Neste inicio de campeonato gaúcho três jogadores me chamaram atenção. Não sou do tipo olheiro, apenas não fechei os olhos para clubes do interior. Sempre levarei em conta jogadores de velocidade e drible fácil, não que as demais qualidades nestes jogadores não existam. Considero que jogadores com estas qualidades no meio de campo e ataque são essenciais, se forem contemplados com passes milimétricos e boa finalização serão belos jogadores.
Estes três jogadores que vou lhes esmiuçar possuem estas qualidades citadas anteriormente. Fabinho possui rodagem, mas com poucas chances nos grandes do futebol brasileiro. Clayton e Wangler ainda são jovens, precisam percorrer um longo caminho para chegar na elite.
Vale ressaltar que existem outros jogadores que fazem belo campeonato gaúcho, a exemplo de: Zulu – atacante Jô Juventude; Juba – atacante do Novo Hamburgo; Diego Torres – lesionado, mas bela primeira fase pelo Caixas.
Aposto minhas fichas que jogadores como: Eduardo Martini, Pedro Silva, Preto, George Lucas, Fabiano Eller, Douglas Silva e Danilo Portugal esperam fazer um bom campeonato gaúcho para então ter uma chance nas series A e B do Brasileiro.
Apresento-lhes o lateral esquerdo Fabinho e os meias Clayton e Wangler.
Clayton – Demonstrou que pode jogar dos três quartos do campo para frente. É destro. Jogador de velocidade e drible. Joga pelos flancos, preferencialmente na esquerda onde joga com pé invertido para infiltrar e abrir corredor para lateral. Não é jogador que organiza o time, mas sim quebra a marcação adversária abrindo espaços. Ainda é jovem, 20 anos, não deve permanecer no Novo Hamburgo.
Pode atuar ao lado de um meia de criação e se encaixaria perfeitamente no 4-4-2 quadrado no meio, em duas linhas, 4-2-3-1 e quem sabe até um 4-3-3.
Defensivamente não se espera mais do que ocupação de espaço, mas assim preocupa o lateral adversário, pois jogaria as suas costas.
Foi observado por Cesar Sampaio, mas não atuou como se esperava dele. Lembrando que não se deve julgar um jogador por apenas uma partida.
Pelo que demonstrou em campo pode atuar de winger em ambos os flancos e meia ponta-de-lança, mas que não fica centralizado, sempre cairá para os lados.
Fabinho – Lateral esquerdo do Caxias. Principal válvula de escape do time, lateral de velocidade e fácil chegada à linha de fundo. A exemplo de Clayton chamou atenção do Palmeiras e de outros clubes da elite brasileira. Fabinho tem 29 anos e aparentemente em sua melhor forma.
Ofensivamente Fabinho é de imensa qualidade, contra o Internacional enfrentou Elton, volante marcador, e não encontrou dificuldades para driblá-lo, no segundo tempo. Quando liberado para o apoio sempre leva perigo a área adversária com cruzamentos pelo alto e curtos procurando surpreender.
Paulo Porto considera utilizá-lo no meio, quanto mais perto dos homens de frente, maior o perigo a gol. Pode assim ser utilizado em uma segunda linha de quatro, quadrado ou ainda, losango pela esquerda.
Defensivamente não demonstrou problemas, o Caxias joga com um lateral-base, assim Fabinho fica completamente livre para as passagens a frente.
Wangler – Nome complicado, mas futebol fácil. Canhoto e de drible curto, atordoa os adversários com passadas curtas, lembra jogadas do futebol de salão. Atua como meia central, ponta-de-lança clássico, joga sempre para frente. Não é jogador genial que se espere um passe entre zagueiros, o famoso merengue, para centroavante.
Sua função é aproximar dos atacantes, abre espaço para quem vem de trás e com intensa movimentação confunde marcação. Não busca o jogo entre volantes. Sabe jogar de costas e gira rapidamente sobre o adversário.
O fato de ser velocista e ter boa capacidade de drible pode fazer com que se torne jogador de lado, de preferência na direita. Parte de pé trocado para o centro. Ainda é jovem, tem apenas 19 anos e é cria das categorias de base do Caxias.
Possui velocidade para puxar contra-ataques, mas como todo jogador brasileiro carece de maior poder de marcação, ou apenas cercar.