Análise tática, Braga 4-2-3-1


Assisti hoje à tarde ao jogo entre Braga contra Paços de Ferreira, embate recheado de brasileiros. Diferença entre os dois clubes é astronômica, Braga vem se firmando nas competições internacionais, já Paços de Ferreira está se afundando na ultima posição do português.

Vitória do Braga, uma sonora goleada por 5x2. Engana-se quem acha que os vencedores massacraram. O placar foi dilatado devido ao Braga dar chances ao adversário. O jogo ia se encaminhando para uma vitoria simples e merecida, mas o Paços cresceu no jogo. Os arsenalistas se acomodaram e deram espaço. O Paços chegou a empatar o jogo, porém se empolgou em demasia, errou e o Braga não perdoou. Contra-ataques puxados por Alan foram fatais.

Leonardo Jardim, treinador do Braga apostou no 4-2-3-1. Lado direito de ataque foi seu tendão de Aquiles, era forte com a bola no pé, mas fraco e vulnerável quando atacado. Ficou evidente a qualidade técnica de Alan, seus marcadores não o encontraram, foi figura marcante na vitoria.

Inicio de partida, logo aos quatro minutos, gol de Alan – sem querer – e esperávamos um ataque contra defesa. Braga até deu indícios, pois marcava com linhas adiantas, no campo do adversário, forçando-os assim ao erro, e até wingers sendo solidários na marcação aos laterais.

Alan, decidiu o jogo.
Com a posse de bola o ataque era preferencialmente pelo flanco direito. Leandro e Alan eram figuras marcantes, Marcio Mossoró os auxiliava. Lado esquerdo ficou carente, Hugo Viana apoiava junto com Helder Barbosa, mas lento em comparação ao flanco direito. Elderson – lateral esquerdo – tinha apenas funções de marcação, guardava posição para passagem pelo centro de Hugo Viana.

Djamal foi primeiro volante, mas não cobria subidas do lateral direito. Hugo Viana era quem dava qualidade ao primeiro passe, apresentava-se na esquerda como opção de tabela para Helder Barbosa.

Braga apostou na bola curta, sem lançamentos longos ou bolas na área,  e com aproximações, mas sem troca de posições, apenas uma intensa movimentação de Marcio Mossoró. As linhas se compactavam, pressionando o adversário, que já ficava em seu campo, e trabalhava velocidade – não confunda com afobação -.

Porém nem tudo são flores. Jogadores do Braga pararam de jogar, apenas esperaram o tempo correr. Deram chance ao adversário. Avenida Leandro Salino pela direita, Paços de Ferreira usou e abusou das bolas nas costas do lateral. Alias, não só setor direito, mas os flancos eram o problema no Braga. Por muitas vezes Alan voltou para compor meio campo, mas não o fez durante toda partida.

Quando Leandro Salino apoiava, sempre com qualidade e facilidade, mas nem todos os ataques eram bem sucedidos, quando bola era perdida o Paços aproveitava e lançava-se as costas dos laterais com contra-ataques veloz. Marcação a distancia do Braga beneficiava a troca de passes.

Por sorte ou merecimento, o Braga possui Alan. Em noite mágica o brasileiro deitou e rolou na marcação. Fez gol, deu assistências. Digno de relembrar os antigos pontas brasileiros.

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