Como disse no titulo foi um Lyon a sangue frio, taticamente rígido e sem
invenções. Muito bem defensivamente e veloz nos movimentos ofensivos com seu
trio de ataque, este que sem troca de posições e sem marcação sob pressão. Joga
“deixa” o adversário jogar e tem um contra-ataque letal.
6ª Rodada do Campeonato Francês. Lyon entrava invicto. Marseille
precisando se reencontrar na competição, ainda não tinha vencido no torneio.
Duelo de opostos? Nada disso. Com certeza uma partida onde duas potências
francesas se encontravam. O famoso “Choq des Olympiques”.
Nenhuma surpresa no time de Rémi Garde. Durante toda semana, havia um
burburinho de que Gourcuff poderia voltar ao time, e seria relacionado para o
jogo. No entanto, o treinador o barrou, pois acabara de retornar de lesão e não
poderia entrar, de cara, em um duelo dos maiores de toda a França. Sendo assim,
como ocorreu contra o Ajax, Grenier fazia o meio-de-campo, em um 4-2-3-1.
Lyon durante boa parte da partida foi burocrático e conservando posse de
bola, sem objetividade, mas sem dar oportunidade ao adversário. Quando atacava
boas triangulações com laterais quando subiam, wingers e Gomis de intensa
movimentação.
Na transição ataque-defesa todos no campo de defesa, wingers recuavam e
formavam uma segunda linha de defesa assim adotando o 4-4-1-1. Marcação e
ocupação de espaços. Recuperando posse da bola, volantes foram elemento
surpresa para transição de velocidade.
Laterais ficam muito presos, sendo eles laterais base. Assim dupla de
volantes tem total apoio ao ataque, mas invertendo ora um ora outro.
Lyon taticamente demonstrou estar perfeito, sem erros, ou melhor, todos
cumprindo suas funções em campo. Alguns voltaram de lesão e darão mais
qualidade à equipe, esforço ainda será maior para se equiparar com seu grupo da
Champions.
Assim Lyon que apostou na base e sem contratações de peso e ate perdeu
algumas vêm demonstrando bom futebol, um time entrosado e respeitando idéias e
filosofia de seu novo treinador. Taticamente muito bem e bem treinado o
coletivo onde todos jogam para o time e não para si.