Barcelona, sem show, porém com goleada










 
Ficamos mal acostumados com o time de Guardiola, quando o vemos jogar sempre esperamos um show aparte. Ganhou e bem de 5x0 contra o fraco Bate, porem sem o show de sempre. É possível ganhar ainda de goleada, fora de casa sem show? Sim! O Barcelona jogou bem impôs seu ritmo e dominou a partida.

Esperávamos um Barça no 3-4-3 em que vinha jogando, fomos surpreendidos por “Pep” que voltou ao tradicional e histórico 4-3-3 ala Barcelona. Nada do que não conhecemos ou idealizamos para nossos times e seleção brasileira. Dois laterais que apóiam no meio, um triangulo de base alta e no ataque muita movimentação.

Valdés em certos momentos foi o goleiro-líbero. Ele não apenas avança o posicionamento, como também age como um “homem da sobra”. Evita que os zagueiros sejam vencidos com bola longa nas costas. Afasta pela lateral, e corre para a área.

Partindo de trás. Um zagueiro do tipo que não leva desaforo para casa e não perde a viajem. Um volante improvisado na zaga que tem sangue quente, é de confiança do treinador. Puyol zagueiro lenhador e Mascherano o volante de baixa estatura improvisado na zaga, não tiveram trabalho, pois o Bate pouco ou nada fez.

Pelas laterais, ou alas? Abidal pela esquerda forte no apoio fazendo passagens, Keita guardava posição para dar mais liberdade, mas ainda assim mantinham uma triangulação com Abida, Keita e Villa. Na lateral direita Daniel Alves, este setor menos requisitado durante a partida, porém tão efetivo quanto esquerdo. Junto à Dani, Thiago Alcantara e Pedro assim um trio de velocidade e qualidade.

Principal setor do time. Meio de campo com triangulo de base alta e sem posições fixas. A princípio Xavi na primeira função, saída de bola com qualidade, porem não guardava posição e sempre chegava mais à frente. Na esquerda Keita que ficava mais recuado para abrir corredor à Abidal. Pela direita Thiago Alcantara, este chegando a frente para ser mais uma opção de passe, criava e alternava de posição com Keita, assim confundindo marcação.

Eis o setor que brilha e encanta. O ataque dos catalães. Villa na esquerda infiltrando para área e sendo opção para triangulação com todos que caiam por aquele setor, movimentação não foi a de outras partidas, ficaram um pouco mais fixos que o normal. Pedro na direita cumpria mesma função que Villa, sempre uma boa opção pelo lado direito.

Aqui um capítulo aparte, Messi. É gênio com sua perna esquerda, participa intensamente de toda partida. Procura os flancos, centro adiantado e recuado. Abre espaços para colegas, jogadas individuais. Sua movimentação é essencial para ser este “falso-9” que triangula com todos os companheiros e chama responsabilidade para si.

Formam-se no campo aquelas “pequenas sociedades”, grupos de três jogadores próximos. Não há inversões longas, ligações diretas, decisões apressadas. O controle do jogo se dá com passes curtos dentro de cada pequena sociedade.

O Barcelona adota uma compactação alta no campo. Adianta a defesa e o meio campo na direção do ataque. Agrupa seus jogadores entre as duas intermediárias. Afinal, com todos próximos, é mais fácil manter os triângulos organizados, contribuindo para a transição ofensiva com posse de bola.

Com posse de bola o time não sofre gols, assim o Barcelona prioriza movimentos ofensivos. Uma equipe organizada que busca a ocupação de espaços da maneira mais inteligente, no tempo certo. Com movimentação e proximidade.

Quando perde a bola o time marca no campo adversário e combatendo imediatamente quando o oponente tenta a transição.


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