Partida de ida das oitavas de final da Champions League. O embate é entre Olympique de Marseille, contra a “favorita” Inter de Milão. O time Frances conseguiu o escore mínimo jogando em casa, vai para Itália com vantagem. A Inter jogou para empatar e, seguindo uma regra universal do futebol, perdeu.
Existem chavões no futebol, alguns servem para esta partida entre Olympique e Inter de Milão. “O jogo só termina quando acaba” deve ser levado em conta, pois a vitoria do time Frances saiu no ultimo minuto. O gol de Ayew não poderia sair de outra maneira, bola na área, desta vez em cobrança de escanteio.
Ranieri falou que adotaria o 4-4-2 em duas linhas, mas seu time foi a campo no 4-3-1-2. O intuito do treinador era especular contra-ataques em velocidade, assim explicando Zarate no time titular. Esta opção de Ranieri só não deu certo pela falta de pontaria de seus jogadores, pois chutaram mais vezes a gol que o adversário.
A Inter sofreu com o já esperado “rodeão” Frances, nos primeiros 15 minutos o time italiano não viu a cor da bola e tentou lances de ataque na ligação direta para seus homens de frente. Durante essa pressão a Inter se postava atrás da linha do meio campo com 9 jogadores frente a área, salvo Forlan. A iniciativa do Olympique nos primeiros minutos resumiu bem a partida, bola aérea procurando Brandão.
Com o passar do tempo a Inter se aprumou em campo. Não que o time começou a rodar a bola, dominar a posse e assim acumular chances. Mas soube anular as jogadas do adversário. O tripé de volantes basculava em sentido da bola, foi composto por: Stankovic no primeiro vértice, qualidade no primeiro passe; à direita com Zanetti e esquerda Cambiasso, liberado para auxiliar o ataque; Sneijder fechando o vértice mais adiantado. A principal arma do Olympique era facilmente bloqueada com laterais e volantes batendo com wingers. Para ganhar no setor defensivo a Inter perdeu os laterais, pois ficaram presos e dificilmente apareciam à frente.
Em tentativas de organizar o ataque, Sneijder, se movimentou, mas limitou-se a frente aos volantes, não recuou para buscar o jogo. Time foi dependente do tridente ofensivo – Zarate na direita, Sneijder ao centro e Forlan a esquerda -, porém estavam pouco inspirados. Por vezes Cambiasso – pois Chivu não apoiava - e Maicon – no primeiro tempo, e Zanetti guardava posição – apareciam à frente. Os movimentos ofensivos eram com quatro, dificilmente se via mais.
Transição ofensiva com bola no chão era lenta, pois homens de meio não aproximavam do ataque – salvo Sneijder. Em poucos lances a Inter trabalhou a bola e não anotou seu tento em duas oportunidades por falta de qualidade nas finalizações. Ranieri cauteloso optou pelo contra-ataque ligando Forlan e Zarate em velocidade, Sneijder avançava, mas pouco contribuiu.
Posicionamento defensivo: primeira linha defensiva; tripé de volantes frente à zaga; recuo de Zarate ao lado de Sneijder. O time do Olympique alçava bolas na área de qualquer lugar. Lucio, Samuel e Chivu – que usa proteção na cabeça – cansaram de cabecear e afastar o perigo. Ao todo foram 44 bolas aéreas, apenas 10 acertos, mas em um deles o gol.
Transição defensiva não deixava buracos ou algo do tipo, pois atacava com no máximo quatro homens e a cobertura era bem feita – Chivu guardando posição para apoio de Cambiasso, Zanetti ficando e Maicon passando.
Para piorar situação, Maicon, sentiu o joelho e foi substituído no intervalo. Nagatomo entrou e foi o lateral direito.
O caminho do ouro parecia ser as costas de Azpilicueta e Amalfitano, mas Forlan não soube aproveitar e cansou de ser pego em impedimento.
Com contra-ataque em velocidade e bolas longas, Sneijder, parecia estar em outro planeta. A bola não passava por seus pés e quando passou deixou a desejar. Isolado e com características de ser lento o holandês não agradou.
Ainda pode-se valer do antigo chavão, “quem não faz, leva”, a Inter teve boas chances e não as aproveitou. O adversário em dois ou três chutes e cabeceios no alvo conseguiu o gol.