Inter no 4-6-0



Parece ser brincadeiras, mas não é. Dorival adotou este esquema durante 25 minutos, é bem verdade que jogadores variaram, porém foram nos últimos 10 minutos que o Inter teve o seu melhor momento, curiosamente com o ingresso de João Paulo.

Muitos comentaristas, analistas indicam que Dorival tentou se retrancar. Creio que ele não tinha opções para o numero 9. Dellatorre não demonstrou bom desempenho como homem de referencia, assim foi substituído por Fabrício aos 20 minutos.

Meio campo não tem uma formação fixa (A não ser pelos dois volantes). Fabrício na esquerda, D’Alessandro e João Paulo no centro e Tinga fechando pela direita. Movimentação e aproximação destes meias confundiram marcação paulista. Sem homem de referencia no ataque os zagueiros não souberam quem marcar.

Fabrício e Tinga foram wingers, ambos sabem marcar, pois possuem características defensivas e ainda sobem para o apoio. D’Alessandro foi encarregado por criar e girar pelo campo. João Paulo jogador de velocidade, agudo partiu para cima da defesa e ingressando na área.

Guiñazu cumpriu função de primeiro volante. Bolatti ao seu lado teve maior liberdade. Já que transição ataque possuía no mínimo 5 jogadores.

Com esta formação, Dorival povoou o meio campo e assim ganhou o setor mais importante de uma partida de futebol. Analisando jogador por jogador Inter tinha 8 jogadores que sabiam marcar e 2 que cercavam saída de bola.

Com posse de bola Inter compactava e aproximava linhas, wingers procuravam abrir para alongar e não ficar ‘embolado’. Dois homens ao centro era quem infiltravam na área. Toda teoria que este sistema propõe pode ficar de lado, pois o principal fator é ter jogadores que compreendam a movimentação necessária e marcação para cobrir espaços.

Jogando com linhas adiantas era necessário zagueiros com velocidade, Moledo foi e é essencial para o Inter, por ele passa o melhor momento do Inter na competição. Indio é quem da o primeiro combate.

Laterais apóiam alternadamente, ora Nei ora Kleber. Formando triangulações com o meia central e o winger aberto no flanco. Opções são diversas, na direita quando Nei não faz passagem, Bolatti se junta aos homens de ataque. Na esquerda Kleber e Fabrício que são laterais formaram boa dupla. D’Alessandro foi enganche e distribuiu o jogo. João Paulo caiu por todos os setores.

Transição foi por bola curta de pé em pé. Procurando rodar a bola e abrir espaços. São Paulo foi pego de surpresa e não encaixou marcação. Para coroar este esquema faltou o gol.

Não estou dizendo que este sistema é uma maravilha. Apenas uma constatação de aproximadamente 20 a 25 minutos. Mais uma inovação no mundo de esquemas do futebol lhes apresenta o 4-6-0. Já o vimos sendo utilizado em retrancas, mas saindo para o jogo é um dos primeiros.

This entry was posted in . Bookmark the permalink.

Leave a Reply

Compartilhar