Como diria Galvão Bueno: “Ganhar é bom, mas ganhar da
Argentina é melhor ainda”. Assim foi uma vitoria tranqüila por 2x0 em que
nossos hermanos não levaram perigo ao gol de Jefferson. Primeiro titulo de Mano
Meneses sob comando da seleção brasileira, Copa Roca.
Mano no habitual 4-2-3-1. Para muitos comentaristas o
futebol vem sendo transformado para pior, pois começamos com um 4-2-4 passamos
por 4-3-3, reestruturamos o futebol para o 4-2-2-2 e agora o 4-2-3-1 europeu.
Argentina de Sabella veio para empatar e especular alguns
contra-ataques. Adotando um 5-3-2 sem a posse de bola, com bola era um 3-5-2 ou
3-3-2-2, mas sem meia de ligação segunda linha de meio campo era formada por
dois volantes. Seleção muita torto para direita, porem com melhor volume de
jogo na esquerda.
Brasil
Setor defensivo do Brasil teve pouco trabalho devido a
seleção Argentina não ameaçar. Jefferson pouco trabalhou e quando solicitado
foi seguro.
Dupla de zaga com Réver pela esquerda e Dedé pela direita.
Ambos pouco solicitados, porém com alguns pequenos erros de cobertura, fora de
posição e por sorte ou demérito Argentino não aconteceram gols.
Nas laterais uma grata surpresa com Cortês que teve boa
atuação, uma opção segura para lateral esquerda. Cortês apoiou, fez passagens e
junto com Neymar no flanco esquerdo foi boa opção para quebrar linha defensiva
argentina. Danilo pela lateral direita não teve prestação que tem no Santos,
porem deu passe para gol de Lucas em contra-ataque.
Volantes alinhados alias com poucas passagens. Ambos são primeiros
volantes em seus clubes, marcaram muito e não deram espaços a Montillo e
Fernandez. Ralf na esquerda e Rômulo pela direita, guardava posição para apoio
de laterais.
Setor de pura magia. Meio campo com Neymar na esquerda,
Ronaldinho ao centro e Lucas pela direita. Neymar abusou das jogadas
individuais, por vezes passou do limite, mas é esta sua característica, aprovou
com Cortês o auxiliando no apoio. Ronaldinho pelo centro, aqui creio um erro de
Mano, pois Ronaldinho não é armador central não é meia de ligação. É jogador
agudo pelos flancos. Lucas aberto na ponta direita careceu de maior apoio de
Danilo ou outro companheiro. Mesmo assim brilhou e se tornou boa opção deste
4-2-3-1 com tres meias chegando.
Borges foi homem de referencia. Usou muito de sua principal característica.
Parede, jogando de costas para o gol chamando a falta, giro ou aproximação de
jogadores que vem de trás. Foi discreto, mas participou.
Argentina
Trio de defensores composto por Callay zagueiro pela direta.
Sebá jogando de libero. Desábato zagueiro pela esquerda. Por vezes Cellay saiu
pela lateral direita para cobrir espaço de espaço de Pillud.
Alas jogaram atacando com bola e recuando para compor
laterais quando defendendo. Pillud pouco acionado pela direita e discreto
durante partida. Papa foi ala mais participativo dando sobrevida ao lado
esquerdo do campo, sem bola recuava mais que Pillud.
No primeiro tempo à frente da zaga jogaram. Canteros
centralizado que com bola saia para jogar e sem ela recuava. Guiñazu pela
esquerda, pouco apoiava guardava posição para liberar Papa. Fernandez foi um
meia recuado pela direita, com bola avançava e abria no flanco direito. Sem
bola recuava formando um tripé de volantes.
Montillo tentou ser ‘enganche’ no primeiro tempo. Jogou pela
direita e por vezes ocupando mesmo espaço de Fernandez. Não exerceu sua função,
jogou muita a frente e alinhando-se com Viatri.
Único atacante foi Viatri e posicionou-se mais na esquerda.
Teve poucas ou nenhumas chances de gol e centro avante vive de gols.
Constatações
Brasil novamente demonstrou ter uma transição lenta. Parece
um elefante saindo de tras para frente. Certamente um jogador com poder de criação auxiliaria, pelo menos um
volante com qualidade para saída de bola.
Brasil ataca com 4 e defende com 6. Sem a bola, os 4 da
frente assistem. No meio do caminho, um abismo.
Linha do meio campo tinha uma grande distancia entre volantes ,wingers e
meia de criação. Pouca movimentação do setor de meio campo.
Argentina claramente procurou jogar no contra-ataque, com
lado esquerdo mais forte. Por ali jogaram Papa e Viatri.
Opções
Argentina mudou no inicio do segundo tempo, porem sem mexer
em suas peças apenas em posicionamento. 3-4-2-1 agora com Fernandez mais
adiantado compondo segunda linha de meio com Montillo que recuou ao contrario
do que foi o primeiro tempo com segunda linha recuada.
Brasil se manteve com esquema e posições.
Após 15 minutos de segundo tempo Sabella mudou, colocou
Bolatti no lugar de Canteros. Esquema se manteve.
Mudança no Brasil só aos 24 minutos com Diego Souza no lugar
do exausto Lucas. Fred entrou no lugar de Borges. Com mudanças, Diego Souza passou
a jogar na esquerda, assim Neymar mudou e foi para direita. Fred fez mesma
função de Borges, mas com posicionamento mais a direita.
Na Argentina mudança com Mouche e saindo Pillud. Mudança também
no esquema, alternou do 3-4-2-1 para 4-2-3-1. Cellay foi lateral base pela
direita, Papa lateral apoiador na esquerda. Dois volantes alinhados. Três meias,
Fernandez na direita, Montillo ao centro e Mouche na esquerda.