Lesões fazem Luxa adotar 4-3-3

Após utilizar o 3-5-2 em Minas para enfrentar o Ipatinga. Deve-se ressaltar que Vanderlei descaracterizou por completo o time frente ao Ipatinga. Passo a utilizar três zagueiros, três volantes, sem um homem de criação e dois atacantes. Para enfrentar o Caxias, Luxa novamente mexeu. 4-3-3 com triangulo de base alta no meio, laterais soltos e novamente sem homem de criação.

As lesões de Marcelo Moreno, Kléber, Marco Antonio e Gilberto Silva descaracterizaram o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo. Claramente o treinador prefere o 4-4-2 losango, mas com Marquinhos, única opção para função de criação, o time seria extremamente lento.

Neste esquema o tricolor teve lampejos de um bom time. Respeitando o 4-3-3, o Grêmio jogou sempre em velocidade, partindo pelos flancos e abusando de jogadas individuais. O tripé de volantes ofereceu boa guarnição aos zagueiros e ainda liberou os laterais para passagem. Miralles, atacante pelo lado esquerdo, infiltrava e abria corredor para Julio Cesar. Bertoglio, atacante pela esquerda, infiltrava e abria corredor para Gabriel. Quando os laterais cruzavam sempre encontravam o centroavante André Lima e os dois ponteiros. Os dois volantes mais “soltos”, Léo Gago e Souza se posicionavam no campo do adversário para pegar o rebote ofensivo.

Flagrante tático. Tripé de volantes e tridente de atacantes.

Quando Luxemburgo utilizou o 4-3-3 o fazia de outra maneira quando o time estava sem bola. Desta vez ninguém recuou para compor meio campo. O tridente ofensivo se postava no campo ofensivo, não fazia pressão, sequer cercava, apenas ocupava o espaço. Mas é bom ressaltar que os ponteiros causavam desconforto no lateral adversário.

O time sabia dar o “time” de quando acelerar ou pausar o jogo. Por muitas vezes se viu o Grêmio trocando passes em seu campo e esperando para uma brecha para atacar. Este “time” carecia de um bom passador e homem de criação, pois diversos momentos foram criados, mas mal aproveitados. Outra questão foi o erro de passes de Souza, tentava a ligação direta para os homens de ataque e geralmente entregava de graça a bola.

O jogo partia em velocidade imposta pelos laterais e pontas. Criação descentralizada pelo fato de não ter alguém na organização e/ou criação. O tripé de volantes oferecia subsídio aos laterais. Para a bola chegar ao ataque pelo meio campo eram sempre por ligação direta, passes verticais.

Flagrante tático. Três atacantes e Gabriel no apoio.

O primeiro passe sempre foi de Fernando, volante frente aos zagueiros, só então a bola com o volante encontrava seu caminho aos flancos. A pouca movimentação tornou o time previsível e pouco envolvente, os atacantes esperavam a bola, não se movimentavam para abrir espaço. Andre Lima, pouco acionado, dependeu de jogadas aéreas e um único passe em profundidade que resultou em seu gol.

Defendendo o tricolor não passou por maiores problemas. Transição defensiva com tripé de volantes auxiliando laterais na marcação e Fernando como um poste frente aos zagueiros. Posicionamento defensivo efetivo foi com sete jogadores no campo defensivo. Mesmo com menos homens no setor de meio campo, o Grêmio dominou esta faixa do campo e por ali ditou o ritmo do jogo.

Flagrante tático. Grêmio defendendo com sete jogadores no seu campo defensivo.


This entry was posted in . Bookmark the permalink.

Leave a Reply

Compartilhar