Analise de @rasangui do blog Taticamente Falando
Nesta quarta, Vasco e Botafogo jogaram pela 12ª rodada do Brasileitão, num clássico de dois veteranos em campo com talento inquestionável. Seedorf, no Botafogo e Juninho, no Vasco. O jogo foi movimentado, mas só foi decidido nos últimos minutos da partida, onde os Vascaínos levaram a melhor com gol de Alecsandro, em grande jogada do veterano meia Vascaíno.
Já o holandês, em seu segundo jogo pelo Alvinegro, mostrou-se mais a vontade que na estréia, um pouco mais recuado, discreto, mas distribuindo passes precisos e ajudando os companheiros a se posicionarem melhor em campo, mostrando liderança técnica. A estratégia inicial do Botafogo era concentrar o jogo na esquerda e inverter pra pegar o Vasco desprevenido, e assim Seedorf sempre clareando as jogadas com seus passes e lançamentos para a direita, porém o fogo era mais travado ofensivamente, faltando mais variação e inspiração.
Andrezinho e Seedorf juntos no inédito 4-3-1-2 do Botafogo. Vasco no 4-2-3-1 de sempre, mas com Felipe no banco, e Carlos Alberto titular. O time perdia desperdiçava oportunidades, porém ganhou o meio campo a partir dos 30 do primeiro tempo. Dessa maneira, o fogo seguia na tentativa de jogar com velocidade com Seedorf caindo pela esquerda pra fazer a dobradinha com Márcio Azevedo, procurando aproveitar os espaços nas costas do lateral Auremir que é um bom jogador defensivamente mas ofensivamente faz os vascaínos sentirem a falta de Fagner.
A melhor chance do primeiro tempo foi do Vasco: Carlos Alberto entortou Lucas e Azevedo e chutou rasteiro. A bola carimbou a trave de Jefferson.
No segundo tempo Botafogo voltou com Jadson na vaga de Lucas Zen. Nada demais, apenas volante por volante. Jogo seguia em ritmo intenso, com poucos erros das equipes, e boa compactação entre os setores. Faltava ao Botafogo pressionar mais o Vasco e talvez por isso Seedorf passou a jogar mais recuado, como primeiro volante, dando variação para o 4-2-3-1, mas Elkeson ficou muito isolado e tinha dificuldade em aproveitar as manobras ofensivas da equipe de general Severiano.
Cristovão cobrou muito da parte tática de Carlos Alberto, que jogou bem, mas foi substituído por Felipe, que entrou bem, enquanto Wendel sentiu e foi substituído por Felipe Bastos, um jogador mais pesado e lento, mas com bom arremate.
Aos 28 minutos muita disputa e correria, com as duas equipes mais exaustas e apresentando pouco futebol: Márcio Azevedo estica pra Elkeson mas Prass chegou antes na bola. Seedorf cansou, foi substituído por Fellype Gabriel. Claramente o Holandês ainda precisa se adaptar ao Futebol Brasileiro, mas fez boa partida, e o fogo ainda teve bela oportunidade aos 34 minutos quando Felipe Bastos perdeu a bola para Fellype Gabriel que mandou o chute por cima. Rafael Marques substituiu Elkeson.
Com as mudanças, Vasco foi mais efetivo e ofensivamente mostrou ser melhor que Fogão: W.Barbio entrou na vaga do extenuado Eder Luís e aos 41 minutos, o Vasco marcou o gol que definiu o resultado do clássico: Juninho Pernambucano brigou pela bola na área e, mesmo caído, conseguiu rolar para Alecsandro, livre, levantar a torcida cruzmaltina presente no Engenhão: 1 x 0. Foi o 8º gol do atacante que obrigou o fogão partir para o desespero, mostrando que ainda falta algo pra ter regularidade, pois já são 2 derrotas consecutivas, mas já era tarde e o Vasco garante a quarta vitória consecutiva e dorme na liderança do campeonato.