Análise tática Manchester City x Bayern de Munique


Partida valida pela ultima rodada de grupos da liga dos campeões. Neste grupo da morte, composto por: Bayern, Napoli, Manchester e Villarreal. Infelizmente passam apenas dois clubes, os ingleses desta vez fizeram sua parte, mas precisavam de outro resultado positivo para se classificar.

Manchester foi a campo com time ofensivo, logo tomou iniciativa da partida. Roberto Mancini não costuma ser eliminado na fase de grupos, com o grupo que tem em mãos foi uma surpresa infeliz ser eliminado. Esquema partiu sempre do 4-4-2 inglês, porém com um toque de bola cadenciado do estilo brasileiro, mas em uma zona de conforto defensiva.

Bayern foi a campo com times misto, para não se dizer reserva. Com classificação assegurada os alemães preferiram um estilo de jogo defensivo. Jogaram no 4-2-3-1 com wingers atrás da linha do meio campo, aliás, marcação era todo em seu campo de defesa, não passavam do meio campo.


Não foi um jogo parâmetro de bom futebol. Manchester possuía posse de bola batendo quase na casa dos 70%. Lehmann definiu o estilo de jogo inglês:
 - Eles adormeçam os adversários com posse de bola, para ser honesto, não é um sistema táctico muito exigente -, considerou o goleiro.

É claro que nesta consideração do goleiro tem um toque de rivalidade. Motivado pela eliminação.

Algo que prejudicou muito o andar do jogo foi o estilo do Bayern. Apenas defendiam, abdicaram de atacar. Enquanto o Manchester trocava bola no setor de meio campo tudo estava relativamente fácil ao Bayern, o problema era quando chegava aos pés de Silva, Nasri, ou Aguero. Outra dificuldade do City era chegar a bola nos pés dos seus wingers, quem dava sintonia aos ataques, procurando o primeiro passe era Yaya Touré.

Para destoar a marcação City fazia bons movimentos. Nasri e David Silva invertiam as pontas. Barry passava e um winger vinha recuando para abrir espaço. Laterais foram bem marcados pelos wingers alemães. Aguero, poderia fazer diferença recuando para ser opção de passe, mas apenas basculava no ataque entre lado direito e esquerdo.

Manchester não jogava com seus laterais. Não forçaram as jogadas nas costas dos wingers. Preferiram jogar com os volantes, porém pouco exploraram o chute forte de Barry. Yaya Touré era volante polivalente, pois se apresentava para primeiro passe e era opção à frente. Wingers sempre procuravam movimentos agudos e cortando para dentro da área. Prioridade não eram os cruzamentos, e sim jogadas em velocidade no ataque.

David Silva foi quem dava sintonia aos ataques do Manchester. Por ele passavam todos os movimentos ofensivos.Partia sempre do flanco para o centro, movimentou-se muito, ora na direita ora na esquerda.Fficou sobrecarregado, já que Nasri não teve prestação esperada.

 Dzeko não foi genial, mas chamou e prendeu a marcação. Foi dele os dois passes para gol. Quando o City assumiu vantagem no placar o Bayern saiu para o jogo. Mas um time não possui um botão de liga e desliga, escolhendo quando atacar e defender, o Bayern tentou, mas lhe faltou qualidade.

Enquanto o City jogava adiantado e por vezes seus zagueiros passando da linha do meio campo, Bayern de Munique nem se quer tentou contra-ataques. Primeiro tempo em resumo foi um ataque contra defesa.

Segundo Tempo


Bayern mudou sem mexer. Partiu mais ofensivo e querendo o empate. Um banho de água fria nos alemães. Aos seis minutos, Yaya Touré aumenta vantagem, 2x0 sacramentado. Para vencer seria necessário mexer para dar qualidade, os titulares poupados deveriam ter entrado, poderiam nem resolver, mas tentariam.

Após o gol e a partida recomeçar. Manchester inverteu seus wingers. Bayern adiantou suas linhas e jogando frente a frente com City. Domínio da partida se mantinha com os ingleses, porém com posse de bola pouco agressiva. Bayern tentava chegar ao ataque, mas pouco envolvente e sem qualidade.

As substituições foram por atacado. Entre 32 aos 35 minutos todos mexeram. No City saíram: Dzeko, Silva e Yaya. Entraram De Jong, Johnson e Balotelli. No Bayern saiu Petersen, entrou Usami.


Manchester manteve seu esquema. De Jong foi volante pela direita. Johnson atuou como winger na esquerda, fechando corredor para Usami. Balotelli foi atacante pela esquerda ao lado de Aguero. Bayern manteve esquema, mudou linha de meio, e ataque. Olic foi homem de referencia. Pranjic passou a ser winger na esquerda. Alaba meia centra. Usami foi o winger de velocidade na direita.

Pela direita Bayern foi mais incisivo. Rafinha e Usami formaram dobradinha. Manchester com mudanças diminuiu o ritmo. Passou a jogar em velocidade e no contra-ataque. Balotelli voltava para buscar jogo, já que Johnson apenas tinha funções defensivas. Parece que o resultado no El Madrigal, na Espanha tinha entrado em campo.

Time do Bayern ficou torto para direito. Pranjic não é winger pela esquerda e centralizava muito. Alaba tentou ser meia central, mas lhe faltou genialidade. Usami foi quem melhor rendeu.

Manchester não merecia ser eliminado pelo grupo que tem, mas pela má campanha na Liga e por cair no grupo da morte tudo contribuiu.

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