Emerson Leão armou sua equipe entre o 4-2-3-1 e 4-3-3,
porém, com maior predominância no 4-2-3-1. O time claro e evidentemente joga
pelos lados do campo, não possui articulador, extremamente individualista, fica
devendo em fase defensiva e tem dificuldades em explorar sua principal arma,
Luis Fabiano.
Flagrante tático. São Paulo postado no 4-2-3-1. |
O 4-2-3-1 é ponto de partida entre outros dois sistemas,
estes são: 4-3-3 em fase ofensiva e um raro, mas existente, 4-4-1-1 defendendo.
4-2-3-1: Esquema em que a equipe fica postada no campo intermediário, geralmente sem bola e em transições ofensivas. A equipe conta com dois zagueiros, dois laterais; dois volantes frente à linha defensiva, três meias sendo que, um centralizado e dois abertos no flanco; um centroavante.
4-3-3: Quando a equipe esta posicionada no campo do adversário. Primeira linha defensiva composta por dois laterais – um apoiando e outro guardando posição - e dois zagueiros; no meio campo um triangulo de base baixa – dois volantes que não saíram para o jogo e um meia; os wingers que estavam postados no meio campo, adiantam-se e se tornam pontas no ataque de pés certos e um centroavante fechando o setor de ataque.
4-4-1-1: A primeira linha segue intacta; uma segunda linha de quatro se forma com o recuo dos wingers, Fernandinho e Osvaldo recuam quando o time esta posicionado defensivamente, alinham-se aos volantes; Jadson é o “1” frente ao meio campo, não se alinha a Luis Fabiano, pois fica pronto para armar um possível contra-ataque; Luis Fabiano não contribui defensivamente, apenas se posta a frente como referencia.
4-2-3-1: Esquema em que a equipe fica postada no campo intermediário, geralmente sem bola e em transições ofensivas. A equipe conta com dois zagueiros, dois laterais; dois volantes frente à linha defensiva, três meias sendo que, um centralizado e dois abertos no flanco; um centroavante.
4-3-3: Quando a equipe esta posicionada no campo do adversário. Primeira linha defensiva composta por dois laterais – um apoiando e outro guardando posição - e dois zagueiros; no meio campo um triangulo de base baixa – dois volantes que não saíram para o jogo e um meia; os wingers que estavam postados no meio campo, adiantam-se e se tornam pontas no ataque de pés certos e um centroavante fechando o setor de ataque.
4-4-1-1: A primeira linha segue intacta; uma segunda linha de quatro se forma com o recuo dos wingers, Fernandinho e Osvaldo recuam quando o time esta posicionado defensivamente, alinham-se aos volantes; Jadson é o “1” frente ao meio campo, não se alinha a Luis Fabiano, pois fica pronto para armar um possível contra-ataque; Luis Fabiano não contribui defensivamente, apenas se posta a frente como referencia.
Flagrante tático. 4-4-1-1 tricolor. Wingers recuando e se alinhando aos volante, Jadson mais a frente. |
Inicialmente o São Paulo empolgou, mas tudo não passou de
fogo de palha. A equipe jogava sem preocupação, era mero especulador, pois não precisava
atacar para logo garantir o resultado, quem tinha de fazer isto era o Inter.
Assim o São Paulo aproveitou os espaços deixados pelo Inter, postava seus três atacantes
sobre a linha do Inter e segurava os laterais gaúchos, ou, jogava as costas dos
mesmos. Liberava ora Cortez, ora Douglas para o apoio em velocidade e fazia
dobradinha entre lateral e ponta, porém não explorava Luis Fabiano na
referencia.
A grande mudança. Após levar o gol e ter de assumir uma
proposta mais ofensiva o São Paulo se perdeu. Aparentemente, a equipe não sabe
ditar o ritmo de jogo, criar situações de gol e enfrentar uma equipe fechada.
Leão não rugiu, miou.
Transição ofensiva tomava forma de 4-3-3. Trama de jogadas
era somente e tão somente pelos flancos, o jogo pela porção central do campo não
foi explorado. Um dos laterais fazia ultrapassagem em velocidade e o outro
guardava posição. Os wingers avançavam pelo flanco e se tornavam pontas, porém,
não faziam infiltração, apenas ficavam no lado do campo e não deixavam lateral
ir à linha de fundo. Jadson não caía pelos flancos e sim, adiantava-se ao lado
de Luis Fabiano para fugir da marcação. Os
volantes se posicionavam a frente dos defensores, não apareciam a frente,
apenas postados para bola de segurança.
Flagrante tático. 4-3-3 com triangulo de base alta paulista. |
A equipe paulista demonstrou alguns problemas como:
- meio campo estático com posse de bola, wingers apenas marcaram um trilho no campo de ir à frente se tornando pontas e voltando para marcar, nada de infiltração, apenas um vai-e-vem.
- dificuldade em encontrar abrir espaços na equipe adversária.
- ataque extremamente individualista. Fernandinho baixa a cabeça e corre a linha de fundo, previsível e facilmente marcado. Osvaldo atua melhor na esquerda, pois é destro e assim tem opção de infiltrar, na direita apenas tentou, sem sucesso, ultrapassar Fabrício.
- defesa demonstrou carência em infiltrações adversárias. Os laterais Cortez e Douglas ofereciam espaço as suas costas e zagueiros lentos na cobertura.
- mesmo com dois volantes centralizados, wingers recuando para não deixar 2x1 contra seu lateral, mais linha de quatro defensiva, o São Paulo não encontrou o articulador central do Inter. D’Alessandro recuou, avançou e fez a bola girar, ditou o ritmo da partida.
- meio campo estático com posse de bola, wingers apenas marcaram um trilho no campo de ir à frente se tornando pontas e voltando para marcar, nada de infiltração, apenas um vai-e-vem.
Diagrama tático. Fernandinho e Osvaldo marcando trilho no campo. Fazem apenas um vai-e-vem pelo lado do campo, previsível e com repertorio de jogadas limitado. |
- dificuldade em encontrar abrir espaços na equipe adversária.
- ataque extremamente individualista. Fernandinho baixa a cabeça e corre a linha de fundo, previsível e facilmente marcado. Osvaldo atua melhor na esquerda, pois é destro e assim tem opção de infiltrar, na direita apenas tentou, sem sucesso, ultrapassar Fabrício.
- defesa demonstrou carência em infiltrações adversárias. Os laterais Cortez e Douglas ofereciam espaço as suas costas e zagueiros lentos na cobertura.
- mesmo com dois volantes centralizados, wingers recuando para não deixar 2x1 contra seu lateral, mais linha de quatro defensiva, o São Paulo não encontrou o articulador central do Inter. D’Alessandro recuou, avançou e fez a bola girar, ditou o ritmo da partida.
Transição defensiva. Quando a bola era perdida em campo
alto, os jogadores que perdiam a posse de bola faziam uma “blitz” de apenas
cercar o adversário para os demais recuarem e posicionar-se no campo defensivo.
Não havia marcação adiantada.
Posicionamento defensivo com linhas recuadas e jogadores
postados no campo defensivo, esquema este entre 4-4-1-1 e 4-2-3-1. Apenas dois
jogadores à frente, Jadson e Luis Fabiano. Não havia perseguições ou algo do
tipo, marcação era por zona e cercando o adversário, o bote para recuperar
posse de bola ficava por parte dos defensores.
Flagrante tático. Transição defensiva, São Paulo saindo do 4-2-3-1 em linhas amarelas e tomando forma no 4-4-1-1 em linhas pretas. |
As melhores oportunidades do São Paulo foram quando o jogo
estava em 0x0. Com jogadores de velocidade o time explorava o contra-ataque as
costas dos wingers colorados e faziam 2x1 contra lateral colorado. Os pontas
avançavam e seguravam o lateral adversário, quem vinha de trás pelo lado do
campo tinha grande espaço para avançar.
O Tricolor até consegue ter posse de bola, mas tem pouca movimentação, não sai da marcação e consequentemente pouca criação. Outra defeito, é o excesso de individualismo que algumas vezes acaba com chances de gols, como por exemplo nos minutos finais da partida em que teve duas chances de passar a bola e certo jogador ficar na cara do gol mas ao invés do passe, o jogador chutou e errou.. Poderia dar o empate e até a vitória!
Enfim, belo post!