Avenida no 3-5-2 leva goleada do tricolor

O Avenida de Santa Cruz não conseguiu surpreender o tricolor de Porto Alegre. A goleada é sempre esperada entre estes confrontos, para variar se confirmou. Algo que me chamou atenção foi o estilo e falta de sorte do Avenida. O time soube marcar o Grêmio, mas como levou quatro gols? Bem, os dois primeiros gols se resumem a falta de sorte do que desmerecimento. Ao estar perdendo, fora de casa, contra um adversário de elite, o jogo se complica. Quatro a zero merecido por parte tricolor.

Gilmar Iser armou sua equipe no 3-5-2. Algumas pequenas variações foram notadas: Com bola a equipe passava ao 3-4-3, sem bola a um efetivo 3-5-2 ou 3-4-2-1. Por alguns momentos o time se postou de maneira agressiva no campo do Grêmio, intuito era de forçar o adversário para o erro, com isto o 3-4-3 se mantinha.

Flagrante tático. 3-5-2 com alas ofensivos.

Logo cedo o time já se encontrava em desvantagem no placar. Portanto as ideias propostas por Gilmar teriam de serem outras. Claramente a equipe não sabia ditar o ritmo de jogo e nem se esperava isto.

Jogando com três zagueiros ficou claro a marcação individual no adversário. Anderson Bill foi o zagueiro que colou em Moreno, Carlos Alberto e Eliésio em Bertoglio, quando o atacante caía por o lado de um deles. Os alas – Dudu e Vinicius – acompanhavam os laterais e o meio campo tentava encaixar no meio campo adversário – para isto, Edimar recuava se alinhando aos volantes.

Flagrante tático de marcação individual. Carlos Alberto acompanha Bertoglio até o meio campo. Edimar recuando para compor.

Com posse de bola a equipe tinha uma proposta simples. Jogar pelos flancos e achar algum cruzamento ou jogada em velocidade. A organização não ficava clara, pois o time partia do 3-5-2 para o 3-4-3, Edimar não era meia, tão pouco caía pelos lados. Preferencialmente o lado direito foi mais utilizado com: C.Alberto, Dudu e Fabio Pinho. Este trio pouco se aproximou e o solicito, mas solitário Dudu foi anulado. Na esquerda: Eliésio, Vinicius e Carlos Eduardo, pouco viram a cor da bola, o jogo era proposto pela direita.

A equipe “sabia” se defender com muitos, ou melhor dizendo, agrupar jogadores no campo defensivo. O grande problema se tornou as transições ofensivas. Sem bola o agrupamento era com oito a nove jogadores, com a mesma víamos no Maximo quatro jogadores – ala e tripé ofensivo. Em certos momentos a equipe tentou adiantar suas linhas e propor o jogo, mas sempre oferecia espaço para o contra-ataque.

O contra-ataque que poderia ser melhor explorado não aconteceu devido ao excesso de passes errados. Osny é um grandalhão que não gera velocidade para equipe, apenas tem presença na área.

Em certos momentos de “utopia” se viu um Avenida tentando marcar a saída de bola tricolor. Sem resultado, pois apenas o tridente ofensivo de mostrava apto à ideia, eles não traziam consigo o restante do time, e isto gerava mais espaço ao tricolor.

Flagrante tático. A tentativa infrutífera do Avenida em atrapalhar a saída de bola tricolor.

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