Análise tática Santos x Cruzeiro, Vitória sem show ao estilo Muricy.


Partida válida pelo campeonato brasileiro, dois gigantes e com grandes nomes no plantel. Santos com desfalques, Ganso, Arouca e Danilo. Cruzeiro com medalhões em campo: Montillo, Roger e Gilberto. Fabio sentiu lesão do ultimo jogo e não jogou. Favoritismo do Santos confirmado e uma magra vitória em casa, 1x0

Muricy manteve esquema que deu certo contra o Internacional em Porto Alegre, 4-4-2 sem um desenho definido, por momento pode ser um 4-2-2-2, 4-4-2 em duas linhas e um 4-3-3. O fato é que Neymar atuou mais longe da área.

Cruzeiro em esquema híbrido, muita movimentação. Jogando em um 4-3-3 com variação para 4-2-2-2 com Montillo de falso-9. Muitas variações acabaram confundindo o próprio time. Everton e Gilberto trocavam muito de posição e por vezes se perdendo em campo.



Santos

Logo no começo do jogo, Alysson sentiu lesão no joelho, teve de ser substituído por Anderson Carvalho. Esquema se manteve.

Mudou o até então usado losango com tripé de volantes. Neymar foi meia-atacante pelo lado esquerdo, seu preferido. Atuou com livre movimentação, aproximando de atacantes e aproximando de Felipe Anderson.

Bruno Aguiar improvisado na lateral cumpriu função de lateral base e pouco apoiou. Teve intuito de fechar espaço de Gilberto e Bobô que caiam por este flanco.

Henrique foi primeiro volante atuando frente à zaga atuando como carregado de pianos para liberar, Léo, Felipe Anderson, Neymar e Alan Kardec que se juntaria à Borges no ataque. Anderson Carvalho atuou mais liberado pelo fato de Bruno Aguiar não apoiar.

Alan Kardec não foi centro avante fincado como costuma ser, foi homem de movimentação pelo lado direito com infiltração ao centro. Graças à Kardec e Neymar o Santos teve variação para 4-3-3.

Com posse de bola objetivo e com intuito de logo marcar e decidir. Dois gols anulados e um belo gol. Troca de passes no ataque o Borges guardou mais um.

Santo não deu show, mas foi o suficiente para vencer e se livrar do Z-4.

Cruzeiro

Muitas inversões e um começo confuso. Leandro Guerreiro foi falso terceiro zagueiro  pela direita, posicionamento tentando parar Neymar. Everton começou como lateral, mas ficou preso para liberar Gilberto para passagem, entre eles ouve troca de posições.

Fabrício foi único volante à frente da zaga, à suas costas eram 4 defensores pois laterais não apoiavam. Tudo para liberar: Gilberto, Roger, Montillo, Ortigoza e Bobô.

Roger foi homem de criação, pouco à fez, pois Montillo de intensa movimentação o ofuscou. Montillo foi o claro enganche ou falso-9 que vem procurar o jogo e de livre movimentação. Fez tudo sozinho e acabou sobrecarregado, faz falta outro atacante de qualidade.

Ortigoza foi winger ofensivo pela direita, cumpriu com exatidão sua função de voltar e compor meio campo e fechando ainda mais o flanco para Neymar e Léo. Na teoria seria um 4-1-4-1. Só na teoria, pois Bobô  que foi winger pela esquerda, centralizava muito e pouco buscava o flanco. Não compôs meio campo.

Procurando jogar pelos flancos assim foi o Cruzeiro durante boa parte da partida, pouco funcionou, pois laterais não apoiavam. Movimentação intensa e troca de posição, por momentos havia muitos jogadores por setor e ficava congestionado.

Com bola intenção era boa. Compactado e adiantado. Troca de passes segura, mas sem finalização ou infiltrações a gol. Aparentemente mal posicionado, pois sem passagem de laterais e pouca cobertura ficando Fabrício sobrecarregado

Opções

Segundo tempo se manteve igual Cruzeiro buscando primeiro gol com posse de bola, porém com pouca eficiência. Santo continuava perigoso em suas poucas jogadas, era claro que o time se acomodou ao resultado.

Mudança logo aos 15 minutos. Gilberto por Gabriel Silva, enfim um lateral de oficio para posição. Pouco influenciou, pois Léo acabou sendo expulso 5 minutos após, jogada sensacional de Neymar e com objetividade.

Santos também mudou aos 20 minutos com Diogo no lugar de Borges. Foi meia-atacante de movimentação ao lado de Neymar. Esquema variava do mesmo 4-2-2-2 para o 4-3-3 com Alan Kardec mais ao centro. Crystian entrou no lugar de Anderson Carvalho que sentiu câimbras.



O Santos com um homem a mais não amassou, com posse de bola preferiu gastar o tempo e garantir vitoria sem arriscar.

Com um homem à mais continuou atacando pelo lado esquerdo, mas sem deixar espaços para contra-ataques. Cruzeiro tentou buscar o gol mesmo em desvantagem no placar e no campo, complicou muito.

Por final Fabrício foi expulso por agredir Neymar. Juiz infelizmente errou em alguns lances. Discutível pênalti em Montillo, em outro lance não deu amarelo que resultaria em vermelho para Anderson Carvalho. Mesmo com erros Santos mereceu vitoria.



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