Caso Adriano - Importância da família, até no futebol

Não é de hoje que a família se tornou um dos pilares de sustentação de jogadores de futebol. Existem os dois lados da moeda. Pode ser o pai ou mãe que auxilia o filho nos momentos mais difíceis, ou, os familiares mais longínquos que possuem interesses secundários, visam apenas às cifras do futebol.

Nesta segunda-feira, Adriano e Corinthians entraram em comum acordo para enfim romper os laços de sua união. Alias, badalada e com muitos contras para Adriano. As más línguas falam que apenas em 2012, o Imperador já teria se ausentado de treinos três vezes pelo fato de sua mãe estar de aniversario. Falta criatividade para Adriano até nas desculpas.

Adriano parece ser uma fábrica de polêmicas e confusões. Passou por motos doadas a traficantes, tirou no pé, possivel "enrabada" em clubes, bebidas, barraco envolvendo mulheres... Enfim, a lista é longa.

O império começou a ruir em 2004 a partir da morte de seu pai, Almir Leite Ribeiro, aos 40 anos. Em de 2006, Adriano ficou quase aquele ano inteiro sem marcar um gol pela Inter e, depois da Copa do Mundo de 2006, foi duramente criticado pela imprensa, irritada com a péssima campanha da seleção naquela Copa. No ano seguinte, sequer foi inscrito na UEFA Champions League 2007-08.

A morte do pai abalou forte Adriano. Creio que o imperador não soube escolher o melhor ombro amigo para afagar suas lagrimas. Com visitas seguidas aos Morros do Rio de Janeiro, Adriano, começava a ser questionado se estaria financiando o trafico de drogas. O atacante desmentiu tudo, mas suas seguidas “visitas” intrigavam a todos.

Para sair desta maré de azar, Adriano, foi cedido por empréstimo ao São Paulo. O imperador parecia ter entrado nos trilhos.

Infelizmente a passagem pelo tricolor paulista foi curta. Voltando a Inter a depressão se instalou, Milão não tinha mais o charme para Adriano e a saudade da Vila Cruzeiro - onde nasceu Adriano – era maior que seu desejo de jogar futebol. Em abril de 2009, Adriano simplesmente abandonou os treinamentos da Internazionale e retornou sem autorização ao Brasil. Foram dias de sumiço e especulações até de sua morte, um delegado, porém, desmentiu a notícia.

Após o sumiço, ele e seu empresário marcaram uma coletiva de imprensa. Em 9 de abril de 2009, durante a coletiva, Adriano declarou que pretendia parar de jogar por um tempo indeterminado, que poderia durar até três meses, pois perdeu a alegria de jogar futebol.

Por incrível que pareça este desanimo durou apenas três semanas. Adriano acertou com o Flamengo, clube do seu coração e, auxiliou a equipe na conquista do campeonato brasileiro. Titulo este que custou caro, pois Adriano jogava, mas tinha total liberdade de fazer o que bem quisesse. Neste período ficou famoso por chegar atrasado a treinos ou simplesmente não chegar.
 
O pesadelo começou em 2010. Possível envolvimento com traficantes, má fase no Flamengo, transferência para Roma e, acabando por cair de pára-quedas no Corinthians.

Deve-se ressaltar que Adriano foi eleito por três vezes o pior jogador do ano na Itália.

O problema com álcool é outro agravante na ficha do jogador. O Imperador ainda não encontrou o fundo da garrafa, mas vem procurando desde 2006.

Esta claro que Adriano era dependente de um forte elo na família. Seu pai. Talvez sem perceber, Adriano foi se aproximando de pessoas que queriam não o seu bem, mas o bem para elas. A falta de treinos, vergonha na Roma, desculpas sem o menor nexo não se encaixam no futebol.

O futuro clube de Adriano terá de trabalhar não somente o atleta, mais do que isso, o homem Adriano. Parece ser uma criança mimada, tudo que pede é atendido, os clubes vêm pagando caro por isso.

Para o bem do futebol e do próprio “atleta”, acredito que a aposentadoria deve chegar mais cedo. Aparentemente até sua mãe não sabe lidar com o filho, declarações passadas foram infelizes e não auxiliaram em nada o jogador.

A família é uma bussola que norteia os caminhos a serem seguidos. Acredito que Adriano nomeou as pessoas erradas para “substituir” a sombra que seu pai deixou. O transatlântico Imperador afundou e para resgatá-lo nas profundezas do mar é tarefa difícil para não dizer impossível.

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