O Grêmio nos últimos anos vive um conflito de personalidade. Uns querem time aguerrido ao estilo que marcou o Grêmio, raça a cima de tudo, taça no armário e calção sujo. Outros acham que o futebol mudou, que toque de bola e jogadores mais técnicos é que fazem a diferença, usam como parâmetro o Barcelona de Lionel Messi e Pep Guardiola.
Este paradigma passa pela direção, pois define o estilo da equipe ao contratar, manda e desmanda. Comissão técnica, é quem ira dar uma “cara” ao time, sobrevive de resultados. Jogadores, estes que irão demonstrar o resultado final em campo, depende deles a continuidade de trabalho entre direção, comissão e a si próprios. Por final a torcida, se espera dela estádio lotado e paixão, porém cobrança é habitual.
Torcida que critica e não sabe o que quer. Para alguns – ou muitos - foi um desperdício perder Borges e idolatrar Sangro Goiano. Malham o presidente por perder Jonas e assim um ano inteiro jogado as traças. A bola da vez é Douglas, o crucificam por falta de futebol, será que ele carregara o piano “solito”? Ainda lembram que o ultimo suspiro foi com um time limitado, mas que tinha vontade.
Afinal de contas, qual é a identidade tricolor, ou tudo isso já é desespero?