Maior ídolo do Palmeiras nos últimos 30 anos, o goleiro Marcos decidiu encerrar a carreira profissional, aos 38 anos. Dezenove deles dedicados ao Alviverde paulista. Dedicação que deverá garantir ao goleiro um busto na alameda localizada na sede social do clube, que possui homenagens a três ídolos palmeirenses que, como Marcos, só defenderam o Palmeiras como profissionais: Junqueira, Valdemar Fiúme e Ademir da Guia.
Um dos maiores ídolos brasileiros pendurou as chuteiras. No caso dele, as luvas. São Marcos não fará mais seus milagres pelos gramados do Brasil e do mundo. Marcos foi de herói a vilão, mas termina carreira como SÃO MARCOS.
Defesa que valeu como título
Marcos defende pênalti de Marcelinho |
O jogo não era uma final. Mas ficou até mais marcado para muitos palmeirenses do que a decisão da Libertadores do ano anterior diante do Deportivo Cáli (Colômbia). Nas semifinais da edição de 2000, Palmeiras e Corinthians ficaram frente a frente para decidir qual brasileiro seguiria na briga pelo título. E Marcelinho Carioca ficou frente a frente com Marcos na disputa de pênaltis. Na décima cobrança. As nove anteriores foram convertidas. Mas quando Marcelinho ficou diante de Marcos, foi diferente. O goleiro pulou no canto direito e espalmou a bola chutada pelo camisa 7 corintiano. Uma defesa sempre lembrada pelos palmeirenses.
Dos dissabores, Marcos se lembra da perda do Mundial de Clubes para o Manchester United (1 a 0, em 99) e a derrota para o Vitória na Copa do Brasil de 2003 por 7 a 2.
- Admiti que falhei no gol do Manchester e até cheguei a falar que estava bem se a partida fosse para os pênaltis. Se isso acontecesse, teria me consagrado. É um peso que carrego. A furada no gol do Vitória (o sétimo) passam até hoje na TV. Essas coisas fizeram com que eu aprendesse muito. Na final da Libertadores e durante a Copa de 2002 fui perfeito, sem erros. E na Série B tive muita responsabilidade naquele ano, mas tudo correu como imaginei – relembrou, em entrevista recente.
- Admiti que falhei no gol do Manchester e até cheguei a falar que estava bem se a partida fosse para os pênaltis. Se isso acontecesse, teria me consagrado. É um peso que carrego. A furada no gol do Vitória (o sétimo) passam até hoje na TV. Essas coisas fizeram com que eu aprendesse muito. Na final da Libertadores e durante a Copa de 2002 fui perfeito, sem erros. E na Série B tive muita responsabilidade naquele ano, mas tudo correu como imaginei – relembrou, em entrevista recente.
Títulos da carreira
Palmeiras
Campeonato Brasileiro:1993 e 1994
Torneio Rio-São Paulo: 1993 e 2000
Campeonato Paulista: 1993, 1994, 1996 e 2008
Copa Mercosul: 1998
Copa do Brasil: 1998
Copa Libertadores da América: 1999
Copa dos Campeões: 2000
Campeonato Brasileiro Série B: 2003
Seleção Brasileira
Copa América: 1999
Copa do Mundo: 2002
Copa das Confederações: 2005
Palmeiras
Campeonato Brasileiro:1993 e 1994
Torneio Rio-São Paulo: 1993 e 2000
Campeonato Paulista: 1993, 1994, 1996 e 2008
Copa Mercosul: 1998
Copa do Brasil: 1998
Copa Libertadores da América: 1999
Copa dos Campeões: 2000
Campeonato Brasileiro Série B: 2003
Seleção Brasileira
Copa América: 1999
Copa do Mundo: 2002
Copa das Confederações: 2005
O Adeus
O Santo se cansou. Aos 38 anos, Marcos Roberto Silveira dos Reis, maior ídolo da história recente do Palmeiras e goleiro do quinto título mundial da Seleção Brasileira (em 2002, na Coreia e no Japão), anunciou sua aposentadoria nesta quarta-feira. Marcos se reapresentou com o restante do grupo, conversou com o gerente de futebol César Sampaio e comunicou sua decisão de se aposentar usando um palavrão em tom de lamentação, com uma postura muito abatida.
A informação da aposentadoria foi repassada à imprensa em entrevista coletiva por César Sampaio, que foi companheiro de Marcos na maior conquista do Palmeiras, a Libertadores de 1999.
- Tivemos uma reunião com o Marcos agora, e ele oficializou que pendurou as chuteiras.