Antes de começar a partida pensei em favoritismo do Inter, pois o Vasco já havia ganhado a Copa do Brasil e vinha de maus resultados no Campeonato Brasileiro. Apenas pensei, Inter sem Oscar decaiu muito qualidade no meio. Vasco tinha estreia de Juninho Pernambucano no São Januário.
Vasco jogou com esquema cauteloso mas ao mesmo tempo ofensivo. 4-3-2-1 com dois “volantes” Felipe e Juninho de boa qualidade técnica e de marcação razoável, Bernardo na criação e Éder Luiz com intensa movimentação, encostando mais em Alecsandro.
Inter desfalcado, sem Oscar, Bolatti e Tinga. Esquema com Fabrício foi prejudicado na criação pois D'Alessandro teve de ser colocado na direita e fora de posição. Jogou no 4-4-2 em duas linhas defendendo e uma tentativa de 4-2-2-2 atacando, tentou pois Fabrício era um meia-ala e não havia compactação.
A partida começou com equilíbrio, os dois times ainda se conhecendo e priorizando a bola no pé sem pressa de atacar. Algo que prejudicou o jogo foi grande numero de passes errados a partida não fluía.
Para desafogo Éder Luis e Zé Roberto foram essenciais. Com intensa movimentação confundiam marcação e criavam boa linha de passe, triangulações faltava a conclusão a gol.
Com o passar do tempo o time da colina percebeu que seria complicado fazer o gol e se impôs na partida. Para o Internacional estava tudo sob controle pois defendia bem nas duas linhas de quatro a frente da defesa, até seus atacantes voltavam para marcar.
Com a dificuldade de entrar na área colorada e de meio campo lento a transição era lenta, não havia jogadores de área. Os zagueiros colorados tranquilos pois conheciam bem Alecsandro.
Gol! Só de uma maneira bola na área Juninho cobrou escanteio e Romulo cabeceou, Muriel salvou. Éder Luis na sobra chuta e marca 1x0.
Pós gol fez mal ao Inter. Fabrício estava sumido na partida e com o gol vascaíno transformou se em um AVESTRUZ parece que enfiou a cabeça no buraco. Não havia compactação apenas D'Alessandro no meio e ainda fora de posição. Ai complica.
Com dificuldades do jogo fluir a solução foram as laterais do campo, bem utilizada por Kleber do Inter e Fagner do Vasco. Jogavam as costas um do outro, estavam liberados para subir. Pois no Inter Nei ficava mais e Márcio Careca sentiu e teve de sair, Jumar entrou no seu lugar e fez de zagueiro-lateral.
Segundo Tempo
Começo de jogo e já percebe se a vontade e melhor organização do ataque colorado. Maior volume de jogo, imposição na marcação e linha mais adiantadas e conjuntas.
Com um Inter melhor o Vasco adota o esquema 4-1-4-1 pois Éder Luis recua para a direita e
Bernardo na direita. Fagner e Éder Luis fazem dobradinha de qualidade. Sem companhia Bernardo sumiu do jogo.
Ricardo Gomes confessou estar acuado e tirou Felipe exausto. Diego Rosa entrou e intensificou a marcação. Falcão assume querer o empate sai o fraco Fabrício e entra Gilberto este que ainda teria 30 minutos para provar algo.
Com mudanças, Zé Roberto foi para meia, Gilberto e Damião formaram dupla de ataque. Falcão abandona o 4-2-2-2 e usa o 4-4-2 em duas linhas para atacar, não há mais aproximação dos meias. Por incrível que pareça o Inter não FINALIZA, na frente da área ninguém chuta.
Aos 32 minutos sai Éder Luis de segundo tempo apagado para entrada de Diego Souza, e com mesmo intuito fechar o lado direito. Utilizando se dos contra-ataques pois qualidade há com o próprio Diego, Juninho e Bernardo. Alecsandro não fez boa partida e joga no erro da zaga, como não aconteceram erros com a bola rolando nem se quer chances teve.
4-2-4? Talvez saiu D'Alessandro e entra Alex um jovem atacante. Agora com Zé Roberto, Alex, Gilberto e Damião era tudo ou nada. O esquema foi o mesmo 4-4-2 Zé e Alex nos flancos.
Juninho Pernambucano! Novamente em cobrança de falta. Muriel rebateu na área e Dedé marcou 2x0 e decretava a derrota colorada aos 38 minutos.
Sem criação de jogadas e apostando na velocidade e individualidade de seus jogadores de ataque. Com mais posse de bola o jogo se tornou uma correria por parte colorada. De nada adiantou 2x0 vitória cruz maltina.