Archive for novembro 2011

Sem Celso. Preferência por Caio, Luxa e Ney Franco


Celso declara que não treina o Grêmio em 2012, GRENAL é seu jogo de despedida. Os dirigentes do tricolor começaram a se mexer. Pelaipe está no Rio de Janeiro, terá conversas com Baidek (empresário de Caio Junior), Vanderlei Luxemburgo e Ney Franco.


Tratando de probabilidades.

Caio Junior estaria acertado com o Grêmio, pode ser apresentado terça-feira. Tem fama de mago, aparência lembra Harry Potter , mas é fato que gosta de inventar. Futebol não é mágica. É disputado por Grêmio e Cruzeiro. O tricolor gaúcho leva vantagem por Caio ser formado no clube desde os 15 anos.


Renato Maurício Prado não se agüentou: “Descobriram porque o Caio Júnior foi demitido. Ele não era o Harry Potter, ele era o Voldemort”, brincou o comentarista.

Luxa é complicadíssimo, depende de classificação do Flamengo para a Libertadores. Salário é outro empecilho, alto e distante dos padrões do Grêmio. Outro problema é que por onde anda Luxa carrega uma comitiva. É sonho antigo de Odone.

Ney Franco tem projeto para Olimpíadas, é homem de confiança para o ouro olímpico de Mano Menezes, contratação distante. Contratação seria para reformular o elenco tricolor, apostando na base.

Aparentemente o Mago está mais próximo de Porto Alegre. Com Caio assumindo, reforços deverão chegar. De nada adianta contratar um treinador se não a material de qualidade para trabalhar. Direção trabalha para contratar: dois zagueiros, um volante, um meia e dois atacantes.

Quanto ao futuro de Celso Roth. Teria proposta do Cruzeiro para 2012. Ainda depende do clube se manter na Série A.

Alguns brincam que Celso já tem futuro garantido no Inter : “ Celso Roth pede demissão do Grêmio -> vence o GRENAL -> Dorival Júnior cai -> Roth assume. Esse Roth é muito gênio.”

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Bolívar, o injustiçado?


Segunda-feira Bolívar foi julgado, por lance em Dodô, até então era jogador do Bahia. O Resultado do júri foi: Quatro partidas se suspensão, seis meses fora dos gramados – tempo de recuperação do atleta.

Justiça ou injustiça com Bolívar? No campo o arbitro deu apenas cartão amarelo e tiro livre indireto. Parece ser um caso de exemplo para os demais.

O arbitro foi réu confesso, pois assumiu que errou. Perante ao tribunal mudou seu ponto de vista, assim sentenciando Bolívar. Disse ele que ao olhar o lance pela TV, percebeu o quanto Bolívar foi violento. Porém o arbitro assumindo seu erro, não foi declarado culpado, ou se quer levou alguma suspensão. Já que errou em não expulsar o atleta do Inter.

Os quatro jogos de suspensão para o jogador do inter foram em decorrência do árbitro mudar seu ponto de vista em relação ao lance, sendo que o jogador devia ter sido expulso. Seis meses são relativos ao resultado do lance, a lesão em si. Dodô sofreu lesão ligamentar e deve parar por seis meses.

Bolívar errou. O lance não resume a carreira de Bolívar, foi um momento atípico. No Inter é denominado General, lista de títulos interminável e experiência maior de dez anos no futebol. É inaceitável uma entrada destas em companheiro de profissão. Atitude temerária, sem palavras para descrever ou maneiras de perdoar. Compreendemos que é um esporte de contato, mas certas regras devem ser seguidas. Uma lesão destas pode acabar com a carreira.

Esmiuçando o lance. Bolívar chegou antes na bola, mas de maneira equivocada e agressiva. Dodô chegou atrasado, inocente de uma possível agressão do adversário. A lesão foi conseqüência de uma “solada”. Bolívar acertou a canela, porém a perna ficou presa ao gramado e girou sobre o joelho.

Até Dodô inocentou Bolívar do lance. Dizendo que foi um lance infeliz do futebol. Sem maldade, porém com ambos indo com muita sede ao copo. Todos saíram prejudicados. Dodô, Bolívar e os clubes envolvidos. Desta vez o futebol saiu perdendo.

Quanto ao STJD, este parece que está voltando ao passado. Julgou Bolívar como se ainda fosse “olho por olho e dente por dente”. Seis meses é tempo demais para um atleta. Agora é esperar que todos os lances de agressão, independente de lesão, sejam julgados de mesma maneira. Sei que não é o primeiro, mas espero que não seja o ultimo.


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Coluna de segunda, mas é de primeira


Batendo na trave

Novamente o Inter bateu na trave. Foi melhor durante a partida contra o Flamengo, mas não conseguiu transformar superioridade e volume de jogo em gols. Ronaldinho novamente marcou contra o Inter e afastou a crise no ninho do urubu. Durante muitas rodadas o Inter namorou a tão sonhada vaga para pré-libertadores, neste domingo era a chance de assumir o relacionamento, não foi desta vez, alias não vem sendo há muito tempo. Agora é vencer o GRENAL e torcer por um resultado paralelo. Não esta mais nas mãos do Inter.

Traffic

Complicou para o Flamengo manter Ronaldinho. Além de ter sua imagem deteriorada com vídeo, os salários estão atrasados em três meses, quem bancaria a maior parte quebrou, Traffic esta fechando as portas. Não só a Traffic esta devendo a Ronaldinho, o Flamengo deve dois meses de salários ao grupo de jogadores. Ronaldinho parece não ver mais a pilha de dinheiro a sua frente, as contas estão atrasando, os devedores ligando e a conta bancaria secando.  O futuro a Deus pertence, mas o de Ronaldinho parece estar na Grécia.

Semana GRENAL

GRENAL deste fim de ano é um divisor de águas. Tudo ou nada para o Inter. 2011 para os colorados pode ser salvo com possível vaga na pré-libertadores. No Grêmio, 2011 é de se esquecer. Dorival já confirmou time, falta apenas esperar o pronunciamento do STJD sobre o caso Bolívar. Celso Roth não definiu o time para domingo, após empate em 2x2 no Olímpico o abatimento tomou conta da azenha. Durante esta semana tudo será especulado, até escalações, malas brancas e surpresas para o encontro.

Victor

Novamente o “goleirão” tricolor falhou. Não se esta encerrando o ciclo de Victor no Grêmio? Marcelo Grohe ganhou espaço quando jogou, bem por sinal, alguns começam questionar o inquestionável ex-goleiro de seleção.

Água no chopp

Só isso restou ao Grêmio. Melar a festa colorada. Mobilização é de tirar a pré-vaga do Inter. Jogo será no Beira Rio lotado. Alguns jogadores do tricolor não demonstram comprometimento algum com este últimos jogos. Alias não seria melhor o Inter na Libertadores? Assim o Grêmio não o teria como adversário em Copa do Brasil e Sul-americana.

Rodada decisiva

Todos os jogos possuem clima de decisão. Alguns corações batendo mais forte por titulo, vagas na Libertadores. Outros mais agoniados, tentando livrar-se da zona da degola, não a tempo para mais nada. Neste domingo será o apagar das luzes, as cortinas fecharão, não será levado em conta tradição de clubes e má administração de dirigentes, o fantasma da série B vai levar mais dois clubes. 

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Análise tática Fluminense x Vasco. Vitória cruzmaltina da vida ao campeonato


Assisti ao clássico entre Fluminense x Vasco no Engenhão. Um belo jogo. Vitoria do Vasco deu sobrevida ao campeonato, mas apenas chances de campeão para Corinthians e Vasco. Cristovão foi superior neste clássico e trocou para ganhar, Abel esperou o time estar perdendo para mexer. Final de clássico 1x2 Vasco, o time que pode conquistar três títulos em 2011.

Abelão montou seu time no 4-2-3-1. “Torto” para o lado direito com Mariano e Sóbis. Pode ser um erro de Abel utilizar Rafael Sóbis distante da área. No Inter ele tentou cumprir esta função, porém sem sucesso. Fred foi anulado por Dedé, para muitos apenas marcou gol por que empurrou faltosamente o zagueiro. Deco foi maestro de uma orquestra capenga, faltaram-lhe companheiros a altura.

Cristovão Borges no 4-2-3-1. Linha defensiva forte no apoio pelo lado direito com Fagner, Jumar foi lateral base. Extrema qualidade no meio campo com Juninho Pernambucano e Felipe. Dois veteranos, mas com mesmo futebol de anos atrás. Diego Souza e Allan eram os wingers abertos nos flancos. Diego Souza por vezes se alinhava a Elton no ataque.


Ambos os times atacando com preferência pelo lado direito. Fluminense com Mariano e Sóbis. Geralmente Felipe abria da esquerda para o centro, deixando espaço as suas costas. Deco foi quem aproveitou este espaço com qualidade. No Vasco, Fagner e Allan não deixavam Carlinhos fazer a passagem. Diego Souza tinha aproximação de Felipe, pois Jumar apenas marcava.

Vasco foi levemente melhor neste primeiro tempo. Meio campo influenciou positivamente na partida. Juninho apoiando na direita, Felipe na esquerda. Esquema ficava quase um 4-1-2-3. Era nítida a instrução de Cristovão para os jogadores resolver a partida nos primeiros 20 minutos.

Fluminense apostando na bola longa de Deco para Fred. Vasco no toque de bola curto, aproximações e passagens ao ataque. Flu deixava espaços, time colina jogou e fechou espaços pressionando, forçando o erro do adversário.

Marquinho era o winger pela esquerda. Pouco apareceu, pois não tinha companhia pelo flanco. Diguinho e Deco revezavam na saída de bola.

Edinho aprofundava entre os zagueiros para liberar os laterais. Mariano muito solicitado. Carlinhos preocupado com avanços de Allan e Fagner as suas costas. Deco tinha movimentação livre, era quem regia o time com passes e lançamentos.

Marcações individuais. Dedé em Fred. Elivelton em Diego Souza. Marcação vascaína teve maior êxito, já que Felipe e Juninho auxiliavam o ataque criando superioridade numérica e criando situações de gol.

Cães de guarda. Rômulo ficava plantado frente à área para liberar os demais jogadores. Edinho se tornava um libero, com intuito de marcar.

Segundo tempo

Mudança no intervalo. Saiu Elton – perdeu gol incrível -, entrou Bernardo. Esquema assumido ao 4-2-3-1. Bernardo cumpriu função de winger na esquerda. Diego Souza passou a ser o homem de referencia. Felipe foi homem de criação e não compôs meio campo na esquerda. Com mudanças o Fluminense cresceu no jogo.


Abel liberou Carlinhos para o apoio. Vida ao lado esquerdo de campo do Fluminense. Jogo ficou na faixa do meio campo. Ambos os times se estudando. Vasco perdeu a movimentação do primeiro tempo, pois Juninho e Felipe cansaram. Fluminense tinha posse de bola, mas sem chances de gol.

Inicialmente Marquinho e Rafael Sóbis trocaram os flancos – Marquinho na direita e Sóbis na esquerda.

Mudanças aos 25 minutos. Cristovão tinha de ganhar. Saiu Juninho, entrou Felipe Bastos. Felipe extenuado saiu, entrou o centroavante Alecsandro. Esquema foi para o 4-3-3, Diego Souza abriu na esquerda e Bernardo a direita. Meio campo com triangulo de base alta: Rômulo na primeira função, Allan na direita e Felipe Bastos a esquerda.


Vasco melhorou com mudanças. Foi superior após ter um centroavante de área. Finalmente um gol na partida. Alecsandro, após seis minutos em campo – percebam a importância de um homem de área – gol típico de centroavante, cabeceando na segunda trave.

O mesmo Alecsandro teve a chance de acabar o com o jogo. Diego Souza entrou na área, cruzou e Diego Cavalieri espalmou parcialmente. Dentro da pequena área, Alecsandro se ajeitou e Leandro Euzébio conseguiu bloquear o chute.

Abel esperou estar perdendo para mexer. Aos 33 minutos. Tudo ou nada. Saíram Rafael Sóbis e Diguinho. Entraram Lanzini e Rafael Moura. Esquema no 4-1-3-2. Apenas Edinho frente aos zagueiros. Deco recuava para dar qualidade a saída de bola, Lanzini ficava mais ao centro, Marquinho aberto na esquerda. Fred e Rafael Moura compondo o ataque.


Vasco se acuou. Fluminense foi para o desespero. Em lance discutível Fred empatou. Com resultados momentâneos o campeonato teria como Corinthians campeão. Banco de reservas do Vasco foi a loucura. Leandro foi expulso por ofender e tentar agredir fisicamente o árbitro Marcelo de Lima Henrique.
- Está comprado – gritou o vascaíno.

Chegando aos momentos finais do jogo. Mais precisamente 45 minutos do segundo tempo. Alecsandro – ele mesmo, foi homem do jogo – cruzou para Bernardo cabecear e no rebote de Diego Cavallieri fazer 1x2.

Ultima rodada do brasileiro recheada de clássicos será mais emocionante. Campeonato decidido ate o ultimo minuto.

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Análise tática Milan x Barcelona, outro jogo histórico


Duelo de gigantes. Milan e Barcelona disputaram partida pela fase de grupos da Champions League. Desta vez o empate não aconteceu. O jogo foi emocionante e digno de estádio cheio, a torcida rossonera saiu triste pela derrota, mas quem esperava um espetáculo saiu com o sentimento de dinheiro bem gasto.

Partida técnicamente e táticamente de encher os olhos. Times variaram esquemas e maneiras de jogar.

Milan de Allegri usou o habitual 4-3-1-2. Linha defensiva com laterais sempre correndo perigo. Boateng atuando como trequartista, fez um belo gol, porém está longe de ser ou honrar sua posição. Procurando a ligação direta, devido a marcação catalã.

Barcelona usou o 3-4-3. Não foi novidade, porém o esquema demonstrou novamente ter pontos fracos, quando colocado a prova (defendendo). O estilo de jogo se manteve envolvente e cativante. Bola no chão e de pé em pé.


Começo de jogo com Milan pressionando e assustando o time catalão. Assim foram os primeiros 10 a 15 minutos dos italianos, Milan tinha apenas volume de jogo e sem situações de gol. Barcelona equilibrou o jogo a partir dos 15 minutos.

Barcelona finalmente foi o Barcelona. Colocou o Milan na roda. Passes curtos e rápidos. Passagens de meio campo, troca de posição e triangulações. Quando atacava era sempre com cinco ou seis homens, adiantando marcação para logo recuperar a bola e voltar a atacar. Time jogando compacto. Muricy deveria estar assistindo e tremendo. Milan se perdeu, não achou os jogadores de ataque e sua saída de bola era confusa perante marcação catalã.

Demorou. Milan finalmente se encontrou quando Allegri mudou o seu sistema. Passou do 4-3-1-2 para o 4-3-3 complicando o setor defensivo do Barcelona. Hibrahimovic caiu pelo lado esquerdo, Boateng pela direita e Robinho ao centro. Time espanhol ficou sem homens na sobra. Há sempre um, porém. O lado esquerdo do Milan era forte com Zambrotta, Seedorf e Hibrahimovic, porém quando atacado Messi deitava e rolava por ali, o calcanhar de Aquiles do Milan.

Milan adiantou marcação e complicou o 3-4-3 de Josep Guardiola. Resposta imediata do espanhol. Esquema voltou ao usual 4-3-3. Busquets recuou formando dupla de zaga com Mascherano . Assim o Barça voltou para a partida, avançando com inteligência e troca de passes envolventes. Com Abidal e Puyol nas laterais o time dependeu muito dos homens de meio campo.


Quando a partida se encaminhava para um final de primeiro tempo com empate. O arbitro encontrou um pênalti para o Barcelona. Xavi, Neymareou e se jogou dentro da área. Messi cobrou o pênalti com cavadinha – até parece que o melhor do mundo não sabia – o juiz mandou voltar. Resultado 1x2 Barça.

Primeiro tempo com altos e baixos do Milan. Em parte devido aos treinadores. Allegri quando adotou o 4-3-3 anulou o 3-4-3 de Guardiola. Quando Guardiola adotou o 4-3-3 o jogo voltou ao normal. Catalães conservando posse de bola ofensivamente, aproximações e tudo que já conhecemos. Milan abusando da ligação direta e bola aérea.

Segundo tempo  

Pep Guardiola queria logo resolver o jogo. Sufocante! Assim foram os primeiros minutos do segundo tempo. Milan parecia um fumante, pois não tinha fôlego para escapar das armadilhas.

Barcelona voltou ao 4-3-3 com Busquets saindo da posição e compondo o meio campo quando o time estava com a bola. Mudança de posições no Barça. Messi foi o falso-9, Thiago ponta na direita e Fabregas meia ao lado de Xavi . Milan no 4-3-1-2. Robinho de atuação apagada saiu no intervalo para Pato entrar.


Repetição! Zambrotta e Abate não conseguiram parar Villa e Thiago. Setor fragilizado, pois o Milan tinha que atacar um time com contragolpe veloz e traiçoeiro.

Em jogada típica do primeiro tempo o Milan chegou ao empate. Lançamento procurando Pato, zaga tirou errado e Boateng faz belo gol. Tudo igual 2x2.

Festa rossonera durou pouco tempo. Em menos de 10 minutos o Barcelona chegou ao 3x2. Messi serviu Xavi – marcou gol de centroavante, deslocando o goleiro -, Messi cumpriu função de Xavi e Xavi de Messi. Gol foi exemplo do carrossel espanhol, com todos os princípios da Holanda de 74.

Substituições: No Milan, Nesta saiu lesionado e Bonera entrou no seu lugar. Precisando do resultado Van Bommel saiu mais cedo e Nocerino entrou. Barcelona mudou aos 26 com Sanchez no lugar de Villa.


Barcelona com mudanças apenas inverteu as pontas. Sanchez foi para direita e Thiago na esquerda. Milan voltou ao 4-3-3 com Seedorf de primeiro volante, Boateng voltou à ponta direita.

Busquets não mantinha posição fixa de zagueiro. Assim abria chance ao erro defensivo. Milan tentou se aproveitar com seus três atacantes. A exemplo do primeiro tempo, o Barça dependeu do meio campo, pois Puyol e Abidal sequer passavam da linha do meio campo.

Ainda no final entrou Pedro no lugar de Fabregas. Pedro foi para ponta esquerda e Thiago jogou ao lado de Xavi no meio campo. Mudança demonstrou polivalência de seus atletas com: Dois volantes atuando de zagueiros, dois zagueiros atuando de laterais – está certo que Abidal é curinga -, Fabregas foi falso-9. Não resta dúvida, Guardiola é de outro nível.

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Esclarecendo o 4-2-3-1

Segundo Jonathan Wilson, a gênese do 4-2-3-1 está em algum lugar entre as Eurocopas de 1996 e 2000. Este sistema tático nasceu da simples variação do 4-4-2 em duas linhas, a partir de dois meias defensivos – o ‘doble pivote’, dois wingers muito adiantados, e um segundo atacante que recuava centralizado para receber o segundo passe.

A essência do 4-2-3-1. Saindo do 4-4-2 em duas linhas.
Alguns clubes aderiram ao 4-2-3-1, pós Copa da África. Botafogo, Corinthians, Grêmio, Internacional, Vasco... São alguns exemplos de clubes brasileiros.

Ocupação de espaços abertos na região central da intermediária ofensiva. Recuar um atacante para puxar um zagueiro, ou então para indefinir a marcação dos volantes, parece ter sido uma constatação plural na Europa. Ou seja, um natural processo da evolução tática no futebol.

Este esquema depende muito do apoio dos laterais aos extremos. Um exemplo de 4-2-3-1 mal executado é a seleção brasileira da Mano Menezes. Os laterais pouco apóiam lembrando os laterais dos anos 50, porém existiam PONTAS que jogavam colados na linha lateral, com intuito de cruzar, o esquema era o 4-2-4.

Brasil no 4-2-3-1. Eliminado na Copa América.
Um fato interessante da Copa de 1958 mostra um indicio de evolução tática, sem a mão do treinador:

“Nilton Santos na partida contra a Áustria no Mundial de 1958. A Seleção Brasileira já vencia por 1 a 0 quando no começo do segundo tempo o lateral-esquerdo decidiu aproveitar o espaço no flanco canhoto para apoiar o ataque. “Volta, Nilton!”gritou do banco o técnico Vicente Feola. Mas Nilton não deu ouvidos e continuou a avançar. “Volta, Nilton” repetiu a ordem, novamente ignorada. Eis que Nilton chuta da entrada da área e marca o segundo gol brasileiro. “Boa, Nilton”, murmurou o treinador”.

Zagallo conta sobre o fato de 1958:       

“Zagallo Afirma que quando Nilton Santos avançou, e Feolla começou a gritar com ele, o Formiguinha (Zagallo) falou pra Enciclopédia (Nilton Santoa), (como costumavam já fazer no Botafogo): "vai que eu faço a tua" - isto é, o atacante defenderia e o defensor atacaria -, daí Nilton teve a certeza de ir”.

Posições e funções:


Dois Zagueiros: Variam muito o estilo dos zagueiros. Geralmente o zagueiro mais lento marca de perto o atacante e o zagueiro mais rápido fica na sobra. Romário define o estilo de sobra: “Quando o zagueiro da sobra ficava ao lado era um abraço”. Exemplos: Rodrigo Moledo (raído na recuperação), Dedé (rápido na recuperação), Índio (lento, porém de boa imposição física e posicionamento).

Dois laterais: Que dependem de como os extremos irão jogar. Apóiam se os extremos abrirem espaço no flanco, infiltrando e lateral passando. Do contrario o lateral não apóia e guarda posição. Exemplos: Mario (faz basculação), Julio César, Kléber, Nei, Cortês.

Dois volantes: Alinhados. Dependem da função dos laterais. Ou apóiam ou cobrem apoio de laterais. Não necessariamente precisa ser o volantão que apenas marca, no futebol moderson é essencial saber jogar com bola no pé. Exemplos: Rochemback, Renato, Bolatti, Guiñazu.

Um meia central: Pode ser um numero 10, o organizador no Brasil ( Trequartista na Itália e Enganche na Argentina). Ou ainda pode ser um atacante recuado que tem como intuito se aproximar do centroavante, e arriscando chutes de longa distancia e jogadas individuais. Exemplos: D’Alessandro, Douglas, Elkeson, Ganso.

Dois extremos (wingers): Na essência deste esquema eram atacantes de velocidade e vitoria pessoal, ingressavam na área abrindo corredor para laterais. Nos dias de hoje, são meio campistas que pouco infiltram na área e ocupam mesmo espaço do lateral. Exemplos: Willian, Marquinhos, Andrezinho, Jorge Henrique.

Obs: Os extremos dependem da função dada. O extremo não é um ponta e sim um atacante recuado que joga no meio campo, partindo do flanco para o centro e fundo do campo.

Centroavante: Ao contrario da regra. O homem de referencia depende de qualidade técnica, pois com apenas um homem na área não á o porquê de cruzar na área. Suas principais jogadas são de pivô, recuar para retenção de bola, e tabelas na entrada da área. Exemplos: Damião, Brandão, André Lima.

Cada posição tem função distinta. Um lateral pode ser base ou forte no apoio. Pode se ter dois volantes do estilo “cabeças de bagre”, ou com qualidade na saída de bola e adiantando para ser opção de passe. Três homens de meio campo com formação de meias ou atacantes pelos flancos e um organizador central. O esquema depende muito do homem de referencia que precisa ter qualidade.

Estratégia é ter posse de bola, isto explica os cinco homens na faixa do meio campo. Marcação dos wingers sobre os laterais é essencial, pois assim complica saída de bola do adversário. De nada adianta ter cinco homens no meio campo se três tem apenas vocação ofensiva, contando ainda com o centroavante que pouco ou nada marca.


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Coluna de segunda, mas é de primeira

Turista

Sabe aquele turista que viaja a países diferentes? Que todos comerciantes lhe passam o pé? Então, apresento-lhes o Grêmio. Nestas ultimas partidas vem apenas cumprindo tabela. Não almeja mais nada, além de uma possível vitoria ou empate no GreNal para tirar a vaga na Libertadores do rival. O ano de 2011 se resume a: Novela Ronaldinho, Arena, Novela Kléber. Que venha 2012.

G-5

Desde Paulo Roberto Falcão o Inter não ingressava no G-5. Durante muitas partidas “namorou”, mas nada rolou. Finalmente está entre os cinco e no momento certo do campeonato. Restam duas partidas, uma fora de casa (Flamengo em Macaé), outra em casa (Grêmio no Beira Rio). Esperamos que acabe em casamento esta vaga.
 
Centroavante

Nesta rodada do campeonato brasileiro ficou visível a importância do centroavante. Corinthians venceu com gols de Liédson e Adriano Imperador. Fluminense pulverizou a invencibilidade do Figueirense em Florianópolis, quatro a zero com três gols de Fred. Internacional venceu o Botafogo no Rio com gol de Leandro Damião. Este é apenas um exemplo de clubes de cima da tabela.

Demitir é a solução?

Botafogo demitiu Caio Junior, uma tentativa de reanimar o time. A direção acabou com as chances do time se classificar a Libertadores. Demitir faltando apenas três rodadas é loucura! A frase vale: “O Botafogo, Botafogueou”. Referindo-se a sempre amarelar em decisões.

Turfe, prêmio Bento Gonçalves

O turfe em Porto Alegre não morreu. Neste domingo presenciamos grande publico no prêmio Bento Gonçalves. Uma pequena brincadeira de dois amigos, jornalistas ligados ao turfe, Mário Borba Caminha e Roberto Couto Franco, já falecidos, ensinava: “Prado é o lugar onde os cavalos correm e os burros apostam”. Prado é o mesmo que hipódromo.

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Botafogo sem Caio, 4-3-1-2/4-2-3-1



Resolveu despedir Caio Junior? Time poderia não estar dando liga, mas despedir um técnico faltando três rodadas para o fim do campeonato é um tanto quanto questionável. Jogando em casa, contra adversário direto, vitoria era obrigação, porém o que se viu foi um time desorganizado e derrotado.

Esquema carioca estava um pouco bagunçado. Defendendo era um 4-3-1-2 ineficiente na esquerda. Atacando no 4-2-3-1 procurando sempre o lado esquerdo. Botafogo insistia no erro, o time ficou torto.

Botafogo dependia de apenas uma jogada. Bola na esquerda com Cortês. Este mesmo lado esquerdo forte era também o seu calcanhar de Aquiles. O Inter cansou de explorar as costas de Cortês e Thiago Galhardo. Avenida Bruno Cortês no primeiro tempo.

Assim como era com Caio. Time não tinha um articulador de origem. Jogadas eram em blocos com apoio dos laterais aos wingers. Herrera não sabia se era winger ou atacante, mas tinha boa movimentação as costas dos laterais.

Tripé de volantes composto por: Marcelo Mattos, primeiro volante a frente da zaga. Renato na direita, porém sem bola recuava para liberar Galhardo. Thiago Galhardo na esquerda, é meia de origem, foi um volante no 4-3-1-2 e winger no 4-2-3-1.

Elkeson tentou ser um elo entre meio e ataque. Sua movimentação foi sempre do meio para esquerda, auxiliando Cortês e Galhardo. Flanco direito ficava solitário com Alessandro ou Renato auxiliando Herrera.

Fragilizado. Lado esquerdo de defesa sofreu com Nei e Oscar. Devido a supremacia colorada o Botafogo mudou no intervalo. Saiu Cortês, entrou Everton. Segundo tempo o Inter mudou, saiu do 4-2-3-1 e foi para 4-2-2-2. Gilberto atuou ao lado de Damião. D’Alessandro e Oscar atuaram mais próximos.

Botafogo tentou se achar com Felipe Menezes em campo, mas sofreu com contra-ataque colorado.

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Análise tática Figueirense x Fluminense, pulverizando invencibilidade


Foram dois tempos distintos. Figueirense jogando em casa com apoio da torcida, não foi favorito, pois enfrentou o Fluminense. Jogo típico de seis pontos. Quem vencesse se firmaria na vaga para Libertadores, Fluminense ganhando ainda sonha com titulo, Figueira terá de lutar pela vaga na libertadores.

Marcação individual por parte do Figueirense.

Figueirense de Jorginho no habitual 4-3-1-2. Linha defensiva com dois laterais apoiadores. Tripé de volantes inicial com Túlio na primeira função, porém logo foi substituído por lesão (Jackson entrou no se lugar). Coutinho na direita deste losango. Jônatas começou fechando o lado esquerdo, mas com lesão de Túlio, passou a ser o primeiro volante. Elias o meia de criação. Ataque rápido formado por Wellington Nem e Aloísio.

Abel Braga espelhou o esquema do Figueirense. Típica atitude de técnico que estava com medo de perder. Laterais presos no primeiro tempo. Tripé de volantes torto para o lado esquerdo. Deco marcado e ataque desabastecido.

Primeiro tempo. Para o Figueira faltou apenas o gol. Para o Fluminense faltou jogar, mas parecia ser imposição do técnico. Sorte dos cariocas, pois poderiam ter ido pra o segundo tempo em desvantagem no placar.

Figueirense forte pelos flancos com Bruno e Julinho. Sem bola tripé de volantes encaixou marcação no Flu: Jônatas em Deco, Roger Carvalho em Fred.

Lado direito com Bruno e Coutinho era mais solicitado por parte do Figueira, pois era Marquinho quem “marcava”. Lado esquerdo com Juninho e Jackson era melhor marcado,  Diguinho o volante que caia por aquele lado.

Fluminense não se encontrava em campo. Marcação sob pressão do Figueirense complicava saída de bola do time carioca. Aos poucos Abel liberou os laterais para apoiaram, os espaços começaram a aparecer.

Segundo Tempo

Ficou nítido que o Figueirense cansou. Marcação na era adiantada. Laterais cansaram e não tinha vitoria pessoal, volantes acabaram ficando sobrecarregados.


Muito sedo o Flu abriu o placar com Fred. Jorginho logo mexeu no time. Saiu o lento Jônatas e entrou Fernandes. Esquema ficou misto de 4-3-1-2 para 4-2-2-2. Com saída de Jônatas, Deco teve maior liberdade.

Fluminense variou no primeiro tempo de um 4-3-1-2 para 4-2-2-2. Neste segundo tempo aproveitou os laterais exaustos do Figueira, voltou ao 4-3-1-2 com Deco livre pra criar e Marquinho como elemento surpresa.

Figueirense não tinha muito que fazer. Enfrentou Fred em tarde inspirada. Aos 19 minutos substituição. Saiu Aloísio, entrou Somália. Figueirense com homem de referencia no ataque, bola aérea era alternativa.

Partida pouco mudou. Figueirense apostou tudo no primeiro tempo. Na segunda etapa com laterais exaustos, o Flu aproveitou e abriu larga vantagem. Marquinho marcou em contra-ataque sensacional, bola de pé em pé. Fred novamente marcou após erro do goleiro Wilson.


No Flu as substituições foram por atacado aos 35 minutos. Saíram Edinho, Marquinho e Sóbis. Entraram Valencia, Martinuccio e Lanzini. Esquema variou, saiu do 4-3-1-2 para 4-2-3-1 apostando no contra-ataque.

Partindo para o tudo ou nada. O time catarinense deixou espaços. Lanzini em bela jogada lançou Fred e este guardou. 4x0 para o Flu sentenciar sua vaga na Libertadores e estar ainda vivo na briga pelo titulo.

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Fred e enigma do número 4, será mera coincidência?


Na noite do dia 16/11/2011 foi disputada partida entre Fluminense e Grêmio. Inesquecível para os torcedores, noites de viradas no placar e noite de Fred. Alguns acontecimentos envolvendo números serão apenas coincidências, superstição ou  influência dos astros? Fique a critério de vocês.
Fred em noite mágica e curiosa.

- Noite de quarta feira

- Fred, Deco e Abel quatro letras. Principais peças deste Fluminense

- Faltavam quatro rodadas para o fim do campeonato brasileiro

- O Flu sofreu quatro gols do Grêmio

- FRED marcou quatro gols

- Para alguns erros da arbitragem ficou em 4

Parece que os números estão conspirando. Pode ser coincidência, mas é no mínimo curioso tantos fatos acontecerem em apenas uma partida. Só faltou o Fluminense terminar em quarto lugar.

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Análise tática Fluminense x Grêmio, eletrizante 5x4


Jogo no Engenhão para ficar na memória dos torcedores. Fluminense precisando da vitoria para brigar por titulo. Grêmio apenas como turista, não almeja mais nada neste campeonato brasileiro. Não foi um grande jogo taticamente, times foram indisciplinados. Infelizmente o arbitro influenciou no resultado, esta na hora de profissionalizar a arbitragem brasileira.

Fluminense em esquema hibrido partindo do 4-2-3-1 para 4-2-2-2, devido a movimentação de Rafael Sóbis. Laterais do Flu apoiaram simultaneamente durante a partida. Volantes jogaram alinhados e não encontraram o meio de campo do tricolor gaucho. Marquinho, Deco e Sóbis foram jogadores de segundo tempo.

Celso Roth insiste no 4-2-3-1. Grêmio desfalcado em três posições. Três foram às adaptações do técnico para manter o esquema. Gilberto Silva segue como zagueiro, levou um baile. Gabriel lateral direito de origem, jogou na lateral esquerda. Lúcio lateral esquerdo de origem atuou como winger na esquerda – é bem verdade que não joga de lateral faz tempo – fazendo dobradinha com Gabriel.

Tricolores no 4-2-3-1, diferencial para marcação gaucha.

O tricolor gaúcho começou e melhor e comendo pelas beiradas. Tocou a bola, procurou os espaços e marcou o tricolor carioca. Marquinhos e Lúcio marcavam os laterais do Flu (Carlinhos e Mariano) assim anulando a principal jogada do adversário. Gol do Grêmio saiu no erro de Diego Cavallieri, mas se alguém merecia o gol este seria o Grêmio.

Após o gol. Grêmio recuou a deixou o Fluminense chegar. Os gaúchos aproximaram suas linhas, porém para trás e perto do gol de Victor. O gol era questão de tempo. Em bola parada, Fred desviou e empatou tudo, parecia que o Flu tomaria as rédeas da partida.

O esperado não aconteceu. Novamente o Grêmio voltou a jogar bem. Trocando passes, laterais passando e sendo opção de passe, marcação encaixou. Volantes do Fluminense não encontraram Marquinhos, Lúcio e Douglas. Diguinho pouco marcava, Valencia ficou sobrecarregado.

Com três marcações individuais o Grêmio segurou os cariocas no primeiro tempo. Gilberto Silva em Fred (este o seguindo em todo campo), Marquinhos em Carlinhos e Lúcio em Mariano (marcação em ambos era da linha do meio campo para trás).

Sóbis foi quem comandou a variação tática. Partia da esquerda para o centro auxiliando Fred. Intuito de Abel era Marquinho e Sóbis infiltrarem e abrir corredor para os laterais.

Fluminense teve posse de bola em todo primeiro tempo, porém não conseguiu a transformar em superioridade. Deco e Marquinho estavam bem marcados. Dobradinhas pelos flancos, Mario e Marquinhos na direita, Gabriel e Lúcio na esquerda. Lado direito de ataque gaúcho foi mais forte.

Dois erros fecharam o primeiro tempo. Pênalti não marcado a favor do tricolor gaúcho. Falta inexistente em Lúcio botou o Grêmio em vantagem no final do primeiro tempo.

Segundo Tempo

Fluminense percebeu que a gauchada não estava para brincadeira. Parece que Abel deu um choque no time, botou os dedos no 220v, todos voltaram ligados. Este jogo seria a diferença entre brigar por vaga na Libertadores e brigar por titulo.

Deco finalmente entrou na partida. Lançamento primoroso para Fred – infelizmente novo erro de arbitragem, Fred estava em posição irregular, mas o lance seguiu – e o goleador guardou. 2x2 e tudo igual.

Com maior liberdade para o maestro Deco criar, o Fluminense passou a tomar conta da partida, desta vez atacando com organização. E, assim, o resultado não demorou a aparecer. Rafael Sóbis recebeu a bola fora da grande área, ajeitou e chutou forte. A bola entrou no canto direito do goleiro de Victor, aos 16 minutos, decretando a virada do Tricolor carioca.

Gol da virada carioca foi em contra-ataque. Para um time que joga fora de casa, é inaceitável levar gol de contra-ataque. Gilberto Silva foi driblado duas vezes e sacramentou sua saída da partida.

Substituição no tricolor. Gilberto Silva saiu para entrada de Saimon. Foi seis por meia dúzia, pois Gilberto e Saimon não virão à cor da bola. Ataque do Fluminense no segundo tempo atordoou a zaga tricolor. Marquinhos extenuado deu lugar a Leandro. Esquema se manteve no 4-2-3-1, porém mais incisivo pela direita.


Leandro que recém entrou na partida importunou a defesa carioca, sempre se movimentando e abrindo espaços.

Após gol da virada era esperado um Fluminense dominador e sem chances para o erro. Porém não foi bem assim, o Grêmio não se dava por vencido. O Flu ainda ajudou com um erro primordial - nunca atravessar uma bola em frente da área - resultado? O Grêmio alcançou a virada em dois minutos. Aos 29, Brandão empatou de cabeça. Aos 30, Adilson acertou lindo chute de fora da área e marcou o quarto. O tricolor gaúcho aproveitou os incríveis erros de passe e espaços deixados pelo Fluminense na marcação.

Sem tempo para respirar e aproveitar o gosto da virada. Pênalti claro para o Fluminense. Fred cobrou e marcou seu terceiro gol na partida. Com empate aos 33 minutos e jogando em casa a vitoria parecia perto, mas erros seriam inadmissíveis.

Abel mudou. Saíram Marquinho e Sóbis. Entraram Rafael Moura e Matheus Carvalho. Era tudo ou nada. Esquema passou do 4-2-3-1/4-2-2-2 para um 4-3-3 com triangulo de base baixa no meio. Matheus Carvalho jogou do lado esquerdo de ataque e voltando para compor o meio campo. Rafael Moura foi atacante mais próximo da área pela direita.

Para quem joga fora de casa. Faz quatro gols. É incompreensível levar cinco gols, ainda mais em contra-ataques. Erros de arbitragem? Sim! Mas a gangorra foi para ambos os lados. Esta partida explica um pouco o porquê do Grêmio estar na posição que está. Os autos e baixos em uma partida, não saber administrar uma vitoria e erros infantis.

Alterações surtiram efeito. Fred em uma “pucheta” sacramentou a vitoria incrível do Fluminense. 5x4 eletrizante.

Para manter a emoção até o fim da partida, o Grêmio - que perdeu Brandão, expulso - ainda acertou uma bola no travessão, com Douglas. Fred, em noite inspirada, esteve perto do seu quinto gol, mas também concluiu no poste.

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Dorival adota o 4-2-2-2


Vitoria simples do Inter no estádio Beira Rio. Era obrigação vencer, para ter chances de ingressar ao G-5. Escore magro, 1x0 jogando em casa, pouco publico, mas o importante é vencer a qualquer custo.

Dorival parece estar adotando o seu esquema favorito. 4-2-2-2 com dois atacantes e dois meias. Para uma primeira partida, sem entrosamento e com Tinga fora de função (Dorival já declarou que ele é meia) o resultado foi melhor que o futebol dentro das quatro linhas.

Novamente problemas defensivos ficaram a mostra. Laterais apoiaram muito, por vezes simultaneamente. Para acomodar Bolivar, Moledo passou para o lado esquerdo da defesa e não vem demonstrando mesmo rendimento. Os laterais Nei e Kléber, foram apáticos na partdia. Não tiveram a prestação que deles é esperada, ainda mais com dois homens na criação.

Principal setor de um time. Meio de campo. Ontem estava lento, talvez sofreu a variação do esquema – saiu do 4-2-3-1 e passou ao 4-2-2-2, um homem a menos no meio – até Oscar prestou serviços a marcação pelo lado esquerdo. Tudo passou pelos pés de D’Alessandro, foi o maestro de uma sinfonia de pouca cooperação. Intenção de Dorival era utilizar Oscar e D’Alessandro com seus pés invertidos – D’Alessandro canhoto jogou na direita, Oscar destro jogou na esquerda – facilitando a finalização por dentro e não congestionar os flancos, abrindo espaço para passagem dos laterais. A teoria seria perfeita, mas a pratica, sem comentários.

Oscar quando o Inter sem bola recuava fechando o lado esquerdo de defesa. D’Alessandro se mantinha a frente, importunava saída de bola do Bahia. Tinga não foi o motorzinho que dele é esperado, cansou e deve brigar na meia por posição, volante a idade pesou.

Finalmente um companheiro a Leandro Damião. Gilberto foi atacante de movimentação pelo lado direito, Damião ainda sem ritmo jogou ao centro e esquerda. Foi apenas a primeira partida em que ambos começaram juntos. Criticar é fácil, tudo ao seu tempo. No futebol vale aquela máxima, “O tempo urge e a Sapucaí é grande”.

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Damigol tentado, hora de vender?


Leandro Damião esta nos holofotes do futebol mundial.  É centroavante em extinção, goleador e a cada jogo que passe mostra seu valor. É jóia rara no Beira Rio. Ao mesmo tempo em que torcida e direção comemoram os gols, a preocupação se torna eminente, pois especulações sobre seu futuro aumentam, cifras astronômicas são apresentadas.

Jogos pela seleção e no Inter despertaram o interesse do mundo. Ao mesmo tempo em que marca gols seu valor no mercado sobe como um foguete. E pensar que um garoto sem formação de base e quase dispensado do Inter vem se tornando uma estrela do futebol, aliás, estrela solitária no ataque colorado.


Muitos clubes o querem como reforço para 2012. Surgiram na imprensa propostas de Juventus da Itália e Shakhtar da Ucrânia. Italianos teriam oferecido 20 milhões de euros (48 milhões de reais), já os Ucranianos foram mais audaciosos, dizem que as cifras passaram dos 46 milhões de euros (96 milhões de reais).

A política interna do Inter é vender um jogador por ano para manter as finanças equilibradas. Talvez Damião não precise ser a bola da vez, mas outro terá de sair. Para manter o “matador” em Porto Alegre o colorado vai procurar explorar a imagem do atleta. A agencia 9 nine de Ronaldo Fenômeno pretende fazer com Damião o mesmo que faz com Neymar, Anderson Silva, Falcão...

Parceria pode manter Damião no colorado
Estamos perto do fim do ano, mas as especulações já começaram. O fato é que Damião não quer ir para clubes escondidos da Europa. Se for para Europa terá de ser liga Italiana, Espanhola ou Inglesa. Só a um problema, a crise mundial vem afetando o futebol. Itália e Espanha estão quebradas e dificilmente farão propostas aceitáveis, Inglaterra não tem costume de contratar jogadores que não tenham passado vitorioso na Europa.

Resta ao Inter torcer para que nenhum “louco” banque sua multa rescisória. Neymar é um exemplo que os contratos de publicidade podem bancar um craque no Brasil e ainda se pagando bem. Mas convenhamos que 96 R$ milhões de reais mexem com a cabaça de qualquer dirigente.

Só um adendo. Clube de futebol não é banco. Torcedores querem titulo na estante e craques no gramado.

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Brasil hibrido no 4-3-2-1 e 4-2-3-1


Amistoso para fechar o ano de 2011 da seleção brasileira. Jogo contra o Egito no Qatar, se tratando de amistoso não se pode esperar muito. Para fechar com chave de ouro não era a seleção “principal”, muitos jogadores foram poupados. O que vale é o resultado não é? Um simples 2x0, mas nas estatísticas conta como mais uma vitoria para Mano.

Mano armou a seleção em dois sistemas para duas diferentes situações na partida. 4-3-2-1 quando a equipe esta sem bola e fazendo a transição para o ataque. 4-2-3-1 quando está atacando.

Linha defensiva com David Luiz e Thiago Silva de zagueiros, David Luiz foi o zagueiro do Chelsea, pois saiu muito para o jogo. Laterais neste jogo pouco apoiaram e sequer fizeram passagens ao ataque, isto se deve por Hernenes e Hulk ocuparem mesmo espaço nos flancos.

Quando defendendo a um tripé de volantes no meio com Lucas no primeiro vértice, Fernandinho na direita e Hernanes na esquerda. Quando a equipe esta com posse da bola Fernandinho alinha-se a Lucas, Hernanes faz passagem se alinhando com Bruno Cesar e Hulk.

Brasil se defendendo no 4-3-2-1. Lucas, Hernanes e Fernandinho. David Luiz saindo da area para dar o bote.

Bruno Cesar não cumpriu função de criação, foi mais um meia ofensiva com objetivo de finalizar e se aproximar de Jonas. Hulk foi winger na direita e lembrou o Hulk do Porto, sempre partia da direita para o centro, procurou o chute e drible em velocidade. Hernanes quando nesta segunda linha do meio jogou mais perto de Bruno Cesar e abria corredor para passagem de Alex Sandro, mas este pouco aparecia por ali.

Brasil se armando para 4-2-3-1. Hernanes conduzindo a bola e abrindo no flanco esquerdo, B.Cesar centralizado e Hulk na direita.

Jonas foi o único atacante. Não é homem de referencia e sim e movimentação e aproximação ao ataque. Confundiu marcação do Egito, pois nunca estava fixo dentro da área, por vezes saia para buscar o jogo no meio campo. Sempre se aproximou dos meias, caindo pelos flancos e abrindo espaço.

Algumas qualidades podem notar; Brasil jogando mais compacto e impondo o jogo no momento que aproximava o time, diminuía espaços e jogadores ficavam mais próximos sendo opções de passe. Porém nem tudo são flores;  Brasil atacava com sete jogadores, sem chances para o ataque do Egito. Brasil atacava com no Maximo cinco jogadores, normalmente quatro, o quinto jogador era Fernandinho que chegava para pegar o rebote ofensivo. Laterais infelizmente presos para marcar wingers do Egito. Como Hulk e Hernanes infiltravam o corredor se abria e era essencial a passagem de um lateral, mas estas situações foram raras.

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Caso Kléber, ainda existem valores no futebol?


Kléber em entrevista na rede Bandeirantes de televisão fez declarações que ainda existem bons e bonitos valores no futebol, o amor pela família, mas por outro lado detonou o ex-treinador Felipão.

- A proposta é muito boa. Realmente, o Grêmio mostrou muito interesse, só que algumas coisas pesam para mim. Como minha família, minhas filhas. Uma delas falou pra mim: de novo você vai embora de São Paulo, pai? Eu tenho uma estrutura aqui, eu gosto muito daqui, é minha cidade. O Grêmio é uma excelente equipe, muito grande. Então eu só preciso dar uma pensada mesmo. Fiquei muito feliz com o interesse do Grêmio - declarou.
 
Depois de algumas palavras em relação a seus filhos e pais podemos entender que nem tudo esta perdido. É aquele sentimento que toda mãe quer ao filho, de levar a família em primeiro lugar . A proposta do Grêmio é superior e dificilmente Kléber receberá mais, o que pesa é o entorno do atleta. Caso o Corinthians – clube de coração do atacante – faça proposta tentadora ao atleta e ao clube Palmeiras, não tenho duvidas que Kléber fica em São Paulo.

Nem tudo são flores. Kléber veio a Porto Alegre e foi em boate (casa de diversão), porém ele é casado e a casa que ele esteve presente é famosa por lindas mulheres, nesta casa Kléber gastou 11 mil reais. Para finalizar Kléber detonou Felipão em rede nacional:

- Ele sempre jogou a torcida contra os jogadores. Falou de solteiros contra casados, ele formou esse elenco. Aí ele dá uma declaração falando que depois de muito tempo nunca conseguiu arrumar o time? Ele citou que não tem culpa se pediu o Sheik e veio o (Ricardo) Bueno, na frente do cara, do garoto. A gente pensava, ele está louco de falar isso na frente do cara! - disparou Kleber, à TV Bandeirantes.

Kléber não se arrepende do que fez, quando bateu de frente com o técnico, e afirmou que ele desmoraliza o elenco.

- Você vai sentindo, o cara acabou, e isso eu falo: 80% do grupo não gosta do Felipão e 90% dos funcionários não se dão. Isso é a realidade – completou.

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Coluna de segunda, mas é de primeira


Perdendo como cordeiro

Inter e Grêmio não mandam mais no Beira Rio e Olimpico. Qualquer time vem a Porto Alegre e tira pelo menos um ponto da dupla. Acabou aquela historia que o estádio ruge, torcida faz a diferença – até faz, mas só em dois jogos? – É chumbo dentro e fora de casa, em 2012 espero que com time o respeito volte.

Gladiador resposta só quarta-feira

Kléber está dividido. De um lado, 500 mil de salário. Do outro, as filhas crescendo e querendo ficar em São Paulo. Com esta duvida ele pediu ao Presidente Paulo Odone um tempo para pensar, no máximo até quarta-feira.

O atacante diz que a família pesa na decisão:

- A proposta é boa. O Grêmio realmente demonstrou muito interesse. Algumas coisas pesam pra mim. Minhas filhas pesam para mim. Elas sabem que é o meu trabalho. Tenho uma estrutura em São Paulo, gosto muito da cidade. O Grêmio é um clube grande, com uma história maravilhosa. Só precisa dar uma pensada mesmo, mas é fiquei muito feliz com o interesse do Grêmio.

O Gladiador negou que tenha recebido uma proposta do Corinthians:

- Primeiro, porque o Corinthians nem pode fazer uma proposta, até porque nem chegou nada pra mim. Hoje o Corinthians é um dos clubes que tem mais dinheiro no Brasil, se quiserem comprar alguém, eles vão lá e compram. Não sei se tem tanto interesse assim. Com todo respeito ao sul, adoro o Grêmio, adorei a proposta, mas fiquei muito tempo fora e minhas filhas estão crescendo, sinto falta delas aqui.

Testes

O tricolor de Porto Alegre não tem mais nada para fazer neste campeonato. Agora é o momento de achar o time para 2012, alguns jovens como Saimon e Leandro. Definir se Gilberto Silva é zagueiro ou volante, o esquema será o 4-2-3-1? Miralles titular? Algumas questões que precisam estar definidas neste ano, pois em 2012 o bixo pega.

Preteou o olho da gateada

Restam quatro jogos e o Inter precisa de quatro vitorias para sonhar com uma vaga para a Libertadores. O problema maior é que o Inter não demonstra evolução do seu futebol, acomodar jogadores no meio campo não é sinônimo de vitoria, ter posse de bola também não. Leandro Damião volta e será preciso um companheiro. Preteou o olho da gateada, espero que não preteie o segundo.

Fonte da entrevista: http://www.conexaogrenal.com.br

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Análise tática Cruzeiro x Inter, fora da zona


Jogo importante para ambos os times. Cruzeiro precisando da vitoria para sair da zona. Inter ainda sonhando com vaga para Libertadores, porém a vitoria era imprescindível. A arena do jacaré era um caldeirão, 15 mil pessoas lotaram e incentivavam o time.

Cruzeiro de Vagner Mancini armado no 4-3-1-2. Linha defensiva com laterais apoiadores e com passagens à frente. Tripé de volantes no meio, Leandro Guerreiro na esquerda, Fabricio no primeiro vértice e Marquinhos Parana na direita, três jogadores polivalentes que podem fazer tanto primeira função do meio ou segunda. Roger foi o meia de criação e por ele passavam todas jogadas da equipe. Dupla de ataque com Wellington Paulista e Farias.

Dorival teve de reinventar o Inter no seu mesmo 4-2-3-1. Primeira linha com Fabrício no lugar de Kléber. Dois volantes alinhados, Elton no lugar de Guiñazu. Três homens no meio e por opção Tinga foi titular no lugar de Andrezinho, intuito era de dar maior consistência na marcação. Impossível repor e perda por Leandro “Gol” Damião, Gilberto bem que tentou, deu o seu máximo, mas compará-lo com Damião é impossível.


Jogo pegado e com primeiros momentos de times se estudando. Inter procurando manter a bola no chão e Cruzeiro na ligação direta. Estas opções de passe podem se explicar pela marcação dos times. Inter marcou o Cruzeiro, anularam Roger, laterais marcados pelos wingers e deixou os três volantes criarem. Cruzeiro tentou jogar, e deixou o Inter jogar.

Cruzeiro se aprumou na partida quando Roger voltava para armar e Wellington Paulista saia da marcação e caia pela direita. Em certos momentos o Cruzeiro parecia um 4-3-2-1, pois Wellington Paulista e Roger abriam nos flancos. Vitor e Diego Renan apoiavam simultaneamente, Vitor era mais solicitado e de maior qualidade.

Inter sem bola e quando atacado defendia com wingers pegando laterais adversários e Tinga como o “motorzinho” voltando para marcar. Bolatti e Elton variavam marcação em Elton. Com bola o Inter tinha o lado direto mais forte, Nei e D’Alessandro eram mais incisivos. Oscar dependia do apoio de Fabricio e isto pouco aconteceu. Tinga era um falso-9 que se aproximava de Gilberto. D’Alessandro e Oscar eram wingers de pés invertidos, D’Ale na direita e Oscar na esquerda para infiltrar e chutar.

Gol do Cruzeiro saiu dos pés de Wellington Paulista, jogador mais objetivo e de maior preocupação para o Inter. Na esquerda contra Nei e Bolivar, Wellington conseguiu cruzar e encontrar a cabeça de Farias, 1x0 Cruzeiro.

Segundo Tempo

Sem muito tempo para conversa. Elton foi expulso aos sete minutos. Tudo mudou, Inter precisando vencer e ainda com um a menos em campo. Esquema muda para o 4-2-2-2 com Tinga de volante ao lado de Bolatti.

Cruzeiro não conseguiu transformar vantagem numérica em chances de gols. Sofreu pressão do Inter e por pouco não levou o empate.

Substituições se deram aos 18 minutos. Por parte do Inter, saiu Bolatti e entrou Andrezinho, esquema se mantém com Andrezinho de segundo volante ao lado de Tinga. No Cruzeiro saiu Leandro Guerreiro extenuado e entrou Sandro Manoel, este passou a ser o primeiro volante, Fabrício jogou na esquerda e Marquinhos Paraná na direita.


Com substituições o Inter sempre buscou o gol. Andrezinho sempre caiu pela esquerda junto com D’Alessandro. Cruzeiro com Sandro Manoel em campo reforçou a marcação para garantir o resultado, o 1x0 estava de bom tamanho.

Tudo ou nada aos 26 minutos. Por parte do Inter saiu D’Alessandro e Gilberto, entraram João Paulo e Zé Roberto, esquema se manteve. Vagner Mancini assumiu que o 1x0 estava de bom tamanho, saiu Farias e Roger, entraram Ortigoza e Nado, no ataque tudo igual, agora apostando na velocidade, porém esquema mudou para o 3-5-2 com Naldo de libero e três volantes no meio (Marquinhos Parana na primeira função, Sandro Manoel na direita e Fabrício na esquerda).


Com mudanças o jogo ficou morno, Cruzeiro se defendeu e Inter tentou atacar. Vitoria para tirar pressão e depender só do próprio Cruzeiro para se livrar do Z-4. Inter abandona as fichas, terá de vencer 4 partidas de 4.

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Análise tática Grêmio x Palmeiras, Felipão queria fazer o crime


Neste domingo que passou em Porto Alegre aconteceu um dos maiores clássicos dos anos 90, na época Grêmio e Palmeiras disputavam títulos, hoje estão fora de qualquer disputa nacional e internacional. Dia ventoso estádio vazio e times pouco inspirados. Felipão bem que tentou, mas o empate em 2x2 ficou mais justo.

Celso Roth tentou “inovar” com Adilson jogando de winger na direita. Esquema se manteve até os 8 minutos no 4-2-3-1, mas Escudero sentiu lesão e teve de ser substituído e no seu lugar entrou Brandão. Esquema mudou para 4-3-1-2 com linha defensiva. Tripé de volantes com Fernando no primeiro vértice, Adilson na segunda linha pela direita e Rochemback na esquerda, no vértice mais adiantado Douglas era o cérebro do time. Finalmente dois atacantes, Brandão homem de referencia e Miralles de movimentação.

Palmeiras de Felipão atuando no convencional 4-2-3-1. Linha defensiva forte com Cicinho na direita. Dois volantes alinhados, Marcos Assunção sendo volante que apoiava mais. Segunda linha mais adiantada no meio com três homens, um incisivo (Luan), outro criativo (Patrik) e por final um misto de marcação e individualidade (Tinga). Um único centroavante que era Ricardo Bueno, tentou jogar, aparentemente  parece não entender e essência do futebol que é jogar de pé na grama e não deitado.


Jogada de primordial do Palmeiras para sair jogando: “Bola em Cicinho que avança e procura Marcos Assunção, daqui em diante teria duas opções, ou Tinga na direita para fazer dobradinha com Cicinho, ou Luan na esquerda com Patrik no auxilio”. Geralmente o flanco direito era mais forte e mais assistido.

Grêmio jogando em casa com “apoio” da torcida teria de se impor na partida, não foi bem assim. Principal arma do tricolor, os laterais, não apoiaram, não passavam da linha do meio campo. Isso tudo por receio dos wingers ( Luan na esquerda e Tinga na direita). Meio de campo ficou sobrecarregado. Jogada de pivô em Brandão era uma tentativa de válvula de escape, porém falta qualidade a Brandão.

Grêmio ataca com volantes, Adilson e Rochemback. Palmeiras quando com bola sempre procura Cicinho e Tinga na direita, Luan e Patrik na esquerda, Marcos Assunção ainda auxilia nos movimentos ofensivos. Gerley faz basculação para dentro, se alinhando com zagueiros. Marcio Araujo faz cobertura pelo lado direito.

Gol do Palmeiras só poderia sair de uma fora. Pelo lado direito e com bola alçada na área. Cicinho quem construiu a jogada, Tinga cruzou, Ricardo Bueno cabeceou, Victor salvou e no rebote Cicinho guardou.

Em desvantagem no placar o Grêmio teve de atacar e assim cedendo espaço para contra-ataque do Palmeiras. O tricolor precisou estar perdendo para finalmente agredir o Palmeiras. Linhas adiantadas e colocando o Palmeiras no seu campo, mas o time de Felipão tinha uma estratégia genial: Tinga e Luan recuavam para marcar laterais do tricolor. Saída de bola do tricolor ficava prejudicada, pois o primeiro passe era do trio Fernando, Gilberto Silva e Rafael Marques.

Segundo Tempo

Celso Juarez Roth não queria perder o jogo. Logo no intervalo mudou a equipe - terceiro esquema na partida – Leandro entrou no lugar de Adilson. 4-3-3 de oficio, triâgulo de base baixa no meio, no ataque com Miralles e Leandro caindo pelos lados.

Palmeiras mexeu seis por meia dúzia. Saiu Ricardo Bueno e entrou Fernandão, perde de qualidade para um jogador trombador e de bola aérea.


Grêmio melhorou com entrada de Leandro, este que invertia de lado com Miralles confundindo ainda mais a marcação do Palmeiras. Leandro é quase um ponta que joga colado na linha lateral e volta para buscar o jogo. Miralles é atacante que ronda a área e chuta de longa distancia.

Tricolor continuou cedendo espaço aos contra-ataques do Palmeiras, porém o gol dos paulistas saiu de forma previsível. Marcos Assunção fazendo gol de falta, falta da entrada da área? Com Marcos Assunção batendo? Duvida de gol? Claro que não é bucha na certa.

Para romper o meio de campo do Palmeiras apenas com jogada individual. Leandro partiu do meio campo, driblou três jogadores e serviu Brandão. Novamente em jogada individual, Mario Fernandes driblou três jogadores do Palmeiras e cruzou, no rebote Fernando acertou um belo chute, de fora da área e com todo efeito possível.

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