Assisti e farei uma breve analise da nossa seleção no Pan-americano do México. Seleção está Sub-22, porém sem muitos futuros craques e sem destaques do mundial sub-20. Está opção de não levar jovens de renome é compreensível por eles ainda jogarem em clubes brasileiros e estes estarem em fase final do campeonato Brasileiro.
Ney Franco armou nossa seleção no 4-4-2 em losango (4-3-1-2). Visivelmente lado esquerdo de ataque foi o mais forte com Henrique Mirando e Felipe Anderson. No lado direito do losango, Misael, guardava posição e se alinhava à Lucas Zen.
Um fato negativo, dupla de zaga e sua opção por marcar o atacante. Enquanto um combatia o atacante ou o marcava de perto, o seu companheiro zagueiro da sobra ficava ao lado, isto é ao contrario do comum que é se posicionar atrás de ambos (zagueiros e atacante). Mesmo sendo um zagueiro veloz pode-se complicar em lances fáceis.
Ambos os laterais não tiveram devida prestação que esperava-mos, pois wingers argentinos jogaram sobre eles. Lucas Zen foi primeiro volante marcador e apenas isto, não contribuiu para transição da equipe. Misael pouco participou, foi importante para defender. Felipe Anderson foi claramente o criador e quem dava ritmo ao jogo, recuava e circulava da esquerda para o centro. Lucas Patinho foi o ponta-de-lança com instrução de se aproximar dos homens de ataque, possui características de atacante pelo lado. Setor de meio ficou sobrecarregado com apenas Felipe Anderson participando da criação.
Setor de ataque não apareceu. Henrique tentou ser atacante que saia da área, sempre jogando de costas fazendo parede e esperando aproximação dos homens de trás. Caiu pela esquerda, mas não procurou o flanco e sim o centro. Quando sem bola não pressionou saída de bola e sim recuou para recompor meio.
Rafael apenas vez volume na frente. Dependeu muito do meio campo que não criou, marcação forte o atrapalhou.
Ficou clara dependência da jovem seleção por um ‘menino’ na criação. Futebol brasileiro é dependente de um “10” para organizar a equipe e dar sintonia aos movimentos de ataque. Jogamos contra uma Argentina forte e quiçá uma final antecipada, o empate fica justo.
É apenas o primeiro jogo de uma seleção que se reuniu em pouco tempo para participar do Pan-Americano. Ainda não podemos cobrar resultados, porem no futebol não à tempo para erros, uma derrota pode custar a classificação. Ressaltando mais uma vez que esta seleção não esta completa e longe de ser uma previa dos Jogos Olímpicos, só que Brasil é sempre Brasil.