Não é bobagem dizer o que o São Paulo dominou o Santos no Morumbi, pois sim, o time de Leão teve ampla vantagem no primeiro tempo, mais jogadas de perigo de jogo, mais lances de efeito, enquanto o Santos retraído só errava, no segundo tempo, quando o time de Neymar teve a chance de passar a frente no placar, errou dinovo, deixou o São Paulo controlar e vencer de forma heroica e histórica com grande atuação de Lucas.
Logo no começo do jogo por um capricho do destino, Casemiro bateu de fora e contou com o desvio de Edu Dracena para abrir o placar no Morumbi, Casemiro e os caprichos do destino voltariam a se encontrar, mais a frente.
Cirúrgico, Rodrigo Caio anulou Neymar no primeiro tempo, foram mais 8 roubadas de bolas a apenas 2 faltas, com 1 cartão, o problema de Caio, mais a frente. Não só ele mais também seus companheiros de defesa, tanto na marcação, Rhodolfo e P.Miranda, como no apoio, Cortêz fizeram uma ótima partida, cada um com sua função isolando o ataque Santista, Rhodolfo colou em Borges, Denilson e Paulo Miranda se revezaram na marcação à Ganso.
Essa marcação deu ao São Paulo a chance de usar um 4-1-4-1 no primeiro tempo, comDenilson na base, Lucas e Jadson nas extremas, caindo pelo meio, Cícero e Casemiro por dentro. Taticamente falando, Cícero foi a peça chave do São Paulo no primeiro tempo, cobriu os dois lados, e ainda atacou com qualidade, chegando de trás.
No Santos foi evidente o 4-3-3 acuado, pelo forte poder ofensivo dos Tricolores, Adriano como primeiro volantes, voltando de contusão, não suportou o ritmo, Ibson e Arouca abertos foram peças nulas no jogo. Ganso, Neymar e Borges pouco trabalharam no primeiro tempo. A primeira finalização do peixe foi só aos 30' minutos da etapa inicial.
Logo aos 5' o capricho do destino, dito lá em cima, se reencontrou com Casemiro, apósescanteio a bola bateu no camisa 29 do São Paulo e sobrou limpa para Dracenadecretar o empate. R.Caio foi expulso na sequencia e o segundo tempo começou infernal para o São Paulo.
Muricy logo colocou F.Anderson e Elano adiantando o time, Leão não tinha mais nada a fazer, diferente de colocar Piris para recompor, tirando Jadson.
Lucas então buscou a individualidade, o time não tinha mais a força coletiva, então junto a Luis Fabiano puxou o contra-ataque que acabou com o camisa 9 derrubado na área. Pênalti que o mesmo Fabuloso bateu para colocar o Tricolor na frente dinovo.
Apagado Neymar prezou a individualidade também, e após lance de Kardec, tirou Denis e deixou tudo igual no Morumbi. Então o empate parecia bom negócio para Leão, do modo que se desenhava o jogo, e então sacou o Fabuloso e colocou um terceiro zagueiro.
Armando o time no 3-4-2, foi o que deu, Piris, Paulo Miranda, Rhodolfo, Casemiro eDenilson tinha o compromisso com a marcação, Lucas, Cícero e Cortêz o compromisso com o contragolpe, o foram justamente eles que apareceram no derradeiro lance do jogo, bola de Lucas para Cortêz de Cortês na trave, da trave para Lucas de Lucas para o gol. E Vitória tricolor no clássico.
E ai Eduardo, beleza ??? Estou com uma duvida aqui. Existe uma diferença entre o "meia-ofensivo" e o "meia-atacante" ja vi tu usando essas denominações em diferentes ocasiões, gostaria de saber se existe uma diferença.
Abraço
Tudo tranquilo e com você? Aparentemente são posições iguais, mas possuem derivações.
Meia-atacante o nome já diz, um meia que se aproxima dos atacantes, entra mais na área e pouco articula. Pode ser um atacante recuado ou um meia adaptado. Exemplo: Dagoberto no Inter. Jorge Henrique, William e Emerson do Corinthians exemplificam bem, pois são wingers que entram na área.
Meia ofensivo se simplificar, é um jogador de meio campo com vocação ofensiva. Pode ser um meia de criação que parte de uma zona alta do campo, um jogador de lado, ou um meia central. Exemplos: Ganso, meia de criação. Datolo, pode jogar como winger ou 3 homem de meio campo. Oscar que faz as mesma funções. Douglas é um meia ofensivo. Alex pode ser os dois.
Qualquer duvida só perguntar novamente.
Abraço.