UFC Rio II foi sucesso e serve de exemplo

Peço licença a todos para fugir um pouco do assunto do blog. Hoje sem análises táticas.

Deixa ver se entendi. No UFC que supostamente é um esporte agressivo o publico contem famílias, já no futebol as famílias estão distantes?

Assisti no começo da noite de sábado e madrugada de domingo a um dos maiores eventos do mundo. Ultimate Fighting Championship ou simplesmente UFC, se tornou febre mundo. Desta vez o show foi em terra tupiniquim, nosso Brasil é um celeiro de atletas, com espírito de conquistas. Precisamente no Rio de Janeiro a segunda edição foi repleta de combates bem disputados e com finais felizes aos brasileiros.

Algo me chamou atenção, famílias e crianças estavam presentes na HSBC Arena. Muitos ficaram estarrecidos com as crianças estarem com semblante semelhante aos lutadores, ou “gladiadores do terceiro milênio” como diz Galvão Bueno, em parte concordo, mas é necessário ver o outro lado da moeda.

É um esporte agressivo, mas os socos, chutes e imobilizações ficam no octógono. Não transponde agressividade a arquibancada. Entendo que este não foi um evento voltado para crianças, mas devidamente acompanhada com os pais nada se pode fazer.

Analisando o fato por outro ângulo. Imaginem se estas crianças ficaram maravilhadas com as lutas, melhor se quiserem praticá-lo. O mundo das artes marciais é conhecido por todos com características marcantes. Aqui vai alguns conceitos: Respeito, corpo e mente sã, disciplina. UFC é uma motivação a pratica.

É conhecimento de todos que o esporte ajuda no desenvolvimento escolar, tratando de artes marciais o tratamento com os amigos e família seria diferenciado. Crianças ou jovens praticantes de jiu-jítsu, judô, karatê... É normal ver em academias, talvez a primeira vista assusta, mas é essencial acostumá-lo com uma vida ativa.

Reclamam que o governo não incentiva a pratica de esportes, mas quando temos uma chance de alavancar um novo esporte muitos se retraem e voltam para seu casulo.

Comparo o UFC com o Futebol Americano, ambos são um show. Tudo que o americano cria ou recria ele melhora, estes dois se tornaram show business. Atraem espectadores e novos praticantes. Espero que com estas chances consigamos aprender algo e reanimar nossos torcedores a reencontrarem os templos da bola.

A provocação dos atletas entre si é parte do show. Acende a chama e atrai olhares para o embate. Deve-se ressaltar que os exames médicos e tempo hábil para nova luta é respeitado, mas como toda luta assusta, ainda mais em um octógono.

Anderson SIlva mascarado na pesagem frente a Vitor Belfort

Devemos nos aprofundar no assunto, pois estes eventos não se retêm ao espetáculo em si, mas sim em tratar o espectador como um cliente em potencial. Explorar a imagem, tornar os estádios lugares agradáveis e seguros. Tratando o torcedor como merece aos poucos você o conquista. Os direitos devem ser respeitados e exercidos, assim fazendo com que as famílias voltem a freqüentar nossos estádios.

Criticas devem ser aceitas, mas também tirar proveito dos legados e pontos positivos.

Existem sim os dois lados da moeda, ficamos sujeitos aos erros, mas as chances são de 50% para cada lado. Temos o dever de aproveitar o melhor e saber como lapidar futuros diamantes deste novo esporte, e parece que veio para ficar.

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