Ferguson apresenta o 6-3-1

Admito que fiquei embasbacado com a proposta de jogo que Alex Ferguson adotou. O 4-4-2 em duas linhas se mantém, a grande diferença fica em relação à função dos wingers e Rooney. Celso Roth e Muricy Ramalho sentiriam ciúmes de Ferguson. O treinador conseguiu fazer com que seus wingers se alinhassem a primeira linha de quatro.

O Manchester United ainda é líder, diferença de cinco pontos para o Manchester City. Wigan com a vitoria saiu da zona de rebaixamento. Vitoria merecida do Wigan, superou o United e agora respira.

Flagrante tático. Momento raro na partida. Linha de meio campo "alinhada".

O 4-4-2 em duas linhas, típico inglês, seguiu a risca sua filosofia de jogo. Ligação direta procurando o homem de referencia no ataque. Nos momentos iniciais as linhas adiantadas levaram diversas bolas nas costas. Boyce e Moses com facilidade passaram pelos defensores. O que fez Ferguson? Recuou as linhas, manteve Chicharito isolado a frente e chamou seus wingers para marcarem a Boyce e Moses. Marcar? Sim, MARCARAM os adversários até a linha de fundo, brigando palmo a palmo pela bola.

Flagrante tático. Duas linha de quatro. Os falsos laterais, Young e Valencia auxiliando na marcação.

Não serei hipócrita de dizer que jogadores de ataque não precisam marcar. Sempre preguei que meio campistas e atacantes devem ter funções defensivas, mas isto que Ferguson montou é demais. O agrupamento de SEIS jogadores na entrada da área anulou a transição ofensiva. A troca de passes não existiu, Rooney foi forçado a recuar e se alinhar à Giggs e Carrick. O recuo de Rooney possuía duas explicações: Se tornar a ligação entre meio e ataque; Tornar o meio campo com maior volume, até porque os wingers se tornaram segundos laterais.

Os dois falsos laterais faziam que os verdadeiros adentrassem na área fazendo uma sobra com três jogadores. Porque fazer sobrar tanto para apenas marcar Di Santo? Entendo que Jones seja um lateral-base ou terceiro zagueiro, mas prender Evra é perder qualidade ofensiva.

Flagrante tático. Linha de seis jogadores na defesa. Novamente os dois falsos laterias. Laterais ingressam na área e fazem sobra defensiva.
Facilmente pode-se confundir o 4-4-2 em duas linhas com o 4-4-1-1, pois Rooney recuou tanto que se tornava o elo entro meio e ataque. Ou ainda um legitimo Box-to-box ao lado de Giggs e Carick.

O primeiro tempo fechou com 60%, ou mais, de posse de bola para o Wigan. Young foi a sombra de Boyce e Valencia sombra de Moses. A distancia percorrida dos wingers para voltar à posição original era de um meio campo, para chegar ao ataque um campo inteiro.

Flagrante tático. Rooney recua e se posiciona ao lado de Giggs, se tornando box-to-box. Valencia e Young em perseguição a Moses e Boyce, respectivamente.

Quando o United conseguia se por no campo ofensivo, os laterais não passavam, Carrick ficava plantado frente à área, Giggs avançava e finalmente os wingers compareciam no campo ofensivo. Comparecer com cinco homens no ataque é valido, o grande problema é a lerdeza que estes cinco chegavam ao campo do adversário. Enquanto o United pensava em se postar no campo ofensivo o Wigan já estava fechado pronto para recuperar a posse de bola.


A única maneira do time encontrar uma possível forma de “agredir” o Wigan foi em acelerar o passe longo a Chicharito. O mexicano não conseguia nem fazer o pivô, pois era marcado por três adversários. O meio campo “lesmático” não municiava o ataque. A rigor, o United jogou em um 6-3-1 sem posse de bola.

Ainda há o erro do arbitro. O magro 1x0 poderia ser um 2x0 com sobras. Só o juiz, ou bandeirinha, viram irregularidade. Um jogador do Wigan teria impedido De Gea de sair do gol. Erro grotesco.

A suposta infração do Wigan sobre o goleiro De Gea.

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