Felipão armou um time ofensivo para ganhar em casa,
afastando a crise de vez. Não foi um show, mas vitoria não deve ser discutida
em momentos de crise ou pré-crise. Desempenho mediano frente ao fraco Ceara que
veio à São Paulo para se defender.
Palmeiras no 4-2-3-1 do momento, porem sem um articulador clássico,
apostando em ataque por blocos, ora lado esquerdo ora lado direito com volantes
apoiando e laterais fazendo passagens.
Zaga composta por Henrique pelo lado esquerda e Mauricio
Ramos pela direita. Pouco trabalhou, Ceara veio para conquistar um ponto,
quando levou o gol saiu para o ataque, mas já era tarde demais.
‘Laterais’, Gabriel
Silva é lateral e cumpriu função com naturalidade, fazendo passagens e
auxiliando Luan no ataque. Marcio Araujo tentava fazer passagens, mas como é volante
de origem sempre ficava com ‘um pé atrás’ ao fazer o apoio.
Volantes em linha, revezando no apoio. Chico na esquerda e
Marcos Assunção na direita, ambos auxiliando os flancos. Tiveram maior
liberdade pela falta de agressividade ofensiva do Ceara.
Três meias de ligação. Luan na esquerda com diferentes
movimentos e confundindo marcação, setor mais forte do time, pois era auxiliado
por Gabriel Silva e Chico. Kleber mais ao centro e com marcação individual de
volante e zagueiro, tinha como obrigação se movimentar para suprir flancos e
jogadas ao centro e Tinga na direita, volante de origem tem qualidade, mas não
é jogador agudo ou de flanco, ficou prejudicado pela falta de um lateral
direito que o apoiasse.
Fernandão foi homem de referencia no ataque e bolas aéreas. Um
dos tantos pontos fracos do Palmeiras deixa muito a desejar.
Palmeiras jogando pelos lados do campo. Na esquerda Gabriel
Silva, Chico e Luan setor mais forte do time e equilibrado. Pela direita Marcio
Araujo, Marcos Assunção e Tinga, um volante que fez de lateral e por vezes lateral-base
e Tinga que também é volante, mas cumpriu função de winger aberto na direita.
Nada de novidade no Palmeiras, Marcos Assunção na bola
parada, de preferência para Fernandão na área. Se tiver possibilidade é pancada
na boneca.
Transição do Palmeiras foi sem pressa ou velocidade, apostou
no toque de bola cadenciado e girando a bola para abrir espaços. Por ter maior
posse de bola dominou o jogo, porem sem grandes chances.
Abriu o placar em gol contra. Recuou e chamou o Ceara para
seu campo, final não foi dramático mas deixou Ceara acreditar que poderia
empatar.