Famoso jogo de seis pontos, quem vence ultrapassa adversário
e o deixa na porta do Z-4. Atrativo para volta de Joel Santana ao Bahia, sua
terceira passagem. Primeira boa chance de vitoria fora de casa para Celso Roth.
Assim foi um frenético jogo de 2x1 para o tricolor gaucho dois tempos distintos
onde o Grêmio aproveitou melhor seu primeiro tempo de luxo.
Bahia do papai Joel no clássico 4-2-2-2 brasileiro. Algumas
variações como quando com bola Ricardinho que começou na esquerda passava para
direita e Carlos Alberto da direita para esquerda. Por certos momentos parecia
um losango “torto” devido Fabinho adiantar-se à direita e Ricardinho mais ao
centro.
Celso vem apostando no que já deu resultado, manteve 4-2-3-1
com três meias: Douglas, Marquinhos e Escudero. Estes que deram movimentação ao
jogo e confundiram marcação do adversário. Primeiro tempo de luxo com sobras.
Grêmio
Começou e terminou com lado esquerdo mais forte com Julio
Cesar e Escudero, Bahia não os achou em campo. Apenas no segundo tempo
conseguiram para subidas de Julio.
Grêmio quando com posse de bola, trabalham bem com linhas compactas,
passes curtos, inversões e troca de posições. Apoio dos laterais e volantes,
assim ficando sempre com no mínimo 5 ou 6 jogadores no campo de ataque.
Marquinhos winger de criação aproximava de Douglas foi o
enganche, muita movimentação ligando o meio ao ataque. Escudero como winger
ofensivo, mais agudo preferiu jogadas de velocidade e triangulações com Douglas
e Julio Cesar.
Quando com posse de bola era nítida objetividade do Grêmio, sempre
procurando gol, abrindo espaços e quando perde a bola jogadores de ataque
marcam sob pressão para recuperá-la. Os 3 meias voltam para compor meio campo, fechando
espaços e deixando para Fernando e Rochemback marcar Ricardinho e Carlos
Alberto respectivamente.
Brandão foi Brandão, centro avante tombador e de bola aérea,
era o que precisava nesta partida, finalmente demonstrou bom futebol.
Passes curtos, todos movimentando se para receber, toca e
passa, gira e desorganiza o adversário, assim foi o Grêmio durante todo primeiro
tempo. Passagem de laterais e volantes.
Celso Roth adotou uma idéia de jogo em que consiste marcar
homens de criação (estes que ficaram acomodados há marcação) e deixar volantes
criarem, se não estes zagueiros tentar ligação direta.
Para resumir este primeiro tempo. Quando com posse de bola o
Grêmio adianta marcação. Sem ela meias pressionam prejudicando saída. Sempre três
jogadores próximos para triangulações, inversões e troca de posições. Resultado
um primeiro tempo primoroso e 2x0 foram poucos.
Bahia
Primeiro tempo crítico do Bahia, nada deu certo. Começou
equilibrado, mas com o passar do tempo piorou acintosamente.
Um dos problemas foi não encaixar marcação nos meias e
laterais que vinha de trás. Outro Carlos Alberto e Ricardinho com pouca
movimentação queriam só bola no pé. Reinaldo tentou, mas não é atacante de
movimentação.
Carlos Alberto e Ricardinho foram dois meias. Ricardinho de
criação e Carlos Alberto de movimentação. Ricardinho não criou e Carlos Alberto
foi individualista em toda partida, Bahia depende deles e foi por um destes
motivos que afundou.
Jancarlos foi massacrado no primeiro tempo por Julio Cesar e
Escudero. Onde estava cobertura dos volantes? Os meias no poderiam cercar?
Precisava dois zagueiros para marcar apenas Brandão, o solitário? Sobrecarregou
e sobrou para Jancarlos na lateral direita.
Lances de perigo do time da boa terra apenas na bola parada,
Ricardinho poderiam ter caprichado um pouco mais. Parece não mais que isso que
Ricardinho já é ex-atleta, Bahia deve rever este jogador para restante da
temporada.
Opções
Alteração no intervalo sai Jancarlos entra Maranhão. Marcos
passa para sua função de lateral direito e Maranhão na lateral esquerda.
Joel abriu Carlos Alberto para jogar em cima de Julio Cesar.
Souza e Reinaldo jogando em cima dos dois zagueiros do Grêmio, assim não tendo
cobertura. Assim complicou saída de bola do Grêmio. Bahia melhorou e muito no
segundo tempo. Bahia ficou quase um 4-4-2 britânico porem com Ricardinho mais
ao centro.
Grêmio voltou o mesmo apenas nos nomes. Bahia começou fazendo
pressão e logo procurando o resultado. Melhorou marcação do Bahia, conseguiu
evitar avanços de Julio e Mario e assim dominou posse de bola.
Maranhão e Marcos foram acionados durante todo segundo tempo
e com vitoria pessoal. Por onde o Bahia levou mais perigo, pelos flancos com
Marcos e Carlos Alberto. Maranhão e Reinaldo assim confundiram marcação do
Grêmio.
Não só marcação bem como saída de bola mais qualificada.
Grêmio não manteve ritmo de marcação dos três meias. Facilitou para Bahia.
Mudanças só depois de 20 minutos. No Bahia saíram Ricardinho
e Souza para entrada de Jones e Junior. Jones cumpriu função de meia de velocidade
caindo pelo lado esquerdo. Junior cumpriu mesma função de Souza, centro avante
fincado.
Joel adotou um 4-4-2 com duas linhas quando com bola, Jones
infiltra na área e abre corredor para Maranhão. Carlos Alberto fazia mesmo
movimento, mas Marcos pouco fazia passagens. Carlos Alberto parou Julio Cesar
no segundo tempo, este que ficou mais preocupado na marcação de Carlos Alberto.
Por parte tricolor. Saíram Marquinhos e Escudero. Entraram
Leandro e Adilson. Muda esquema e atitude é de não levar gols e aproveitar
contra-ataques. Leandro sem bola foi meia e com ela movimentou se por todo
campo. Adilson foi volante pelo lado esquerdo.
Com entradas Celso adotou 4-3-2-1. Tripé de volantes há frente
da zaga com intuito de encaixar marcação em Carlos Alberto e Reinaldo.
Rochemback ao centro, Fernando na direita e Adilson na esquerda. Douglas continuou
“enganche” e Leandro meia-atacante.
Ainda entrou Gabriel aos 47 minutos, mas ai foi só para
parar o jogo. O felizardo que saiu foi Douglas. Bahia neste segundo tempo teve
maior posse de bola, chuveirinhos e finalizações. Foi por pouco que o empate não
saiu.
Segundo tempo com vitoria do Bahia, porém não foi o bastante
para superar o brilhante primeiro tempo gremista ou horroroso primeiro tempo do
Bahia. 2x1 para o Grêmio que poderia ter sido empate se não fosse Victor, este
que brilhou e garantiu os três pontos.
Resumindo, ambos os tempos distintos de ambas as equipes.
Não pareciam os mesmos. Quem dominou e quem foi dominado inverteu para quem foi
dominado dominou.
Não posse me esquecer da arbitragem que “deu” um pênalti ao
Grêmio no primeiro tempo, erro geral, Arbitro e Bandeirinha (Auxiliar) foi
falta, mas fora da área. Se Douglas convertesse seria um sonoro 3x0 e acabaria
de vez com o Bahia. Pênalti cedido ao Bahia foi discutível.
o bahia jogou,faltou mais garra