Caiu por terra o 4-4-2 ortodoxo do Liverpool. O atual
treinador Brendan Rodgers assumiu o cargo e logo implantou uma nova filosofia
ao time inglês. O inacreditável aconteceu, o Liverpool saiu do 4-4-2
tipicamente britânico que, por anos, décadas, se sustentou e deu lugar ao 4-3-3
de Rodgers.
Confesso que algumas características nos lembram do Barcelona por suas
ideologias. Não estou afirmando que dentro das quatro linhas a execução é
semelhante, apenas a ideia pré-estipulada é congênere. Duas características
marcantes entre Barcelona e Rodgers: Marcação agressiva logo que a bola é
perdida, geralmente no campo do adversário; posse de bola no campo de ataque.
A discrepância entre filosofia de treinador e histórico do
clube é imensurável. O embate de ideologias é ferrenho. O antes estilo
objetivo, passes diretos e transição veloz, deu lugar a um Liverpool fora de padrões,
digamos, ingleses. Rodgers logo imprimiu seu estilo aos Reds: time que marca a
saída de bola adversária, troca passes e aposta no ataque em bloco para iniciar
jogadas. Mas, ao adotar o estilo de ataque posicional, o Liverpool deixa a
desejar na velocidade da transição ofensiva e objetividade quando no
posicionamento ofensivo.
Em especial, nesta quinta-feira, Rodgers manteve o 4-3-3,
porém, com uma pequena mudança em relação aos demais jogos. O meio campo passou
de base alta para base baixa. O tripé de meio campo foi formado por: Allen e
Henderson na “volancia” e Shelvey de meia central.
Posicionamento ofensivo dos Reds é de maneira posicional situado no 4-3-3 com triangulo de base baixa. Além
de longa, a fase da construção é também muito elaborada. O ataque é
feito em bloco homogêneo e compacto. A complexidade da construção do
processo ofensivo deve-se à participação de muitos jogadores e à execução dum
grande número de ações técnico-táticas.
Compactação ofensiva, como citei acima, bloco homogêneo, presente no campo do adversário com jogadores distribuídos e ocupando os espaços do campo de maneira inteligente e com funções claras. Ou seja: pontas de pés trocados abrindo corredor para passagem do lateral; meia central, Shelvey, participando das construções de jogadas e, quando bola caía pelos flancos, adentrava na área para fazer presença ofensiva; dupla de “volantes” participaram exaustivamente da fase de organização em zona próxima ao meio campo e, sem bola, mantinham posicionamento para pegar rebote ofensivo e fazer a bola girar quando um lado ficava congestionado, o famoso balanço defensivo pelo chão; o centroavante Borini, tinha intensa movimentação e troca de posição com Assaidi, mesmo não sendo um avante de imposição, tanto Borini, quanto Assaidi, mantinham-se dentro da grande área.
Compactação ofensiva, como citei acima, bloco homogêneo, presente no campo do adversário com jogadores distribuídos e ocupando os espaços do campo de maneira inteligente e com funções claras. Ou seja: pontas de pés trocados abrindo corredor para passagem do lateral; meia central, Shelvey, participando das construções de jogadas e, quando bola caía pelos flancos, adentrava na área para fazer presença ofensiva; dupla de “volantes” participaram exaustivamente da fase de organização em zona próxima ao meio campo e, sem bola, mantinham posicionamento para pegar rebote ofensivo e fazer a bola girar quando um lado ficava congestionado, o famoso balanço defensivo pelo chão; o centroavante Borini, tinha intensa movimentação e troca de posição com Assaidi, mesmo não sendo um avante de imposição, tanto Borini, quanto Assaidi, mantinham-se dentro da grande área.
Flagrante tático. Liverpool postado ofensivamente no 4-3-3 com triangulo de base alta. Notem que, NOVE jogadores estão no campo de ataque. |
Este posicionamento ofensivo tinha como principal característica
o endeusamento da posse de bola. A equipe do Liverpool organiza o jogo de uma
maneira que transita a bola por todos os setores do campo para achar brechas.
Primordialmente a equipe tenta explorar o flanco com os pontas e/ou laterais.
Chamou-me atenção o trilho formado por Dowining e Assaidi pelos flancos, ambos estavam presos ao lado do campo e tão somente ali. De pés trocados, os pontas tinham como intuito diagonais ao centro. Na pratica, uma bela ilusão.
A intensa movimentação, essencial no futebol moderno, ficou por conta do triangulo de base baixa do meio campo. Henderson comandou as inversões entre meio campo baixo ou alto, sua movimentação a frente ou recuando fornecia uma nova linha de passe. Porém, pontas estáticos freavam qualquer ímpeto e passe em profundidade, bem verdade, muito pela valorização da posse de bola e temor de perde-la ao arriscar.
Chamou-me atenção o trilho formado por Dowining e Assaidi pelos flancos, ambos estavam presos ao lado do campo e tão somente ali. De pés trocados, os pontas tinham como intuito diagonais ao centro. Na pratica, uma bela ilusão.
A intensa movimentação, essencial no futebol moderno, ficou por conta do triangulo de base baixa do meio campo. Henderson comandou as inversões entre meio campo baixo ou alto, sua movimentação a frente ou recuando fornecia uma nova linha de passe. Porém, pontas estáticos freavam qualquer ímpeto e passe em profundidade, bem verdade, muito pela valorização da posse de bola e temor de perde-la ao arriscar.
Transição ofensiva, semelhante ao posicionamento ofensivo.
Privilegiando a posse de bola. Faço das palavras do comentarista do Esporte
Interativo, Rafael Oliveira: “Melhor defesa é você ficar com a bola”.
Acredito que esta é a filosofia de Brendan Rodgers. A transição é lenta. O primeiro passe sempre de segurança e privilegiando que companheiros assumam suas devidas posições para posicionamento ofensivo.
Naturalmente o passe é curto e sempre rolando no relvado. Dificilmente há ligações diretas.
Por transição ser lenta, um aspecto objetivo deve ser notificado: o time avança como um só bloco, não há vazios entre setores, isto em virtude de criar superioridade numérica em zonas do campo.
Acredito que esta é a filosofia de Brendan Rodgers. A transição é lenta. O primeiro passe sempre de segurança e privilegiando que companheiros assumam suas devidas posições para posicionamento ofensivo.
Naturalmente o passe é curto e sempre rolando no relvado. Dificilmente há ligações diretas.
Por transição ser lenta, um aspecto objetivo deve ser notificado: o time avança como um só bloco, não há vazios entre setores, isto em virtude de criar superioridade numérica em zonas do campo.
Notei algo no estilo do atual Liverpool. Digamos que,
Brendan Rodgers é um menino levado, pois, sempre aplica suas ideologias a seu
grupo independendo das características do mesmo. Não que o Liverpool não possa
marcar a frente, longe disto. Ou que não possa ter um ataque posicional que
privilegia a posse de bola, não me compreenda mal. Mas, com o grupo que tem em mãos,
não compreendi o fato de valorizar a posse de bola e ser dependente de apenas
dois jogadores: Sahin e Gerrard. Apenas ambos desempenham transição com
qualidade, ficam sobrecarregados. No ataque, tudo depende de Suarez, ora atuando
como falso-9, ora ponta.
Transição defensiva, novamente, à la Barcelona. Marcando a
frente e induzindo o adversário ao erro, geralmente, com duas opções: induz o adversário
a quebrar a bola e, consequentemente esta quebra ser um balão a frente sem
direção; ou, o adversário ser desarmado, preferencialmente, próximo a meta.
O pressing exercido é organizado e dependente da zona em que a bola se encontre. Não há perseguições. A voracidade assusta o adversário e, caso o mesmo não tenha qualidade, o força a recuar, se assim acontecer continuamente, chegara ao goleiro que, naturalmente, terá de quebrar a bola.
O estilo de marcação “agressivo” é facilmente explicado. Intimamente ligado à fase ofensiva. Se o Liverpool ataca em bloco e tem presença ofensiva de, no mínimo, seis jogadores, nada mais natural que estes mesmos, ao perder posse de bola, a ataquem para logo recuperar, pois, estão longe de suas respectivas posições defensivas e dar as costas para bola é no mínimo temerário. Portanto, para impedir avanço da bola, a pressão sobre o adversário é exercida.
O pressing exercido é organizado e dependente da zona em que a bola se encontre. Não há perseguições. A voracidade assusta o adversário e, caso o mesmo não tenha qualidade, o força a recuar, se assim acontecer continuamente, chegara ao goleiro que, naturalmente, terá de quebrar a bola.
O estilo de marcação “agressivo” é facilmente explicado. Intimamente ligado à fase ofensiva. Se o Liverpool ataca em bloco e tem presença ofensiva de, no mínimo, seis jogadores, nada mais natural que estes mesmos, ao perder posse de bola, a ataquem para logo recuperar, pois, estão longe de suas respectivas posições defensivas e dar as costas para bola é no mínimo temerário. Portanto, para impedir avanço da bola, a pressão sobre o adversário é exercida.
Posicionamento defensivo. Caso o adversário consiga passar a
“blitz” exercida, os ânimos se acalmam e os Reds assumem uma posição, digamos,
cautelosa. A marcação agressiva segue, quase que individual por setor, pois,
quando um jogador adentra em uma zona, o marcador logo aproxima para não deixa-lo
evoluir.
O posicionamento antes adiantado, passar a ser intermediário e em relação à bola. Tipicamente característico da marcação a zona, impedindo o avanço da bola independendo do jogador adversário Se, ofensivamente tínhamos um 4-3-3, defensivamente o 4-4-1-1 toma forma. A compreensão deste esquema é de forma natural: linha defensiva intacta; “volantes” frente a zaga; a grande alteração é o comportamento dos pontas, tanto Dowining pela direita quanto Assaidi/Borini pela esquerda, recompõem com afinco e alinham-se aos “volantes” formando uma segunda linha; Shelvey fica a frente dos volantes.
Fiquei embasbacado pela aplicação tática de Dowining. O inglês cumpriu a risca suas tarefas táticas. Ofensivamente compareceu a frente, bem verdade que, apenas marcou trilho pelo lado direito. Defensivamente cumpriu a rigor as obrigações de um nato winger inglês, se necessário, acompanhar o adversário ate a linha de fundo.
O posicionamento antes adiantado, passar a ser intermediário e em relação à bola. Tipicamente característico da marcação a zona, impedindo o avanço da bola independendo do jogador adversário Se, ofensivamente tínhamos um 4-3-3, defensivamente o 4-4-1-1 toma forma. A compreensão deste esquema é de forma natural: linha defensiva intacta; “volantes” frente a zaga; a grande alteração é o comportamento dos pontas, tanto Dowining pela direita quanto Assaidi/Borini pela esquerda, recompõem com afinco e alinham-se aos “volantes” formando uma segunda linha; Shelvey fica a frente dos volantes.
Fiquei embasbacado pela aplicação tática de Dowining. O inglês cumpriu a risca suas tarefas táticas. Ofensivamente compareceu a frente, bem verdade que, apenas marcou trilho pelo lado direito. Defensivamente cumpriu a rigor as obrigações de um nato winger inglês, se necessário, acompanhar o adversário ate a linha de fundo.
Flagrante tático. Liverpool postado defensivamente no 4-4-1-1 com time compactado e linhas próximas. |
Este é o Liverpool de Brendan Rodgers. Nos causa estranheza
por um inglês, me refiro ao clube, priorizar tanto a posse de bola. Infelizmente, ainda rudimentar e
engatinhando para o 4-3-3 complexo e futurístico dos catalães.
Nada mais natural, pois os espanhóis aplicam tal filosofia há décadas.
A pouca objetividade cansa, a troca de passes é intensa e, por vezes, sem qualidade ou ímpeto algum. O ataque posicional, espraiando jogadores pelo campo é interessante, mas a obviedade dos ataques torna-se um agravante.
Rodgers iniciou uma nova era no Liverpool. Ainda é cedo e, como diria Wianey Carlet: “Só o tempo dirá”.
A pouca objetividade cansa, a troca de passes é intensa e, por vezes, sem qualidade ou ímpeto algum. O ataque posicional, espraiando jogadores pelo campo é interessante, mas a obviedade dos ataques torna-se um agravante.
Rodgers iniciou uma nova era no Liverpool. Ainda é cedo e, como diria Wianey Carlet: “Só o tempo dirá”.