Análise tática Internacional x Grêmio, Colorado na Libertadores


Domingo de clássicos pelo Brasil. GRENAL deste final de ano teve um tempero a parte, valia vaga na Libertadores de 2012 para o Inter. Pelo momento, grupo de jogadores o resultado foi merecido e já esperado. Vitoria colorada por 1x0, gol de D’Alessandro, este que novamente decide GRENAL.

Dorival adotou um esquema hibrido neste jogo. Partia de um 4-2-2-2 no inicio da partida. Com o passar do tempo o time perdeu campo. Esquema variou para 4-2-3-1 quando time estava sem bola, Gilberto recuava para compor meio campo pela esquerda.

Despedida de Celso Roth. Durante a semana o mistério tomou conta do Olímpico. Roth não aprontou nenhuma. 4-2-3-1 clássico do treinador. Flanco esquerdo e com superioridade numérica no meio campo foi superior em alguns momentos.


Jogo começa com Inter pressionando e assumindo logo a iniciativa do jogo. Damião pedia para Gilberto se alinhar a ele. Grêmio explorava os contra-ataques com Julio Cesar e Escudero, as costas de Nei. Até os 15 minutos partida se manteve assim.

Zaga tricolor novamente marcou Leandro Damião em especial. Eram sempre três zagueiros. Mario na direita como falsos zagueiros. Vilson na sobra e Saimon na esquerda. Normalmente Mario batia de frente com Gilberto e Saimon com Damião. Celso prendeu muito Mario na direito, lateral-zegueiro não passava da linha do meio campo.

Inter empurrava o Grêmio para seu campo, pressionando a saída de bola e compactando suas linhas. Moledo jogando na zaga pela direita era o zagueiro da sobra. O que complicava as chances do Inter criar era que o Grêmio recuava e marcava atrás da linha do meio campo. Mesmo marcando atrás o tricolor não abdicava de atacar, porém sempre com dobradinha com Julio e Escudero.

Tinga era o volante com maior liberdade, um segundo volante clássico, se apresentado para o primeiro passe. Guiñazu foi primeiro volante, deu liberdade para Nei apoiar.

Fernando marcou intensamente D’Alessandro no primeiro tempo. Pode se considerar uma marcação individual. Marca sem bola e com bola a jovem revelação tricolor se apresentava para ser uma opção de passe. Wingers do Grêmio, Marquinhos e Escudero, marcavam os laterais do Inter, assim impedindo avanços de Kléber e Nei, respectivamente.

D’Alessandro ficava mais centralizado, seus movimentos partiam do centro para esquerda. Sua atuação ficou prejudicada com forte marcação de Fernando e arbitro deixando o jogo correr. Oscar foi quem atuou mais aberto na direita, jogava as costas de Julio Cesar e tinha auxilio de Nei.

Meio de campo tricolor marcava muito. E tinha liberdade para jogar, Trio de meias ofensivos estavam soltos e com marcação a distancia. Algo que Dorival modificou quando impôs para Gilberto fechar o meio campo pela esquerda.

Lado direito tricolor era quase nulo. Mario ficava mais preocupado em marcar do que apoiar. Pelo lado colorado, Kléber estava descontado fisicamente, jogou no sacrifício. Portanto, Grêmio forte na esquerda e Inter forte na direita.

Gilberto sentiu o GRENAL. Pouco fez neste primeiro tempo, tentou ser parceiro de Damião no ataque. Méritos para zaga do Grêmio que parou Leandro Damião pela segunda vez.

Neste primeiro tempo Inter levou perigo em jogadas de bola parada. D’Alessandro foi quem comandou as bolas alçadas na área. Complicou a vida de Victor em faltas e escanteios. Ainda no final do primeiro tempo, Dorival espelhou esquema do Grêmio no 4-2-3-1, Tinga auxiliava Nei na marcação.

Dorival em comentário no intervalo comentou que seu time estava muito individualista. Primeiro tempo ficou claro a colocação do treinador. Muitos tentaram resolver tudo sozinho.

Segundo tempo

Inicio de segundo tempo iniciou igual à primeira etapa. Inter pressionando e querendo logo a vitoria. Os primeiros 15 minutos seriam essenciais para o contexto do jogo. Assim foi D’Alessandro, a exemplo do primeiro tempo em que foi o homem da bola parada, marcou gol de pênalti. Alias pênalti claro de Rochemback em Oscar.


Antes da cobrança de pênalti. Saiu Kléber que entrou em campo no sacrifício. Em seu lugar entrou Fabrício. Este sim deu sobrevida ao lado esquerdo de campo. Esquema no 4-2-2-2 com D’Alessandro assumindo a partida.

Por parte tricolor. Pós-gol mudou tudo. Saiu Escudero e Marquinhos, entraram Lúcio e Miralles respectivamente. Esquema mudou do 4-2-3-1 para 4-4-2 em losango (4-3-1-2). Fernando passou a ser o primeiro volante, Rochemback passou a jogar na direita mais adiantado, Lucio na esquerda e Douglas no vértice ofensivo do losango. Miralles atacante de movimentação ao lado de André Lima

Grêmio perdeu em qualidade no meio campo. Inter se mantinha bem em campo, soube aproveitar os espaços cedidos pelo tricolor. Tudo seguiu igual, Grêmio tentando atacar na esquerda, agora com menor qualidade, pois Lúcio não é Escudero. Inter atacando nos erros do Grêmio, pois o tricolor atacava desorganizado.


Aos 30 minutos, Dorival pôs em campo Zé Roberto. Visivelmente fora de forma. Saiu Gilberto de fraca atuação. Esquema ficou no 4-2-3-1 com Oscar na direita e Zé Roberto na esquerda. Damião agora sim ficou isolado.

Grêmio ainda tentou abafa com Leandro no lugar de Rochemback. Inter perdeu em qualidade após saída de D’Alessandro, bom jogador não deveria ser substituído. Andrezinho entrou para relembrar Iarley na final do Mundial de Clubes.

Pelo conjunto da obra, Inter mereceu vencer o GRENAL e ingressar na zona da Libertadores. Venceu quem foi mais ofensivo, Dorival sempre procurou a vitoria. Celso Roth procurou se defender e tinha apenas uma jogada ofensiva, o jogo ficou manjado.

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