Confesso que fiquei horrorizado ao “analisar” a seleção
Chinesa. A principio, esperava a seleção oriental mais acuada em seu campo e
explorando contra-ataques em velocidade. Alias velocidade característica típica
do futebol oriental.
O fato que tornou o futebol Chinês um circo de horrores foi a maneira com que
utilizou o 4-4-2 em duas linhas, tipicamente inglês – ligação direta, marcação
em bloco baixo e abdicando da posse de bola.
Uma potencia mundial no quesito economia. A China famosa por realizar produtos de baixa confiabilidade, aparentemente, passou esta filosofia para o futebol. Os chineses importaram o 4-4-2 em duas linhas direto da Inglaterra, o copiaram, mas de forma equivocada. Os "componentes eletrônicos" não possuem qualidade dos originais. Um legitimo 4-4-2 made in CHINA.
Flagrante tático. China em fase defensiva no 4-4-1-1. Reparem que dentro da grande área, jogadores de ataque do Brasil estão no mano-a-mano. |
Estonteante a marcação oriental. Não estou reverenciando o
sistema defensivo, mas sim, lhe descendo a marreta. As duas linhas possuem um propósito
de ocupar faixas do campo de maneira inteligente, bloquear passagens do adversário
pelo flanco, marcação dupla com winger, lateral e soma-se a eles o meia central
para vigia-los. Para minha decepção, nada disto esteve presente na estratégia chinesa.
Carência que se acentuou durante boa parte do jogo foi a
inversão de jogadas da seleção brasileira as costas das linhas orientais. A
China não conseguiu encaixar duas linhas simétricas, ou, mesmo que assimétricas,
mas ocupando faixas laterais.
Seja por inversão com lançamento, não viajada, esta inversão brasileira foi com bola rápida e rasante. Seja invertendo por bloco baixo, recuando dos wingers ate os volantes, passando pelos zagueiros e recomeçando com laterais. Independente da inversão, a China não aproximava marcação e deixava o Brasil avançar pelos lados do campo, justo eles que deviam ser bloqueados pelas duas linhas impostas por seu treinador.
China opta por aproximar da inversão quando ela já esta sendo executada, "encostando" ao jogador quando este encontra-se com a posse da bola. No mínimo temerário.
Seja por inversão com lançamento, não viajada, esta inversão brasileira foi com bola rápida e rasante. Seja invertendo por bloco baixo, recuando dos wingers ate os volantes, passando pelos zagueiros e recomeçando com laterais. Independente da inversão, a China não aproximava marcação e deixava o Brasil avançar pelos lados do campo, justo eles que deviam ser bloqueados pelas duas linhas impostas por seu treinador.
China opta por aproximar da inversão quando ela já esta sendo executada, "encostando" ao jogador quando este encontra-se com a posse da bola. No mínimo temerário.
Além das inversões brasileiras, Mano surpreendeu ao escalar
Neymar como “falso-9” – nada mais que um centroavante ou, ultimo homem de
ataque, com movimentação livre, um libero ofensivo. Neymar “atucanou” os
zagueiros. Sua movimentação era intensa e as costas dos defensores.
Seguidamente o atacante tupiniquim rompia a linha de zagueiros para receber
lançamento longo às costas dos mesmos.
Em um quesito a China demonstrou padrão europeu, não jogar com sobra defensiva, pois, sabidamente o velho continente não utiliza sobra, de maneira semelhante, a China optou por jogar, não digo em linha de impedimento, mas sem um sobra distante em relação a Neymar.
Em um quesito a China demonstrou padrão europeu, não jogar com sobra defensiva, pois, sabidamente o velho continente não utiliza sobra, de maneira semelhante, a China optou por jogar, não digo em linha de impedimento, mas sem um sobra distante em relação a Neymar.
Flagrante tático. No destque: Marcação em linha da defesa chinesa; Segunda linha muito assimétrica, onde não consta o winger pelo lado esquerdo. |
O Brasil possui méritos, pois, analisou as carências do adversário
e soube explora-las. Mano providenciou Neymar de “falso-9” jogando no limite
entre o impedimento e posição legal para explorar lançamentos longos as costas
dos defensores. Alias, não só Neymar, demais meias jogaram as costas dos defensores,
explorando a velocidade de Hulk e Lucas. Claro que esta estratégia provém da
intensa movimentação dos wingers e Neymar, não ocorreria de forma estática ou
apenas com bola nos pés.
Outra estratégia foi dobradinha entre lateral, winger e Oscar aproximando para fechar triangulação.
Outra estratégia foi dobradinha entre lateral, winger e Oscar aproximando para fechar triangulação.
É uma desonra utilizar o 4-4-2, no caso da China, 4-4-1-1 em
fase defensiva e, esporadicamente, em fase ofensiva, 4-2-3-1.
Comprometimento tático não existe no vocabulário chinês. Se existe, não foi apresentado perante a seleção brasileira.
Acredito que a principal dificuldade da China foi adequar-se a marcação zonal que as duas linhas requerem. Marcação individual em duas linhas não existe, de maneira alguma.
Portanto, não havia leitura de ocupar certas faixas de campo e respeitar a zona do companheiro. As perseguições eram corriqueiras, com isso, buracos ficavam nítidos e setor defensivo desorganizado.
Um dos mandamentos do 4-4-2 em duas linhas é a compactação. Novamente, não executado pela equipe oriental. Espaço entre meio de campo e linha defensiva ficou nítido pela quantidade de bolas invertidas pela seleção brasileira, resultado da distancia entre setores.
Comprometimento tático não existe no vocabulário chinês. Se existe, não foi apresentado perante a seleção brasileira.
Acredito que a principal dificuldade da China foi adequar-se a marcação zonal que as duas linhas requerem. Marcação individual em duas linhas não existe, de maneira alguma.
Portanto, não havia leitura de ocupar certas faixas de campo e respeitar a zona do companheiro. As perseguições eram corriqueiras, com isso, buracos ficavam nítidos e setor defensivo desorganizado.
Um dos mandamentos do 4-4-2 em duas linhas é a compactação. Novamente, não executado pela equipe oriental. Espaço entre meio de campo e linha defensiva ficou nítido pela quantidade de bolas invertidas pela seleção brasileira, resultado da distancia entre setores.
Posicionamento ou transição ofensiva? 30% de posse de bola é
pouco para analisar estes movimentos. O que pude notar foi uma horrenda
qualidade técnica, excesso de ligação direta, transição do 4-4-1-1 para 4-2-3-1
com avanço dos wingers. Resumindo, marcação brasileira impecável sobre sistema ofensivo chinês.
Resultado deste conjunto de erros? Uma sonora goleada de OITO a zero. Brasil finalizando 30 vezes ao gol chines contra, apenas, três chutes a meta de Diego Alves.
Este jogo não passou de um treino de luxo. A disparidade técnica e tática é imensurável.
De que serviu este jogo? Ritmo de "jogo", padronizar alguma movimentação ofensiva, pois, pouco foi exigido defensivamente e, Mano finalmente respira aliviado e sem vaias ao pé do ouvido.
Este jogo não passou de um treino de luxo. A disparidade técnica e tática é imensurável.
De que serviu este jogo? Ritmo de "jogo", padronizar alguma movimentação ofensiva, pois, pouco foi exigido defensivamente e, Mano finalmente respira aliviado e sem vaias ao pé do ouvido.
Faço das minhas as palavras de meu amigo Eduardo Dourado:
- Algumas pessoas dizem que a China vai dominar o mundo, mas uma coisa é certa, o futebol eles nunca vão dominar.
Parabéns pelas análises. Seu blog é excelente e você tem muita experiência e visão tática. Espero que você possa analisar os futuros jogos da UCL e da PL. Good job!