Como Alex pode jogar no Brasil


Em litígio com o Fenerbahce, clube que defendeu durante por 8 temporadas, Alex rescindiu contrato com o clube turco nessa segunda feira. A notícia pegou muitos de surpresa, já que semana passada Alex ganhou uma estátua em sua homenagem, sendo um dos maiores ídolos da torcida.
A notícia animou dirigentes e torcedores no Brasil. Torcedor coxa-branca confesso, Alex é tido como ídolo no Palmeiras, onde conquistou a Libertadores-99, e no Cruzeiro, onde ganhou tudo na inesquecível temporada 2003. Além desses 3 clubes, o Grêmio aparece como forte candidato para a volta de Alex, já que Vanderlei Luxemburgo gosta do jogador e mantém relação de amizade. O Santos também é outro interessado.
Aos 35 anos, Alex seria mais um dos craques “coroas” que jogam em território brasileiro – Juninho Pernambucano, Zé Roberto, Seedorf e Marcos Assunção estão na lista e atualmente são destaques em seus times. Com essa idade, a volta de Alex no Brasil primeiro passaria por uma adaptação ao futebol brasileiro e por esquemas que privilegiem seu futebol: cerebral, Alex é um meia de criação típico, um “camisa 10″: excelente passe e visão de jogo. Bom finalizador, Alex não costuma voltar para ajudar na marcação e frequentemente aparece na área para arrematar.
No Palmeiras, a saída de Felipão, com quem Alex não mantinha boa relação por ter ficado de fora da Copa de 2002, abriu caminho para a volta do meia. Gilson Kleina poderia montar um 4-3-2-1 com Valdívia e Alex dividindo a criação, com o chileno acionando Alex no ataque para concluir, como ele gosta. Artur contido para liberar Juninho e o meio trancado com Henrique e Assunção liberando os dois meias e acionando a velocidade de Wesley.
No Coritiba, Alex pode chegar para dar profundidade ao time e acompanhar Deivid no ataque. Usando os dois meias extremos rápidos e incisivos, Rafinha e Éverton Ribeiro, o Coxa pode repetir a dinâmica do Galo do primeiro turno e montar um 4-2-3-1 que se transforma em 4-4-2 sem a bola, com Alex perto do gol e referência para lançamentos.
No Cruzeiro, Celso Roth pode repetir o Internacional campeão da Libertadores em 2010: Leandro Guerreiro plantado à frente da zaga, marcação adiantada, troca de passes com os meias qualificados e forte lado esquerdo com Montillo, além da presença de Martinuccio como o meia mais incisivo, como foi Taison no Colorado.
No Grêmio, Luxemburgo poderia surpreender e montar um ultra-ofensivo 4-3-1-2 predileto do treinador com Alex armando e se juntando ao ataque, Zé Roberto pela esquerda e Elano pela direita marcando e jogando e intensa movimentação de Kléber. A lentidão natural da equipe seria compensada com marcação adiantada e muita movimentação aproveitando os passes de Alex.
Com futuro ainda indefinido, Alex pode jogar em alto nível em qualquer time brasileiro. Seu futuro depende dos momentos dos clubes – Palmeiras e Coritiba estão ameaçados de rebaixamento – e da escolha do próprio jogador.

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