O papa-títulos voltou à Libertadores. Análise do campeão argentino.



O Boca Juniors está de volta às competições internacionais, causando pânico aos adversários que lembram das grandes equipes do Boca Juniors da década de 2000. Porém, os tempos são outros. Jogadores saíram, outros foram contratados, alguns surgiram, outros voltaram… E, enfim, dos grandes jogadores da década passada só restaram o veterano Schiavi, o lateral Clemente Rodríguez e o maestro Riquelme. O Boca de 2011 está longe de ser um time encantador, mas tem ótima consistência defensiva  e uma organização tática impecável. O grande mérito da atual equipe é o jogo coletivo que Falcioni montou e é disso que vou falar.

Mesmo com o veterano Schiavi e o contestado Insaurralde com zaga, o sistema defensivo tem sido consistente, tendo tomado apenas seis gols durante as 19 partidas do campeonato Apertura.À frente dos quatro defensores, o trio de volantes (Rivero, Somoza e Erviti) forma uma barreira quase intransponível, sendo o principal destaque da equipe. Pode-se afirmar que o trio de volantes é o principal motivo da consistência defensiva da equipe. O principal defeito defensivo da equipe é o lado esquerdo que fica exposto quando Clemente Rodríguez apresenta-se para o apoio, deixando um atrapalhado Insaurralde fazendo a cobertura dos ataques por aquele setor. Roncaglia atua como lateral-base.

 A transição defensiva é rápida com os apoiadores alinhando-se ao volante central formando uma linha de três jogadores à frente dos quatro defensores.

A principal arma do Boca Juniors é o contra-ataque. Assim que os volantes recuperam a bola, Riquelme, o articulador das jogadas ofensivas da equipe, é acionado para organizar o contra-ataque da equipe. Os ataques do boca são organizados em trios com Riquelme aproximando-se do setor em que a bola está circulando e formando trios pelos lado: Rodríguez, Erviti e Riquelme pela esquerda e Rivero, Cvitanith (ou Mouche) e Riquelme pala direita. Viatri é o típico camisa 9: referência na bola aérea, apresenta-se para o arremate final e faz o pivô, mas não tem muita qualidade técnica.

As constantes lesões de Riquelme preocupam. No Apertura seu substituto foi Chavez (bom meia de 24 anos, mas sem mesma qualidade do titular) que desempenhou muito bem a função de enganche e foi decisivo na etapa final da competição, não deixando a torcida com saudades de Riquelme. Uma grande aposta do clube para está posição é o jovem Paredes de 17 anos.  A grande contratação do Boca para a Libertadores é o centroavante Santiago Silva.  O uruguaio tem tudo para dar certo nesse estilo de jogo do Boca Juniors e chega para ser titular sem contestação alguma.

Não é um time espetacular, mas entra como um dos favoritos para conquistar a Libertadores da América que se aproxima e, quem sabe, ganhar está competição como outros grandes times do Boca Juniors.



Diagrama tático do Boca Juniors

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