Libertadores chegando ao fim e o clube paulista já esta com uma das mãos na taça. Empate no lendário estádio centenário em Montevidéu contra o copeiro Peñarol. Bom resultado sendo que a partida decisiva será em casa.
Muricy Ramalho mudou o esquema do Santos, vinha jogando no 4-3-1-2 o famoso losango e adotou o 4-1-3-2 com três jogadores em linha sendo eles, Danilo pela esquerda, Arouca centralizado e Elano mais pela direita. Com desfalques importantes, Edu Dracena na zaga. Jonathan, Léo nas laterais. Ganso no meio. Ainda assim a equipe paulista conseguiu segurar os uruguaios.
Peñarol de Diego Aguirre não mudou e afirmou o esquema que vinha jogando, 4-4-2 em duas linhas de quatro. Comparado ao Santos faltou qualidade para criação e novamente a ligação direta foi a principal arma. Lateral, escanteio e faltas eram comemoradas pela torcida pois toda bola lançada a área era perigosa.
Com o esquema modificado por Muricy o Santos ficou carente de jogadas ofensivas e assim dependeu muito de Neymar que não esteve bem nos primeiros minutos. Alex Sandro deu conta do recado na parte ofensiva pois na marcação pecou, Danilo lateral de origem jogou bem no meio, Elano apagado pouco apareceu e demonstra cada vez mais que o time paulista depende de Ganso. Zé Eduardo não é da mesma turma que Neymar, Ganso e Elano pois falta qualidade ao centro avante perder os gols que perdeu em uma final de libertadores não há desculpas.
Com erros de marcação e fazendo a linha de impedimento o Peñarol levou perigo. Sendo jogadas espirradas onde sempre sobravam aos jogadores uruguaios cara-cara com o goleiro Rafael.
Uma atitude interessante do Santos foi adotar uma marcação atrás da linha do meio campo onde deixavam apenas os jogadores de defesa criarem as jogadas assim sem o que fazer os defensores tentavam a ligação direta.
Neymar recebeu amarelo e reclamou de perseguição do árbitro paraguaio Carlos Amarilla. Estava usando de um “artifício” que ele mesmo afirmou ser seu recurso.
Segundo tempo e Muricy mudou, voltou ao esquema 4-3-1-2 o losango que o levou ate a final. Adiantou Elano e o time jogou mais compactado e Zé Eduardo apareceu mais para o jogo logo no inicio.
Por parte uruguaia, apesar dos sustos nos primeiros lances o time foi para cima do seu modo. Substituição inteligente foi por Estoyanoff que atuou pela direita para pressionar Alex Sandro que não tem como principal característica a marcação. Pacheco reforçou o sistema ofensivo assim o esquema mudou para o 4-2-3-1 com Martinuccio pelo flanco esquerdo e Pacheco centralizado.
No Santos Muricy tirou Elano de fraca atuação e pôs Alan Patrick e reforçou a idéia do esquema 4-3-1-2 com um homem de criação.
Chegando ao final do jogo o desespero tomou conta, Olivera deu lugar ao veterano Alonso que jogou ainda mais centralizado. Muricy respondeu colocando mais um zagueiro Bruno Aguiar entrou no lugar de Zé Eduardo, atuando ainda mais recuado e apostando nos contra-ataques.
Alonso ate marcou mas estava impedido e claramente impedido. Vale ressaltar a coragem do bandeirinha na jogada, anulou um gol do time da casa perante 60mil espectadores. Arbitragem esta de parabéns neste jogo.