PSG finalmente perde. Ancelotti usa 4-3-2-1

O time de Carlo Ancelotti finalmente perdeu. Jogando fora de casa contra o Nancy e com muitas mudanças o time deixou a desejar e foi batido por um competente adversário.

PSG foi a campo no esquema 4-3-2-1 (arvore de natal). Aliás, mesmo esquema e estilo de jogo do Milan de Ancelotti. O passe centralizado e o time afunilado são características do jogo que Ancelotti propõe. A derrota passa essencialmente por um tripé de volantes, estes pouco marcaram, e não auxiliaram nos movimentos ofensivos.

Flagrante tático. 4-3-2-1. Em preto a linha defensiva, azul o meio campo. Hoarau solitário no ataque.

Inicialmente o jogo do PSG agradava aos seus torcedores. A posse de bola, linhas adiantadas, marcação a frente e os meias encostando em Hoarau parecia promissor. Mas esta posse de bola com o tempo passou a ser enganosa, pois o Nancy a contralava, deixando o PSG tocar em zona de conforto – linha central do campo.

Flagrante tático. Tentativa do trio ofensivo de atrapalhar saída de bola.

Menez e Pastore foram facilmente anulados pelos seus marcadores. A dupla tentou trocar de posição, abrir no flanco e recuar, mas suas tentativas eram em vão. O tripé de volantes teria de ser mais utilizado. Matuidi foi o único que comparecia ao ataque. Bodmer mais plantado frente aos zagueiros e Sissoko posicionado para pegar o rebote ofensivo.

Basicamente o PSG trocava passes laterais. As inversões longas eram utilizadas quando a equipe não encontrava espaço. A tentativa de passes a frente deveria ficar por conta dos dois meias, mas estes bem marcados comprometeram a criatividade do time. Com isto o tripé de volantes e demais tentavam o passe, mas sem a mesma qualidade tinham grande percentual de erro.

Os principais erros defensivos. Avanço simultâneo dos laterais, uma controvérsia, pois o jogo centralizado não beneficiava o jogo pelos flancos. Tripé de volantes: Bodmer mais preso, um poste frente aos zagueiros, mas que não cobria os flancos; Sissoko avançava, mas não se tornava opção de passe a frete; Matuidi, o mais agressivo dos volantes, jogava junto com Menez as costas do lateral. O tripé avançava, mas não trazia consigo a linha de defesa, o espaço oferecido pelos lados do campo sempre comprometeu. Nancy soube aproveitar o espaço cedido pelo PSG, contra-ataque em velocidade contra uma zaga lenta.

Recomposição defensiva deixava buracos nos lados do campo. Seis jogadores jogavam em conjunto para recuperar a posse de bola, porém o espaço entre meio campo e defesa foi bem explorado pelo adversário.

Flagrante tático. Seis jogadores jogando em conjunto para recuperar posse de bola.

Ofensivamente o PSG é completamente dependente do trio ofensivo – Pastore, Menez e Hoarau – e se torna incompreensível o avanço dos laterais, pois eles não são acionados. Muitas vezes Hoarau teve de sair da área para buscar o jogo, fez o pivô e aguardava a passagem de seus companheiros.

Primeiro tempo enganoso por parte do PSG. O Nancy finalizou oito vezes, quatro em gol. PSG apenas duas vezes e nenhuma no alvo. O time de Ancelotti não entrou na área, caiu na “armadilha do Nancy”: Fechavam o flanco e induziam o PSG a jogar pelo centro.

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