Confesso que estava curioso para ver como Celso Juarez Roth estava
armando seu Cruzeiro. Para minha surpresa, o treinador não fugiu do que estamos
acostumados. Ainda em inicio de trabalho, Roth, trabalha primeiro sua defesa,
após consolidar o sistema defensivo o treinador parte para movimentos
ofensivos. Enquanto fica arrumando a casa lá atrás, na frente o ataque se torna
uma verdadeira bagunça, baderna.
Celso se diz “pai da criança”, 4-2-3-1, no Brasil. Ou nesta
era moderna, anos 2000. Assim joga o seu Cruzeiro. Ressalto que times são mais
do que esquemas, ou se preferirem, numerozinhos. Times bem montados, ou não,
possuem estratégias, organização, ou falta da mesma, enfim, como diz
@eduardocecconi “organismos” sejam eles vivos ou não.
Diagrama tático. 4-2-3-1 pendendo a esquerda, mas sem parceria com lateral. |
O Cruzeiro deixa muito a desejar em fase ofensiva.
Transição e posição ofensiva são carentes. Cruzeiro tem
imensa dificuldade em armar , sair jogando de trás ou propor o jogo.
Os volantes se abstêm a armar, apenas marcam e cobrem o apoio dos laterais com posse de bola. Laterais bem marcados só participavam quando o jogo passava linha central do meio campo, Everton se destacou, mar carecia de alguém para interagir.
Tridente de meio-campistas muito inerte e num 4-2-3-1 arcaico e obsoleto, traduzindo, fixo, sem movimentação e facilmente marcado. Tinga era o motorzinho da equipe, porém com movimentação de robozinho, explico: "Tinga meia de origem, porém sempre, ou quase, foi aproveitado como volante. Roth o utiliza como winger pelo flanco, mas Tinga não se comporta como tal, com e sem bola ele não esta presente no flanco, o falso-winger joga por dentro e próximo a Montillo e isola o lateral, não há interação entre winger-lateral."
Montillo atua centralizado, mas não arma. O argentino se comporta como meia-atacante, apenas do centro para frente, não recua para buscar o jogo.
Fabinho foi winger aberto pela direita, o garoto tem velocidade e ímpeto, mas o Cruzeiro pende, naturalmente, para esquerda. Em comparação com Tinga, Fabinho é mais agressivo e agudo. A dobradinha Diego Renan e Fabinho é discreta e pouco explorada.
Os volantes se abstêm a armar, apenas marcam e cobrem o apoio dos laterais com posse de bola. Laterais bem marcados só participavam quando o jogo passava linha central do meio campo, Everton se destacou, mar carecia de alguém para interagir.
Tridente de meio-campistas muito inerte e num 4-2-3-1 arcaico e obsoleto, traduzindo, fixo, sem movimentação e facilmente marcado. Tinga era o motorzinho da equipe, porém com movimentação de robozinho, explico: "Tinga meia de origem, porém sempre, ou quase, foi aproveitado como volante. Roth o utiliza como winger pelo flanco, mas Tinga não se comporta como tal, com e sem bola ele não esta presente no flanco, o falso-winger joga por dentro e próximo a Montillo e isola o lateral, não há interação entre winger-lateral."
Montillo atua centralizado, mas não arma. O argentino se comporta como meia-atacante, apenas do centro para frente, não recua para buscar o jogo.
Fabinho foi winger aberto pela direita, o garoto tem velocidade e ímpeto, mas o Cruzeiro pende, naturalmente, para esquerda. Em comparação com Tinga, Fabinho é mais agressivo e agudo. A dobradinha Diego Renan e Fabinho é discreta e pouco explorada.
Eis o ponto alto da transição ofensiva. Bola no pivô para Wellington Paulista, o centroavante usa de seu corpanzil, protege e tem como opção esperar a chegada de seus companheiros ou, girar e tentar algo “solito”.
Uma jogada involuntária poderia ser melhor explorada. Tinga como winger não fica preso ao flanco, o meio faz diagonal e busca o centro, assim o corredor lateral fica livre para apoio do lateral, porém ninguém aproxima para interagir com o lateral. Na direita o contrario acontece. Fabinho é destro e bloqueia o apoio de Diego Renan na lateral.
Flagrante tático. 4-2-3-1 cruzeirense. |
As melhores oportunidades do Cruzeiro são em bolas
recuperadas no meio campo e aceleradas ao ataque pelos lados do campo ou à
frente com Wellington Paulista caindo as costas dos defensores. O famoso
contra-ataque.
Outra característica desta equipe de Celso Roth e dos últimos
times, POSSE DE BOLA SERENA, TRANQUILA, TERNO, MEIGO. Defina como quiser. A
equipe troca passes em zona confortável para o adversário, central e três quartos
do campo. Não importuna, não leva perigo a meta adversária. Por ter apenas um
homem na área às jogadas de flanco ficam prejudicadas, bolas na área,
chuveirinho ou rasantes são raros.
É oito ou oitenta. Celso Roth arma sua equipe com apoio intensivo
dos laterais, porém sem volantes presentes. A distância entre setores do time é
monumental: zaga e volantes jogam próximos-----------------vácuo----------------
meias e atacante próximos.
Claramente este CRUZEIRO tem o selo Celso Roth de treinar.
Não pensem que o time seguirá assim, irá evoluir e deve
melhorar. Um exemplo foi à mudança no segundo tempo. A equipe saiu do 4-2-3-1 e
partiu para o 4-4-2 losango: linha de defesa segue intacta; tripé de volantes
composto por Amaral no primeiro vértice, Tinga pela direita e Charles na
esquerda, Montillo o vértice mais adiantado do losango.
A grande mudança foi Fabinho pela esquerda, assim Everton ganhou uma companhia, o jovem atacante parte do flanco para o centro, mas sem esquecer o lateral.
A grande mudança foi Fabinho pela esquerda, assim Everton ganhou uma companhia, o jovem atacante parte do flanco para o centro, mas sem esquecer o lateral.
Diagrama tático. Roth mudou para melhor e reanimou o lado esquerdo. |