O atual campeão da Libertadores da America possui na
casa-mata um grande estrategista. Tite é peça rara no emaranhado de treinadores
boleiros que vive o atual futebol brasileiro. O comandante da equipe mantém sua
filosofia de jogo, independente dos jogadores que adentram nas quatro linhas.
A mecânica se explica pela intensidade do time em variar entre marcação adiantada - pressing - e de retenção - no seu campo. Essa mecânica acentua-se pelo fato do time estar "capenga" de seus titulares, o que demonstra um grupo homogêneo com sistema e estrategias definidas e independente de jogadores.
Além disto, os quatro homens com ocupação para atacar não possuem posição fixa a frente. Por ora Danilo e Romarinho foram dupla de ataque, mas, corriqueiramente, invertem com wingers. Este "falso ataque" não perde eficiência, pelo contrario, torna-se imprevisível e difícil de ser marcado.
A mecânica se explica pela intensidade do time em variar entre marcação adiantada - pressing - e de retenção - no seu campo. Essa mecânica acentua-se pelo fato do time estar "capenga" de seus titulares, o que demonstra um grupo homogêneo com sistema e estrategias definidas e independente de jogadores.
Além disto, os quatro homens com ocupação para atacar não possuem posição fixa a frente. Por ora Danilo e Romarinho foram dupla de ataque, mas, corriqueiramente, invertem com wingers. Este "falso ataque" não perde eficiência, pelo contrario, torna-se imprevisível e difícil de ser marcado.
Compactação, marcação à frente no campo do adversário,
contra-ataque em velocidade explorando a desorganização do adversário, em
virtude do pressing no campo ofensivo. Não bastasse isto, Tite adota a gênese do
4-2-3-1, ou seja, o 4-4-2 em duas linhas. Sabidamente o 4-2-3-1 variou das duas
linhas britânicas sendo que, um atacante recua, wingers adiantando e assim
formata-se uma nova linha no meio campo.
Flagrante tático. Corinthians postado em duas linhas de quatro. |
Mais original e “antiquado” do que inovador. Não se trata de
um critica, mas sim de uma constatação. Tite adota em seu Corinthians muito
mais as duas linhas de quatro do que a “moda” do 4-2-3-1. Essa confusão de
esquemas deriva da intensa movimentação dos meias, algo primordial as facetas
do futebol moderno. Não há espaço para futebol estático, esperando bola no pé e
funções restritas a ofensivas e defensivas. A filosofia do futebol total impera
, guardado as devidas proporções: todos marcam, todos atacam.
É por este lógica que Tite adéqua sua equipe.
É por este lógica que Tite adéqua sua equipe.
As duas linhas que Tite adotou respeitam alguns “mandamentos”
básicos do esquema:
- Presença dos volantes no campo de ataque adversário, função ofensiva não fica restrita a meias e atacantes.
- Wingers e atacantes auxiliam nas fases defensivas. “Mandamento” claro do futebol total.
- Movimentação para confundir adversário, ocupar de forma inteligente os espaços no campo e, consequentemente, ser uma opção de passe segura.
- Ataque em bloco e defesa de maneira semelhante. O time comporta-se como um só.
- Presença dos volantes no campo de ataque adversário, função ofensiva não fica restrita a meias e atacantes.
- Wingers e atacantes auxiliam nas fases defensivas. “Mandamento” claro do futebol total.
- Movimentação para confundir adversário, ocupar de forma inteligente os espaços no campo e, consequentemente, ser uma opção de passe segura.
- Ataque em bloco e defesa de maneira semelhante. O time comporta-se como um só.
Por outro lado, algumas das estratégias adotadas por Tite
fogem a regra das duas linha britânicas e aproximam-se do futebol moderno e
considerado vencedor:
- Não há figura de um “9” clássico. Tanto Danilo quanto Romarinho não guardam posição fixa dentro da grande área, ambos possuem movimentação intensa e troca de posição com demais.
- Passes curtos e triangulações com jogadores próximos. O passe longo é utilizado em circunstancias isoladas.
- Não há figura de um “9” clássico. Tanto Danilo quanto Romarinho não guardam posição fixa dentro da grande área, ambos possuem movimentação intensa e troca de posição com demais.
- Passes curtos e triangulações com jogadores próximos. O passe longo é utilizado em circunstancias isoladas.
O atual Corinthians neutraliza seu adversário com marcação
dupla por zona, aproveitando das duas linhas em fase defensiva. Ou seja, winger
e lateral dobram marcação sobre adversário pelo flanco e ainda contam com
volante os vigiando pelo centro.
A compactação variando entre bloco baixo, médio e alto, auxilia na recuperação da bola, pois enquadra o adversário
em uma pequena zona do campo e limita suas ações. O Corinthians sabe induzir o adversário
para certa faixa do campo e “agredi-lo”, é claramente uma armadilha para
recuperar a posse de maneira eficiente.
Flagrante tático. Compactação corinthiana em bloco médio, ou, faixa intermediaria. |
Tratando de momentos ofensivos, o Corinthians leva perigo em
transições de velocidade – contra-ataque. Quando há necessidade, o coringão
utiliza-se do contra-ataque mais direto, pouca troca de passes – ligação direta
– marcando em seu campo ao estilo de retenção – atrás da linha da bola e
diminuindo campo ao adversário -, sendo assim, a saída é em velocidade. Geralmente
a equipe utiliza-se do contra-ataque, mas derivando da marcação adiantada no
campo do adversário e tramando contra-ataque perto da meta adversária.
Variando. O Corinthians pode e atua em suma maioria, com posse de bola, pois possui jogadores para desempenhar tal estratégia. Organizando e tramando suas jogadas, dominar o adversário e criar situações, o 4-2-3-1 toma forma com intensa variação entre Danilo e Romarinho. Sendo assim, ao optar por tocar e rodar, o coringão possui presença ofensiva de cinco a seis jogadores.
Sem contar que a equipe sabe dosar os momentos ofensivos. Utiliza-se de maneira inteligente a desorganização do adversário ao contra-atacar ou controlando a partida, trocando passes e marcando a frente para recuperar a posse da bola no campo ofensivo. Neste quesito, Luxemburgo definiu bem o adversário:
- Corintians é um time malandro, escolado, no bom sentido.
Variando. O Corinthians pode e atua em suma maioria, com posse de bola, pois possui jogadores para desempenhar tal estratégia. Organizando e tramando suas jogadas, dominar o adversário e criar situações, o 4-2-3-1 toma forma com intensa variação entre Danilo e Romarinho. Sendo assim, ao optar por tocar e rodar, o coringão possui presença ofensiva de cinco a seis jogadores.
Sem contar que a equipe sabe dosar os momentos ofensivos. Utiliza-se de maneira inteligente a desorganização do adversário ao contra-atacar ou controlando a partida, trocando passes e marcando a frente para recuperar a posse da bola no campo ofensivo. Neste quesito, Luxemburgo definiu bem o adversário:
- Corintians é um time malandro, escolado, no bom sentido.
Nas palavras do comandante Adenor Bacchi:
-
Jogamos sob forma de domínio, valorizando posse de bola e compactação (pressão
alta preferencialmente, meio campo ou defensiva) e quando da pressão defensiva
(controle) a retomada e o contra-ataque explorando o espaço criado.