Juventude no 4-3-1-2, vitoria com “v” minúsculo.

O Juventude recebeu nesta noite de quinta-feira o Avenida. Vitória magra por 1x0 não convenceu a torcedores, creio que o treinador também, mas era necessário vencer de qualquer maneira. Jogando no Alfredo Jaconi todos esperavam – ou só a minha pessoa? – que o Juventude tomasse as rédeas da partida e envolvesse o adversário, mas o jogo não foi bem assim.

O jogo morno explica-se muito pela atitude de Picoli – treinador do Juventude – que parecia estar receoso a buscar o jogo. A equipe de Caxias vinha de duas derrotas, e contra o Avenida era obrigação vencer a qualquer custo.

Esquema adotado por Picoli foi o 4-3-1-2, poucas passagens e dependência da triangulação entre Athos-Belusso-Zulu. Historicamente um sistema defensivo, mas que pode se tornar ofensivo com presença dos laterais, não foi este o caso.


O time com bola deixa a desejar: Linha de quatro defensores, laterais que pouco passaram da linha do meio campo; tripé de volantes - Deoclécio volante que atuou frente a zaga, Jardel mais preso a direita e Nem volante com maior liberdade a esquerda; Athos foi o enganche frente a linha de volantes, organizava os movimentos ofensivos, mas a partir de uma posição muito avançada, era quem se aproximava aos atacantes; um atacante de movimentação - Belusso pela esquerda, fazia infiltração para o centro – e um centroavante – Zulu jogando de pivô, sai da área para buscar o jogo.

Transição ofensiva com bola ao chão e passes curtos logo procurando o ataque. Athos organizando o setor ofensivo e avançando entre os atacantes. Presença ofensiva era quase nula, no máximo quatro homens – um volante (Nem), mas que não entrava na área; o enganche (Athos); os dois atacantes (Belusso e Zulu) – os demais volantes jogavam adiantados, mas não traziam consigo a linha de defesa – dois zagueiros (Bruno Salvador e Ricardo Pereira); dois laterais (Alan e Rafael Mineiro) – assim um buraco entre meio e ataque era claro e evidente.

Quando a posse de bola era perdida, a recomposição sofria com bola longa as suas costas. O posicionamento defensivo efetivo era com sete a oito jogadores – primeira linha defensiva com zagueiros e laterais; recuo do tripé de volantes frente à zaga; atacante de movimentação fechando o corredor esquerdo – formando o 4-3-2-1. A equipe basculava no sentido que a bola estava.

Recuperada a posse de bola o tripé de volantes se adiantava, Belusso avançava no corredor esquerdo e formava dupla de ataque com Zulu. Jogadores sempre procuravam Athos para organizar a equipe e chamar quem vinha de trás, mas a insistência de laterais presos se mantinha. Preferencialmente os ataques se dava na esquerda com Nem e Belusso.

Juventude deixou a desejar. Ofensivamente o time dependeu do tripé ofensivo – Athos, Belusso e Zulu. Volante e laterais pouco se apresentavam para o jogo, e quando avançavam não procuravam a área – volantes – e a linha de fundo – laterais.

A vitória não poderia sair de outra maneira a não ser na bola aérea. Em cobrança de escanteio, Rafael Pereira subiu mais alto que todos e cabeceou no canto direito do goleiro.

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