Chelsea desanima no 4-1-4-1

Em preto movimentos ofensivos. Amarelo movimentos defensivos. Tres linhas rosas motram a distancia dos setores do time em campo.

André Villas-Boas ainda não empolgou no comando do Chelsea. Apontado como sucessor de José Mourinho, chegou aos Blues a peso de ouro. Suas idéias se assemelham ao treinador do Real Madrid, mas Villas-Boas não consegue fazer o time render. Não quero ser do tipo que critica em demasias, porém este português gosta de um retranca.

Chelsea postado em campo no 4-1-4-1. Duas linhas bem claras, mas com jogadores entre e a frente elas. Romeu foi volante poste, colocou-se entre a linha defensiva e do meio campo, se preciso recuava para cobrir Ashley Cole. Drogba foi centroavante, não ficou plantada, pois a bola não chegava.

Como já citei, Romeu foi volante que aprofundava ao lado dos zagueiros. Com recuo de Romeu, Ivanovic cobria Boasingwa e Terry ficava como um zagueiro de sobra. Formava-se um tripé “torto” com: Terry ao centro, Romeu a esquerdae Ivanovic a direita.

Laterais estavam livres para apoiar, mas não iam à linha de fundo. Instrução era de não ocupar mesmo espaço dos wingers. Suas movimentações ficavam restringidas a infiltrar. Por vezes e em raros momentos Ashley Cole foi a linha de fundo, mas graças a caridade de Mata infiltrar e abrir corredor.

Meio de campo possui nomes que contagiam. Dois meias centrais: Lampard na esquerda, voltou de lesão e apareceu no time titular após lesão e Ramires. Raul Meireles possui qualidade e combatividade pela direita. Ambos tinham movimentação para apoio aos laterais e wingers.

Não está fácil para Villas-Boas.

Dois wingers de qualidade, jogadas individuais e inteligentes taticamente. Tanto Mata, quanto Sturridge voltavam para compor meio campo, assim fechando espaços. Com o recuo dos wingers, eles partiam muito de trás, isolavam Drogba e foram figura chave para transição lenta do Chelsea. Com bola não se tornavam “pontas”, ficavam por vezes alinhados aos meias centrais, suas instruções eram procurar a linha de fundo.

Wingers contribuíram negativamente para anulação dos laterais. Mata por vezes tentou infiltrar e abrir passagem para Cola, mas poucos foram os momentos. Sturridge atuou colada a linha lateral. Assim Ashley Cola e Boasingwa foram homens de infiltração e opção de passes laterais.

Referente ao jogo. Saída de bola era sempre com Lampard ou Raul Meireles. Estes ainda abriam para contribuir a transição com laterais. Um problema entre eles eram os poucos passes em diagonais, em sua maioria eram laterais ou recuos.

Posse de bola era intermediaria. Não passava dos ¾ do campo. Com o passar do tempo os movimentos ofensivos já eram previsíveis. Jogadores estáticos, não auxiliaram em nada para criação de jogadas. Time ficou dependente das jogadas individuais de Mata e Sturridge. Sobrou até para Didier Drogba tentar sair da área e puxar marcação.

Apáticos no jogo ofensivo, porém solidários aos movimentos defensivos. Todos se agrupavam em seu campo. Obrigaram o adversário a jogadas de ligação longa e individual. Maior problema era espaço entre as linhas de meio, defesa e ataque. Normalmente a bola não passava dos meias centrais e wingers, mas quando passava eram lances perigosos.

Aos poucos o Chelsea confessou ser um time inglês. Sua principal jogada se tornou a bola aérea para Drgoba. Devido a sua lentidão e troca de passes laterais. Os blues não conseguiram romper as linhas defensivas do Wigan.

This entry was posted in . Bookmark the permalink.

Leave a Reply

Compartilhar