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Novo técnico tricolor, possibilidades

Com a iminente demissão de Caio Jr. irei listar algumas dos possíveis nomes para o futuro cargo de treinador do tricolor. O mercado atual conta com alguns medalhões livres, mas que sempre trazem consigo uma bagagem, sem contar a alta pedida salarial.

A dança dos treinadores já começou, o tempo está correndo contra Caio Junior. Conforme a imprensa noticiou, neste segunda feira deve ser anunciada a demissão de Caio. Segue a incoerência do futebol brasileiro para com treinadores. Será mesmo que a culpa é sempre do treinador? 

O sonho de "Barcelonizar" o tricolor está indo por água abaixo e junto o treinador Caio Junior. Creio que para um treinador demonstrar trabalho é necessário tempo, digamos que três meses. Após este período de adaptação as cobranças por resultados devem aparecer, antes é crueldade.

Antes de listá-los acredito que Caio Junior merecia chance de continuar e demonstrar seu trabalho, após sua pedida por jogadores. Não faz sentido contratar a pedido de um treinador e logo após demiti-lo, e esses jogadores? Se encaixariam na filosofia do próximo treinador?

O treinador contratado chegará ao aeroporto Salgado Filho sob pressão por títulos no ultimo ano de Olímpico, para piorar terá de mostrar serviço imediato, ou, seguirá mesmo caminho que Caio trilhou.

Vamos aos nomes:


Renato Portallupi – O queridinho da torcida. Está livre, mas com Paulo Odone na presidência dificilmente virá. O conflito de personalidade e vaidades fala mais alto.

Celso Roth - Sempre candidato a técnico, sabemos que time vai melhorar com ele. E sabemos que não ira ser campeão com ele também.

Dunga – O nome agrada a direção, mesmo sendo identificado com o rival. Dunga sempre mencionou querer começar um trabalho em inicio de temporada, talvez esta possa ser sua chance.

Carpegiani – Treinador com renome nacional, mas com poucas chances em sua terra.

Adilson Batista - Provavelmente o nome preferido da direção. A torcida já mostrou reprovar o nome. Atualmente teve diversas chances em clubes paulistas e não aprovou em nenhum.

Luxemburgo - Competente, caro, polemico, e ainda exige que sua “caravana” seja contratada.

Estes os nomes de maior relevância nacional e prováveis escolhidos da direção. Vamos às apostas.

Leocir D'Lastra - Ex-cruzeiro, melhor técnico do GAUCHÃO 2011, parece ser o tipo que precisa de uma boa oportunidade.

Paulo Porto - Vem fazendo bom Trabalho no Caxias e teve outras boas campanhas por times do Interior, eleito o melhor treinador do GAUCHÃO por duas vezes, 2007 e 2008.

Arce – Possui identificação com o clube. Demonstrou bom trabalho em sua passagem como treinador e foi chamado para comandar a seleção do Paraguai. Inexperiência pode pesar em sua escolha.

Geninho – Não se pode descartar ninguém, não é? Levou o Atletico-PR ao titulo brasileiro em 2011 e ainda vive sobre estes holofotes.

Roger – Atual auxiliar-técnico. É nome que a direção vem trabalhando para ser o futuro treinador, ainda não está maduro, mas em casa de urgência tudo pode acontecer.

Desejados, mas complicados:

Ney Franco – Atual treinador das categorias de base da seleção sub-20. Dificilmente deixaria o cargo em véspera dos jogos Olímpicos. Seu nome é sempre cogitado.

Marcelo Oliveira – Encantou o Brasil pelo primeiro semestre de 2011 no Coxa. Demonstrou estar atento ao futebol moderno e logo chamou atenção dos demais clubes, mas segue com os olhos fechados para propostas.
  
Acredito que algum destes nomes citados não tem a menor chance, mas sempre estão na lista de treinadores cogitados. As apostas ou inexperientes em clubes de alto escalão dificilmente serão contratados, pois o erro em Julinho não pode se repetir.

Paulo Odone quer acabar com o jejum de títulos, que se estende por dez anos, e se possível cair nas graças da torcida. Demitir Caio Junior não seria coerente, mas no futebol a justiça e coerência são para poucos.

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Inter de Milão com espinha dorsal rodada?

A espinha dorsal é um quebra-cabeça onde se pretende montar uma estrutura com atletas que nem sempre jogam com seu nome. É necessário que essa estrutura tenha liga e que funcione independentemente de ser Pelé, Maradona, Zico, Messi e outros. Se uma espinha dorsal formar uma liga resistente e isso vai depender da percepção do treinador de conhecer cada um de seus comandados, essa estrutura terá um tempo maior de vida útil, assim como a do treinador dentro da equipe.

O inicio da espinha dorsal deve ter um goleiro com visão de jogo, um ou dois zagueiros que se entendam bem entre si juntamente com o goleiro. O centro da espinha deve ser sólido com volantes que protejam a zaga e saibam sair jogando, atenta a movimentação geral dos laterais. No centro ainda é necessário um homem de criação no meio de campo, que saiba distribuir as jogadas e dar suporte para os atacantes da equipe. O término da espinha dorsal deve ter um atacante que simplesmente faça gols.

Acredito que não existem problemas em ter jogadores experientes, até porque os níveis físicos decaem, mas a qualidade técnica se mantém. Qualidade técnica e bagagem os trunfo dos veteranos em relação aos jovens. Deve-se lembrar que equilíbrio entre experiência e juventude deve existir, ou uma equipe com todos os jogadores passando dos 30 seria competitiva no atual cenário do futebol? Ou, todos com menos de 30 sustentariam a pressão e exigência de direção, torcida e imprensa?

Cronistas e torcedores alegam que com saída de Oriali a equipe decaiu e junto à qualidade dos jogadores contratados. Marco Branca, atual diretor responsável pelas contratações, parece ter feito algumas contratações no mínimo estranhas, ou, simplesmente não se adaptaram a bela Milão.

A solução não é por jovens a prova. Este não é o momento para “queimar” jovens jogadores ou futuras promessas, colocando-os na fogueira para resolver as partidas. Não se pode pular etapas, ou, observá-las de maneira equivocada e apressar o processo.

Fisicamente falando, dribles e malícia à parte, o ápice de um jogador ocorre entre os 20 e os 30 anos. A partir daí, o organismo passa a dar alguns sinais de que é melhor começar a investir na carreira de técnico. “Existem vários gargalos de envelhecimento na vida. O primeiro realmente importante ocorre quando a pessoa completa 40 anos; mas a partir dos 30 esse processo já tem início”, afirma João Toniolo Neto, chefe da Geriatria da Universidade Federal de São Paulo.

Por volta dos 30 anos, a perda ainda é pequena, mas para um atleta profissional pode ser decisiva. Os primeiros efeitos aparecem nos lances e nos movimentos que dependem de explosão muscular, como a potência na hora do chute, a impulsão vertical e a velocidade de arranque. As chances de lesão também crescem, pois com menos massa muscular as articulações ficam mais vulneráveis. 

Toda regra tem sua exceção, e vamos a ela. O que dizer, então, de alguns exemplos impressionantes tirados da história do futebol mundial? O atacante camaronês Roger Milla tinha 42 anos quando jogou a Copa de 94 sob o escaldante sol do verão americano. O ponta-direita Stanley Matthews já estava com 48 quando foi eleito por jornalistas o craque do ano na Inglaterra em 1963, e continuou na ativa até os 50 anos.

Com as peças que a Inter possui hoje, à espinha dorsal é formada por:

Julio Cesar – Goleiro nível seleção brasileira, contestado por alguns, mas acima dos demais no plantel. Neste ano completa 33 anos.

Lucio – A exemplo de Julio, zagueiro da seleção canarinho, é titular absoluto, prestes há completar 34 anos. Não é genial na zaga, mas sabe defender como poucos. Para Galvão Bueno suas arrancadas ainda enchem os olhos dos Italianos. A zaga ainda conta com Samuel de 33 anos e Córdoba 35.

Lateral não é considerado “membro” da espinha dorsal, mas este é fenomenal e deve ser tratado como tal. Maicon – Lateral direito de extrema qualidade, presença constante na seleção brasileira. É a válvula de escape da equipe pelos flancos, sem ele é outra Inter em campo. Completa 31 anos.

Zanetti – O interminável. No auge de seus 38 anos vem esbanjando vigor físico. A única explicação deve ser no seu código genético e empenhos nos treinos. Figura importantíssima por jogar em varias posições e manter qualidade. Trata-se do pulmão da equipe, não faz o tipo "corre por mim", pelo contrario, é ele quem corre pelos outros.

Cambiasso – Argentino e mordedor. Sabe fazer bem sua função, muitos o criticam por não ser brilhante com a redonda nos pés, mas ainda assim se destaca. Neste ano fará 32 anos.

Sneijder – O mais novo (28 anos) entre os titios. Meio de campo cerebral e essencial para equipe. Neste ano alguns o culpam pela fase da equipe, aparentemente perdeu o tesão de jogar. Stankovic é outro que vem oscilando na equipe.

Setor de ataque – Milito (32 anos) não desaprendeu a jogar futebol, mas pouco inspirado não vem sendo o que se espera dele. Viúvas ainda choram por Eto’o no Giuseppe Meazza. Diego Forlán (32 anos) parece ter sentido a pressão de jogar em um clube grande, Itália não é Espanha e tão pouco Madrid se compara a Milão. Pazzini (27 anos), apelidado de louco o que dizer? Vem marcando gols, é o que se espera dele.

Aspecto em relação às posições e exigências físicas: Laterais e meias são mais exigidos em relação à resistência física, pois percorrem, em média, 12 quilômetros numa partida contra os 8 quilômetros de atacantes e zagueiros. Por outro lado, beques e candidatos a artilheiros dão quase 50% a mais de piques curtos, em que o fundamental é a força muscular, justamente a aptidão física perdida mais cedo pelo corpo humano.

Deixo claro que ex-jogador em atividade não é o caso da Inter. Jogadores que demonstram estar com pouco empenho em treinos e jogos é "normal" em todo clube. Existe motivação maior que jogar na Inter e morar em Milão? E se não bastasse, recebem mundos e fundos para fazer o que ama.

Um dos maiores temores do torcedor Nerazzurri é em relação ao seu futuro. Jogadores que atualmente já passaram dos trinta e são figuras carimbadas no time, precisam ser substituídos a altura. O momento de transição entre uma geração e outra vem num piscar de olhos, se não for tratado com seriedade à bola de neve se torna cada vez maior, em resultado a isto temos tempo perdido e tempo é dinheiro.

Fontes de dados físicos referente à revista Super Interessante.

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Vaquinha por Oscar

E o Oscar vai para... Inter ou São Paulo? A frase célebre do maior prêmio de cinema cabe bem ao atual momento de Oscar, o jogador vive um impasse que pode atrapalhar sua carreira e clubes envolvidos.

Creio que a resposta esta clara como as águas do mar do Caribe. Oscar será jogador do Inter, cabe ao colorado ou jogador trilhar o caminho. Este processo ainda se estende por mais dois anos, em primeira instância a vitória foi do jogador, em segunda do São Paulo, falta a terceira e ultima que decide tudo – já lhes adianto que o ganho de causa deve ser do São Paulo.

Oscar é jogador importantíssimo para Inter e seleção brasileira, lembrando que os jogos Olímpicos estão chegando. Este imbróglio pode custar caro para todas as partes, no final todos saem perdendo. Depois não adianta chorar sobre o leite derramado.
 
Cabe ao Inter, empresário, jogador e até investidores pagarem ao São Paulo para acabar com esta rixa. Se a desculpa é falta de verba, lhes dou uma “brilhante” idéia. Que façam uma vaquinha para obter a quantia necessária – de maneira alguma quero dizer que estes mesmos são miseráveis ou algo do tipo. Pode-se envolver ate torcedores, com possivel divisão ninguém sente no bolso.

Não é momento para ser "pão duro", está na hora de estourar o porquinho – cofre – e abrir a mão.

As cartas estão na mesa. Soluções existem, envolvem grandes quantias monetárias. O investimento tem futuro e se paga, o valor se aproxima dos R$ 9 milhões - pedido pelo São Paulo -, mas vale negociar com o clube paulista usando-se de Fernandão. Sem falar que após alguns anos bem aproveitados não sejam recompensados com juros e correção.

O fato de maior relevância é que o jogador criou raízes no Inter, quer ficar. Em clima de Carnaval vale a marchinha: “Daqui não saio, daqui ninguém me tira”.

Que o caso não se torne extenuante, pois já esta ficando um clima chato no ar, insustentável. A imprensa gaúcha publica que Oscar fica no Beira Rio, em contra partida, imprensa paulista já decreta Oscar no Morumbi. Não somos bobos, nem devemos ser tratados como tal.

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