Archive for setembro 2011

Análise tática Super Clássico das Américas, Brasil x Argentina


Como diria Galvão Bueno: “Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é melhor ainda”. Assim foi uma vitoria tranqüila por 2x0 em que nossos hermanos não levaram perigo ao gol de Jefferson. Primeiro titulo de Mano Meneses sob comando da seleção brasileira, Copa Roca.

Mano no habitual 4-2-3-1. Para muitos comentaristas o futebol vem sendo transformado para pior, pois começamos com um 4-2-4 passamos por 4-3-3, reestruturamos o futebol para o 4-2-2-2 e agora o 4-2-3-1 europeu.

Argentina de Sabella veio para empatar e especular alguns contra-ataques. Adotando um 5-3-2 sem a posse de bola, com bola era um 3-5-2 ou 3-3-2-2, mas sem meia de ligação segunda linha de meio campo era formada por dois volantes. Seleção muita torto para direita, porem com melhor volume de jogo na esquerda.



Brasil

Setor defensivo do Brasil teve pouco trabalho devido a seleção Argentina não ameaçar. Jefferson pouco trabalhou e quando solicitado foi seguro.

Dupla de zaga com Réver pela esquerda e Dedé pela direita. Ambos pouco solicitados, porém com alguns pequenos erros de cobertura, fora de posição e por sorte ou demérito Argentino não aconteceram gols.

Nas laterais uma grata surpresa com Cortês que teve boa atuação, uma opção segura para lateral esquerda. Cortês apoiou, fez passagens e junto com Neymar no flanco esquerdo foi boa opção para quebrar linha defensiva argentina. Danilo pela lateral direita não teve prestação que tem no Santos, porem deu passe para gol de Lucas em contra-ataque.

Volantes alinhados alias com poucas passagens. Ambos são primeiros volantes em seus clubes, marcaram muito e não deram espaços a Montillo e Fernandez. Ralf na esquerda e Rômulo pela direita, guardava posição para apoio de laterais.

Setor de pura magia. Meio campo com Neymar na esquerda, Ronaldinho ao centro e Lucas pela direita. Neymar abusou das jogadas individuais, por vezes passou do limite, mas é esta sua característica, aprovou com Cortês o auxiliando no apoio. Ronaldinho pelo centro, aqui creio um erro de Mano, pois Ronaldinho não é armador central não é meia de ligação. É jogador agudo pelos flancos. Lucas aberto na ponta direita careceu de maior apoio de Danilo ou outro companheiro. Mesmo assim brilhou e se tornou boa opção deste 4-2-3-1 com tres meias chegando.

Borges foi homem de referencia. Usou muito de sua principal característica. Parede, jogando de costas para o gol chamando a falta, giro ou aproximação de jogadores que vem de trás. Foi discreto, mas participou.

Argentina

Trio de defensores composto por Callay zagueiro pela direta. Sebá jogando de libero. Desábato zagueiro pela esquerda. Por vezes Cellay saiu pela lateral direita para cobrir espaço de espaço de Pillud.

Alas jogaram atacando com bola e recuando para compor laterais quando defendendo. Pillud pouco acionado pela direita e discreto durante partida. Papa foi ala mais participativo dando sobrevida ao lado esquerdo do campo, sem bola recuava mais que Pillud.

No primeiro tempo à frente da zaga jogaram. Canteros centralizado que com bola saia para jogar e sem ela recuava. Guiñazu pela esquerda, pouco apoiava guardava posição para liberar Papa. Fernandez foi um meia recuado pela direita, com bola avançava e abria no flanco direito. Sem bola recuava formando um tripé de volantes.

Montillo tentou ser ‘enganche’ no primeiro tempo. Jogou pela direita e por vezes ocupando mesmo espaço de Fernandez. Não exerceu sua função, jogou muita a frente e alinhando-se com Viatri.

Único atacante foi Viatri e posicionou-se mais na esquerda. Teve poucas ou nenhumas chances de gol e centro avante vive de gols.

Constatações

Brasil novamente demonstrou ter uma transição lenta. Parece um elefante saindo de tras para frente. Certamente um jogador  com poder de criação auxiliaria, pelo menos um volante com qualidade para saída de bola.

Brasil ataca com 4 e defende com 6. Sem a bola, os 4 da frente assistem. No meio do caminho, um abismo.  Linha do meio campo tinha uma grande distancia entre volantes ,wingers e meia de criação. Pouca movimentação do setor de meio campo.

Argentina claramente procurou jogar no contra-ataque, com lado esquerdo mais forte. Por ali jogaram Papa e Viatri.

Opções

Argentina mudou no inicio do segundo tempo, porem sem mexer em suas peças apenas em posicionamento. 3-4-2-1 agora com Fernandez mais adiantado compondo segunda linha de meio com Montillo que recuou ao contrario do que foi o primeiro tempo com segunda linha recuada.

Brasil se manteve com esquema e posições.

Após 15 minutos de segundo tempo Sabella mudou, colocou Bolatti no lugar de Canteros. Esquema se manteve.

Mudança no Brasil só aos 24 minutos com Diego Souza no lugar do exausto Lucas. Fred entrou no lugar de Borges. Com mudanças, Diego Souza passou a jogar na esquerda, assim Neymar mudou e foi para direita. Fred fez mesma função de Borges, mas com posicionamento mais a direita.

Na Argentina mudança com Mouche e saindo Pillud. Mudança também no esquema, alternou do 3-4-2-1 para 4-2-3-1. Cellay foi lateral base pela direita, Papa lateral apoiador na esquerda. Dois volantes alinhados. Três meias, Fernandez na direita, Montillo ao centro e Mouche na esquerda.



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Barcelona, sem show, porém com goleada










 
Ficamos mal acostumados com o time de Guardiola, quando o vemos jogar sempre esperamos um show aparte. Ganhou e bem de 5x0 contra o fraco Bate, porem sem o show de sempre. É possível ganhar ainda de goleada, fora de casa sem show? Sim! O Barcelona jogou bem impôs seu ritmo e dominou a partida.

Esperávamos um Barça no 3-4-3 em que vinha jogando, fomos surpreendidos por “Pep” que voltou ao tradicional e histórico 4-3-3 ala Barcelona. Nada do que não conhecemos ou idealizamos para nossos times e seleção brasileira. Dois laterais que apóiam no meio, um triangulo de base alta e no ataque muita movimentação.

Valdés em certos momentos foi o goleiro-líbero. Ele não apenas avança o posicionamento, como também age como um “homem da sobra”. Evita que os zagueiros sejam vencidos com bola longa nas costas. Afasta pela lateral, e corre para a área.

Partindo de trás. Um zagueiro do tipo que não leva desaforo para casa e não perde a viajem. Um volante improvisado na zaga que tem sangue quente, é de confiança do treinador. Puyol zagueiro lenhador e Mascherano o volante de baixa estatura improvisado na zaga, não tiveram trabalho, pois o Bate pouco ou nada fez.

Pelas laterais, ou alas? Abidal pela esquerda forte no apoio fazendo passagens, Keita guardava posição para dar mais liberdade, mas ainda assim mantinham uma triangulação com Abida, Keita e Villa. Na lateral direita Daniel Alves, este setor menos requisitado durante a partida, porém tão efetivo quanto esquerdo. Junto à Dani, Thiago Alcantara e Pedro assim um trio de velocidade e qualidade.

Principal setor do time. Meio de campo com triangulo de base alta e sem posições fixas. A princípio Xavi na primeira função, saída de bola com qualidade, porem não guardava posição e sempre chegava mais à frente. Na esquerda Keita que ficava mais recuado para abrir corredor à Abidal. Pela direita Thiago Alcantara, este chegando a frente para ser mais uma opção de passe, criava e alternava de posição com Keita, assim confundindo marcação.

Eis o setor que brilha e encanta. O ataque dos catalães. Villa na esquerda infiltrando para área e sendo opção para triangulação com todos que caiam por aquele setor, movimentação não foi a de outras partidas, ficaram um pouco mais fixos que o normal. Pedro na direita cumpria mesma função que Villa, sempre uma boa opção pelo lado direito.

Aqui um capítulo aparte, Messi. É gênio com sua perna esquerda, participa intensamente de toda partida. Procura os flancos, centro adiantado e recuado. Abre espaços para colegas, jogadas individuais. Sua movimentação é essencial para ser este “falso-9” que triangula com todos os companheiros e chama responsabilidade para si.

Formam-se no campo aquelas “pequenas sociedades”, grupos de três jogadores próximos. Não há inversões longas, ligações diretas, decisões apressadas. O controle do jogo se dá com passes curtos dentro de cada pequena sociedade.

O Barcelona adota uma compactação alta no campo. Adianta a defesa e o meio campo na direção do ataque. Agrupa seus jogadores entre as duas intermediárias. Afinal, com todos próximos, é mais fácil manter os triângulos organizados, contribuindo para a transição ofensiva com posse de bola.

Com posse de bola o time não sofre gols, assim o Barcelona prioriza movimentos ofensivos. Uma equipe organizada que busca a ocupação de espaços da maneira mais inteligente, no tempo certo. Com movimentação e proximidade.

Quando perde a bola o time marca no campo adversário e combatendo imediatamente quando o oponente tenta a transição.


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Entenda o caso Mario Fernandes


Qual o sonho de todo menino? Jogar futebol creio eu. Quando se consegue jogar futebol profissionalmente qual o seu objetivo máximo? Jogar em grandes clubes e SELEÇÃO de seu respectivo Pais.
 
Não parece ser este o caso de Mario Fernandes, já alegou que não gosta de jogar futebol, já sumiu por alguns dias, faltou em dias de treino e para finalizar RECUSA uma convocação para seleção brasileira. Uma surpresa para todos, uma porta se abriu e ele mesmo a fechou, será difícil de outra porta abrir, quem sabe uma janela.

O sumiço:

Mario “Doril” tomou Doril e sumiu, assim era apelidado Mario Fernandes. Logo depois de chegar ao Grêmio em 2009 Mario sumiu em março. Desapareceu em uma sexta feira e foi encontrado apenas na terça-feira seguinte em Jundiaí, interior Paulista na casa de seu Tio. Morando sozinho em Porto Alegre, a saudade da família teria sido uma das causas da repentina fuga do atleta, simplesmente caiu em depressão.

Dormiu demais:

Em abril de 2010 Mario não apareceu em um treino no estádio Olímpico, todos pensaram que o garoto repetiria seu feito de 2009.

Mario alegou que dormiu demais, o despertador não tocou e apenas ficou dormindo esquecendo-se de acordar. Acabou sendo multado. Mexendo no bolso do atleta isto não voltou a acontecer.

NÃO! Mario nega seleção:

Vivendo um bom momento, lesões passaram, o Grêmio parece o acolher bem, sua segunda casa.

Após o jogo contra o Avai Mario relatou que iria ao jogo da seleção normalmente, durante madrugada avisou seu empresário que não iria mais ao encontro, algo aconteceu nesta madrugada.

Possíveis motivos:

- Stress:
 Simplesmente cansado de uma série intensa de jogos e sem pausa. Pode ser muscular ou stress envolvendo questões pessoais.

- Noite de Porto Alegre:
Para muitos Porto Alegre é uma perdição quando se encontram as “casas certas”. Jô seu irmão tinha fama em São Paulo por ser baladeiro, chegou ao Grêmio e pediu despensa por não se acostumar com a cidade. Más línguas falam que Mario estava no mesmo ritmo de baladas que o irmão. Uma madrugada pode ter mudado tudo, muita bebida e cansaço. Dizem que chegou assoviando o hino do Brasil de trás para frente.

- Escanteado na seleção:
Este pode ser outro fator. Mario pode ter sofrido na seleção por não ser tímido e depender de amizades. Na seleção as “panelinhas” já estão formadas e quem sabe o “batismo” dos novatos na seleção não caiu bem para o garoto. É um ambiente diferenciado e pode ter pesado no psicológico.

Futuro de Mario Fernandes:

Não apenas na seleção o futuro do garoto é incerto. Para clubes do exterior e ate uma incógnita no Grêmio.

Na seleção, Mano já declarou que ele perdeu uma grande chance e que convocá-lo novamente será uma difícil situação. Exemplos de Mauro Silva, Arilson e Renato Gaucho.

Jogadores brasileiros possuem má fama perante clubes europeus. Cultura, idioma e método de trabalho atrapalham muito adaptação ao futebol europeu. Alem da fama de baladeiro e de rachadores de grupo.

Um futuro incerto, pois parece ser um jogador em que não se pode confiar. Tudo depende de como esta seu estado psicológico, família e amigos serão essências. Jorge Machado seu empresário já tratou de aproximar seu filho ao garoto para assim sempre ter um olheiro de perto e um amigo para Mario.


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Análises táticas possíveis rebaixados


Farei análise de quatro possíveis rebaixados para três vagas. Creio que América-MG já esta rebaixado, não matematicamente, mas devido ao futebol demonstrado é difícil recuperação. Quatro times entre eles: Atlético Paranaense, Cruzeiro, Atlético Mineiro e. Avai

Atlético Paranaense 



Parecia não ter jeito, logo na estréia do Delegado Antonio Lopes uma sonora goleada frente ao Grêmio, 4x0. Frente aos resultados, time decadente, muitos medalhões e  um vestiário conturbado tudo se complicou ainda mais. Solução é começar pela defesa, não levar gols já é um bom inicio.

O Delegado voltou com esquema que Renato tinha implantado o 4-3-1-2 com variação no 4-3-2-1, pois Guerron recuava para compor meio campo. Dois volantes de marcação, laterais base que não fazem passagens e apostando na qualidade de Cleber Santana e Paulo Baier.

Com posse da bola o time é um elefante de tão lento, laterais não influenciam na transição do jogo, dois volantes presos que fecham espaços quando laterais apóiam e o setor mais importante com Cleber Santana e Paulo Baier com extrema qualidade, mas lentos, Guerron e Morro são os homens de velocidade porém atua muito na frente.

Rafael Santos foi zagueiro pela esquerda, Manoel pela direita e este sim tem potencial. Wagner Diniz lateral pela direita, sua principal função é o apoio e neste jogo pouco o fez. Marcelo Oliveira é coringa e homem de confiança, pois atua como volante e lateral, cumpriu função de lateral base.

Deivid foi primeiro homem do vértice do losango, Renan pela esquerda não se alinhou com Cleber Santana que atuou mais na direita e mais à frente. Paulo Baier foi homem de criação e homem mais adiantado do losango.

Guerrón atuou pela direita ora no ataque ora no meio campo, foi jogador de velocidade  junto com Morro Garcia, sem homem de referência no ataque, apenas uma tentativa com Morro.

Cruzeiro



Caindo pelas tabelas. Difícil explicar o porquê de uma equipe com grandes nomes estar como uma estrela cadente. Preocupante, não só a situação do Cruzeiro, mas como de todos times mineiros da Série A.

Emerson Ávila parece não estar dando conta do recado, com um vestiário pesado por perder uma libertadores, grandes nomes de seleção (Gilberto pediu rescisão de contrato por não lidar bem com colegas) e para piorar ainda tudo não jogam no Mineirão uma solução seria o estádio da Independência, mas também esta em obras.

Não a um sistema definido neste fraco (pelo futebol demonstrado em campo) Cruzeiro, parece ser um 4-3-2-1 com intenção de ser 4-3-3, pois os meias deveriam aproximar do único atacante.  Volantes não auxiliam na criação de jogadas, apenas exercem sua função de marcar, afinal “destruir” é mais fácil do que “construir”.

Todo time começa com um bom goleiro, Fabio é de nível seleção. Talvez Cribari não seja melhor opção para jogar ao lado de Victorino na zaga, quem sabe Léo ou Gil. Victor é melhor opção para lateral direita, apenas esta em má fase. Everton é polivalente e atua como lateral e volante pela esquerda.

O time atua com três volantes que não auxiliam na transição ofensiva, Charles é primeiro volante e assim atuou. Marquinhos Paraiba também é polivalente e pode atuar como lateral foi volante pela esquerda. Fabricio dentre os três é o que retém maior qualidade, mas uma andorinha só não faz verão, compôs tripé de volantes pela direita.

Montillo e Roger compuseram meio campo, tinha como principal função aproximarem de Bobô. Montillo ate se aproximou do ataque, mas Roger ficou mais acuado pelo lado direito, enquanto Montillo tinha intensa movimentação pela esquerda e centro.

Bobô ficou muito solitário no ataque e pouco demonstrou. Quem sabe um companheiro ao seu lado daria maior poder ofensivo e movimentação no ataque.

Atlético Mineiro



Como diria Milton Neves: “O Galo mais lindo do mundo”. Esta cantando pouco, na zona do rebaixamento esta temporada pode se tornar um pesadelo ou apenas uma temporada para esquecer.

Cuca vem tentando reverter maus resultados do time desde o inicio da temporada, suscetíveis erros de contratações e rescisões de contrato mal planejadas. Como já mencionei em outro post, Dorival já tentou muitos esquemas porem nenhum com sucesso. Cuca vem tentando porem ainda sem resultados.

Agora com Cuca o esquema da vez é o 3-6-1 com variação para o 3-5-2. Antes de a partida começar poderíamos notar ser um 4-3-2-1, mas para maior liberdade de Mancini o lateral Triguinho atuou como lateral base ou terceiro zagueiro pela esquerda.

Entre os três zagueiros, Rever ao centro jogando como libero brasileiro, pois não tem como característica ser elemento surpresa. Leonardo Silva pela direita e Triguinho que é lateral esquerdo de origem atuou como zagueiro pela esquerda.

Pela ala direita Mancini, que em inicio de carreira foi lateral, teve maior liberdade devido Triguinho ser terceiro homem na defesa. Richarlyson foi ala pela esquerda um pouco mais retraído para Mancini fazer passagens.

Dupla de volantes alinhados foi composta por Felipe Soutto pela esquerda e Dudu Cearense na direita. Ambos alternando no apoio, preferência de Dudu Cearense que tem maior qualidade porem ainda fora de forma.

Na segunda faixa de meio campo se encontram Daniel Carvalho ao centro e com movimentação pelos flancos auxiliando os alas e Bernand que atuou aberto na direita, ora atacante ora meio campo.

Sem atacante de referencia, apenas um homem na frente de velocidade. Magno Alves que ficou solitário entre zagueiros.

Movimentação do Galo foi prioritária em contra-ataques, buscando espaços às costas de meias e priorizando velocidade de seus homens de frente. Pode-se perceber que utilizar tres zagueiros foi por causa dos três homens de ligação do Inter, assim utilizando-se de marcação individual.

Avai



Dentro todos citados neste post creio que o Avai é o que tem maiores problemas. Toninho Cecilio será herói se conseguir o milagre de salvar o Avai da zona da degola. Nesta partida contra o Grêmio foram duas estréias de Fernandinho e Junior Urso então lhes pergunto, isto é hora de estrear reforços?

Uma defesa insegura. Gian é zagueiro pelo lado esquerdo e Gustavi Bastos pelo lado direito. Ambos os zagueiros lentos e com pouca combatividade na jogada individual. Laterais com poucas passagens se preocupando mais com defender do que causar perigo ao adversário.

Tripé de volantes em frente da zaga. Junior Urso é primeiro volante, teve atuação mediana e acima da média comparada com companheiros de equipe. Pedro Ken foi volante pelo lado direito, possui mais qualidade e melhor toque de bola que os demais, dentre os três foi quem mais apoiou. Batista foi volante pela esquerda, também ajudou na transição da equipe, porem com maior velocidade e menor qualidade.

Lincoln foi homem de criação pelo centro, teve atuação discreta e ficou acomodado com marcação do Grêmio. Robinho foi um atacante recuado atuando pelos flancos, sem posição fixa e era sua instrução se aproximar de William.

William foi centro avante, era prioritária sua função de pivô para segurar bola e esperar por chegada de companheiros. Sua principal função não foi aproveitada pelos seus companheiros, o cruzamento na área se aproveitando de sua altura, elevação e cabeceio.

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Palmeiras em 4-2-3-1 da moda



Felipão armou um time ofensivo para ganhar em casa, afastando a crise de vez. Não foi um show, mas vitoria não deve ser discutida em momentos de crise ou pré-crise. Desempenho mediano frente ao fraco Ceara que veio à São Paulo para se defender.

Palmeiras no 4-2-3-1 do momento, porem sem um articulador clássico, apostando em ataque por blocos, ora lado esquerdo ora lado direito com volantes apoiando e laterais fazendo passagens.

Zaga composta por Henrique pelo lado esquerda e Mauricio Ramos pela direita. Pouco trabalhou, Ceara veio para conquistar um ponto, quando levou o gol saiu para o ataque, mas já era tarde demais.

 ‘Laterais’, Gabriel Silva é lateral e cumpriu função com naturalidade, fazendo passagens e auxiliando Luan no ataque. Marcio Araujo tentava fazer passagens, mas como é volante de origem sempre ficava com ‘um pé atrás’ ao fazer o apoio.

Volantes em linha, revezando no apoio. Chico na esquerda e Marcos Assunção na direita, ambos auxiliando os flancos. Tiveram maior liberdade pela falta de agressividade ofensiva do Ceara.

Três meias de ligação. Luan na esquerda com diferentes movimentos e confundindo marcação, setor mais forte do time, pois era auxiliado por Gabriel Silva e Chico. Kleber mais ao centro e com marcação individual de volante e zagueiro, tinha como obrigação se movimentar para suprir flancos e jogadas ao centro e Tinga na direita, volante de origem tem qualidade, mas não é jogador agudo ou de flanco, ficou prejudicado pela falta de um lateral direito que o apoiasse.

Fernandão foi homem de referencia no ataque e bolas aéreas. Um dos tantos pontos fracos do Palmeiras deixa muito a desejar.

Palmeiras jogando pelos lados do campo. Na esquerda Gabriel Silva, Chico e Luan setor mais forte do time e equilibrado. Pela direita Marcio Araujo, Marcos Assunção e Tinga, um volante que fez de lateral e por vezes lateral-base e Tinga que também é volante, mas cumpriu função de winger aberto na direita.

Nada de novidade no Palmeiras, Marcos Assunção na bola parada, de preferência para Fernandão na área. Se tiver possibilidade é pancada na boneca.

Transição do Palmeiras foi sem pressa ou velocidade, apostou no toque de bola cadenciado e girando a bola para abrir espaços. Por ter maior posse de bola dominou o jogo, porem sem grandes chances.

Abriu o placar em gol contra. Recuou e chamou o Ceara para seu campo, final não foi dramático mas deixou Ceara acreditar que poderia empatar.

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Análise tática São Paulo x Corinthians. Tudo igual no Majestoso


O Clássico MAJESTOSO. Disputa! não de titulo, quem sabe de 6 pontos. Válida pelo campeonato brasileiro entre São Paulo e Corinthians. O resultado não empolgou, por ser um empate sem gols, porem para analistas foi um show de como se defender e como não finalizar.

Primeiro tempo, Tite demonstrou ser gaucho, escola gaucha de treinadores retranqueiros falou mais alto , marcou, desmarcou e pouco construiu. Adilson Batista tentou sair da marcação do rival, jogou em uma zona de conforto corinthiana, São Paulo não finalizou.



São Paulo

Adilson armou o time no 4-2-2-2, com mudança quando sem bola, 4-4-2 em duas linhas britânicas, Casemiro abria na direita e Cicero na esquerda. Ataque procurando os flancos e laterais mais presos, meio com pouca criatividade.

Na parte defensiva, Rogério Ceni pouco trabalho, neste primeiro tempo não foi testado. Rhodolfo zagueiro pelo lado direito e João Filipe tiveram de se preocupar com Emerson que foi atacante de maior movimentação durante toda partida.

Laterais ficaram preocupados com Willian e Emerson que jogavam as suas costas. Assim deram maior liberdade a Carlinhos Paraiba. Quando apoiavam, um ficava guardando posição e o outro apoiava, mas sempre com marcação de um doa “pontas” do Corinthians.

Wellington volante pela direita jogou alinhado ao lado de Carlinhos Paraíba, protegeu a zaga cobrindo todos os flancos e subidas de laterais ou apoio de Carlinhos Paraíba, este que jogou pela esquerda, era quem apoiava mais, como se diz na Argentina um volante ‘carrilleros’ que é forte no apoio e volta para sua posição sem bola.

Dupla de meias foi Casemiro pela direita e Cicero na esquerda. Ambos sem bola abriam para cobrir flancos e impedir subidas do time adversário. Com bola se aproximavam, Casemiro organizava triangulações pela direita com Piris e Lucas. Cicero na esquerda com Juan e Carlinhos Paraiba.

Formando ataque, Lucas na direita e Dagoberto na esquerda. Ambos flutuando pelo ataque sem posição fixa e procurando os flancos para jogar as costas dos laterais. Lucas era quem procurava mais o jogo fora da área, Dagoberto infiltrava para tentar chutes de fora da área.

Corinthians

Tite armou sua equipe no 4-3-3 com triangulo de base alta no meio aberto, pois Alex abria na esquerda e Paulinho alinhava-se a Ralf. Lateral base na esquerda e um ataque de intensa movimentação e troca de posições.

Goleiro do Corinthians pouco trabalhou durante partida, São Paulo tinha volume, mas não o tornava em chances de gol. Sem Chicão e Leandro Castan deslocado para lateral dupla de zaga foi composta por Wallace na direita e Paulo André na esquerda, ambos ficaram sem quem a marcar, pois Dagoberto e Lucas jogaram pelos flancos infiltrando ao centro.

Leandro Castan foi lateral base pela esquerda ou um falso terceiro zagueiro, não apoiou e guardou posição para apoio de Alex subidas de Alessandro na direita. Alessandro mais solto quando com bola, era válvula de escape do Corinthians junto a Emerson.

Ralf atuou em frente da zaga, primeiro volante clássico limpador de caminho. Assim como deve ser pouco apareceu ou comprometeu. Paulinho foi volante pela direita, mais solto e por vezes guardando posição para dar maior liberdade a Alessandro. Alex pela esquerda e com liberdade de criar e subir ao apoio.

Trio de ataque foi composto por, Emerson que jogou mais à esquerda, intensa movimentação e por ele passava todas jogadas, foi mentor da equipe. Liedson pouco contribuiu e ficou mais centralizado. William mais a direita teve como principal função auxiliar na marcação para impedir subidas de Juan. Por vezes todos do ataque trocavam de posição, William na esquerda,Emerson ao centro e Liedson na direita. Esta movimentação foi prioritária no primeiro tempo, pois o time apostava em contra-ataques. Bem como William, Emerson também jogou em cima de Piris, assim tentando acompanhá-lo ate seu campo.

Constatações

São Paulo usou durante boa parte da partida o lançamento longo para seus atacantes, pois meio de campo não funcionou como deveria. Laterais presos, meio sem criatividade e uma marcação corinthiana fechando espaços, sobraram para zagueiros criarem e era bola para frente.

Primeiro tempo do Corinthians foi puro contra-ataque, defendeu muito bem com até ‘pontas’ acompanhando laterais. Quando recuperava bola, Alessandro fazia passagem pela direita e ataque se movimentava procurando troca de posições para confundir marcação.

Corinthians fechou espaços do São Paulo, assim o tricolor não conseguiu abrir linhas de passe mesmo assim teve posse da bola predominante, porém em uma zona muito recuada e longe do gol.

Mudança no Corinthians aos 30 minutos do primeiro tempo. Sai Leandro Castan e entra Fábio Santos, agora sim um lateral esquerdo de oficio, equilibrou apoio ofensivo pelos flancos.

São Paulo sempre procurando os flancos porem com pouca penetração e finalização. Teve um domínio estéril; Posse de bola no campo de ataque, poucas chances criadas.

Opções do segundo tempo

Corinthians equilibrou o jogo com entrada ainda no primeiro tempo de Fabio Santos. Definido ataque com Emerson na esquerda e William na direita. 4-3-3 mantido.

São Paulo com bola se tornava em um 4-1-3-2, pois Carlinhos Paraiba apoiava e ficava entre Casemiro e Cicero.



Corinthians procura os flancos com Alessandro e William na direita e Alex e Emerson pela esquerda. Pela direita Paulinho guarda posição de Alessandro e na esquerda Fábio Santos não fazia passagem quando Alessandro subia ao apoio.

São Paulo manteve inversões entre Lucas e Dagoberto no ataque. Linha do meio campo ficou muito distante do ataque, priorizando novamente a ligação direta entre defesa e ataque.

Problema na articulação do Corinthians, pois Alex não faz sua função de ligar meio ao ataque. Emerson é quem se desloca para o centro procurando fazer ligação. Mesmo assim flanco esquerdo foi o mais forte, Fabio Santos cansou e fez de lateral base como Leandro Castan.

São Paulo adotou marcação adiantada, pressionou saída para logo recuperar a bola ou forçar a ligação direta do time adversário. Quando com posse de bola, transição era pelos laterais ou meias que abriam pelos flancos, porem ainda com superioridade na posse de bola e sem finalizações.

Trocas


Por parte do Corinthians saiu Liedson e entrou Danilo aos 20 minutos. Esquema se manteve, Danilo fez de atacante pelo lado direito. Porem agora priorizando ainda mais contra-ataques e abdicando da organização quando com posse da bola.


No São Paulo saiu Piris para entrada de Rodrigo Caio aos 25 minutos. 4-2-2-2 se manteve com Wellington na lateral esquerda e Rodrigo Caio cumprindo função de Wellintgton.


Segunda troca no São Paulo entrou o badalado e veterano Rivaldo, no lugar de Cicero. Mudou o esquema 4-3-1-2 com Rivaldo de ponta-de-lança um meia ofensivo se aproximando dos atacantes. Casemiro foi deslocado à direita para ser ‘volante carrillero’ e Carlinhos adiantada para esquerda.









Ainda entraram Marlos no lugar de Dagoberto por parte tricolor. No Corinthians Jorge Henrique entrou no lugar de Alex, mas ambos sem tempo de demonstraram futebol ou instruções táticas.


Constatação final



Corinthians entrou para empatar e ao decorrer da partida começou à acreditar que poderia conquistar pelo menos um ponto, três seria extraordinário.

São Paulo careceu de um meia-armador para melhor organizar è equipe, Adilson queria um centro avante para maiores finalizações porém o tinha no banco Henrique.

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Milan no habitual 4-3-1-2



O Milan conquistou um empate em casa diante da Udinese, sim conquistou, ganhou um ponto. Não que a Udinese jogou impondo seu futebol durante toda partida, nada disso, abriu o placar no erro de Abbiati, se defendeu bem, fechou espaços e deixou o Milan trocar passes em uma zona sem perigo.

Milan jogou no clássico 4-3-1-2 ou se preferirem um losango assimétrico, pois Seedorf jogava mais a frente que Nocerino. Tripé de volantes habitual, trequartista que sumiu na partida e pouco contribuiu.

Partindo do setor defensivo. Abbiati errou e propiciou o único gol da Udinese, errou perante Di Natale, este não perdoou e abriu o placar.

Dupla de zaga Thiago Silva pela esquerda e Nesta na direita pouco trabalhou, Udinese não ameaçou e quando ameaçou foi em contra-ataques. Zambrotta atuou como lateral base pela esquerda, assim liberando apoio de Seedor. Abate foi lateral apoiador pela direita, pois Nocerino guardava posição.

Van Bommel foi volante à frente da zaga, como principal característica foi marcar e desarmar para servir outro companheiro para transição. Nocerino pela direita pouco apoiou guardando posição para passagem de Abate. Seedorf tentava suprir demanda ofensiva do Milan, ficou sobrecarregado junto com setor esquerdo.

Aquilani, era para ser o trequartista, não exerceu função que Allegri desejava. Pouco contribuiu para funções ofensivas, perambulou pelo setor, mas não influenciou por vezes se juntou aos homens de ataque. Robinho pode exercer esta função com qualidade.

Cassano foi atacante mais pela esquerda, saiu da área para contribuir na criação de jogadas, foi o melhor em campo neste empate. Pato no pouco que jogou nada demonstrou. El Sharawy entrou na mesmo posição de Pato, atacante pela direita, fez o gol em passe de Cassano.

Foi clara e evidente dependência do Milan do setor esquerdo, sobrecarregado com Seedorf e Cassano, por vezes Zambrotta. No flanco direito Aquilani poderia ter contribuído mais com Abate.

Milan tinha espaço para trabalhar até intermediaria adversária, após era um aglomerado de jogadores de branco e preto. Passes laterais e sem objetividade, time que marcou bem, mas que com bola se complicou.

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Paris Saint Germain no 4-2-3-1



O treinador do PSG, Antoine Kombouaré, adotou o esquema da moda, 4-2-3-1 com intensa movimentação dos meias, estes de qualidade, velocidade e boa capacidade de vitoria pessoal. Ainda lhe falta um atacante de nível.


Armand substituiu bem Lugano, não que assumira lugar de Lugano, mas não comprometeu. Camara atuou bem é zagueiro pela direita titular.

Jogando com Ceara na esquerda para acomodar Jallet na direita, Ceara ficou mais preso ao flanco esquerdo para liberar Matuidi, enquanto Jallet era mais solto para se ajuntar aos homens de ataque, nos movimentos ofensivos. Bodmer era quem recebia primeiro passe à frente da zaga, dando maior qualidade à saída de bola.

Dupla de volantes jogou alinhada com revezamento no apoio. Matuidi tinha qualidade no chute longo, já Bodmer no primeiro passe qualificado, chegando aos meias ou criando linha de passe com lateral Jallet.


Trio de meio foi essencial e é neste esquema. Nenê na esquerda como winger ofensivo, velocidade, drible e finalização é um meia completo porem fraco fisicamente. Pastore é de outro nível, tem passe, finalização, é típico “enganche” argentino em que sabe organizar uma equipe. Menez é parecido com Nenê e exerce mesma função, velocidade e ímpeto.

Chegamos à zona que necessitava um grande jogador, ataque. Garmeiro não e o centro avante, é atacante de movimentação que sai muito da área. Não segura zagueiro, mas possibilita linha de passe aos meias que vem de trás. Talvez prefira jogar com alguém ao seu lado e não sendo homem de referencia

O PSG logo deu as cartas e tomou iniciativa da partida, com bola trocou muitos passes entre seus meias. Troca de posição entre meias e o único atacante, linhas compactas e próximas para criar linhas de passe e opções. Quando não conseguiam criar chances claras de gol o time finalizava de média e longa distancia por conta de Nenê e Pastore.

Quando sem bola o PSG compactava e se posicionava atrás da linha do meio campo, dava espaço para o adversário jogar, mas saía com forte e rápido contra-ataque. Com posse da bola ataque era pelos flancos com wingers e surpresa de volantes avançando.

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