Archive for abril 2014

Rapidinha: Grêmio na Libertadores

Você, católico, imagine enfrentar o time do homem mais próximo de Deus na terra. Papa Francisco é torcedor declarado do San Lorenzo, e coube ao Grêmio essa ingrata função. Soma-se a isso a torcida apaixonada do San Lorenzo e a qualidade do time. Tarefa difícil para o tricolor.

No plano tático, Enderson abandonou o 4-4-2 em duas linhas e voltou a aderir ao 4-1-4-1. Zé Roberto, de versatilidade ímpar, propiciou a mudança de esquema. Se contra o Atlético-PR o camisa dez atuou como meia-atacante, na noite de quarta-feira compôs o meio campo ao lado de Ramiro e a frente de Edinho (formando uma espécie de triângulo de base alta). Pelas beiradas do campo Dudu e Riveros compunham o restante do meio campo. Na teoria, Zé deveria articular a saída de bola tricolor com cadencia e qualidade no passe; na pratica, a marcação argentina não deixou o Grêmio respirar e Dudu foi o desafogo para articular as tramas ofensivas.

Tricolor postado no 4-1-4-1 com Dudu mais agudo e buscando mais o jogo.

- Léo Gago

Diz o ditado popular: “Jogar com um jogador improvisado é como dizer: Voa ovelha, mas a ovelha não vai voar”.
E no que se encaixa esse ditado? Improvisar jogadores (o improviso se agrava quando o improvisado não detém qualidade na sua posição de origem, quiçá fora dela).

Devido à ausência de Wendell, lesionado, restou a Enderson Moreira duas opções: improvisar Léo Gago na lateral, ou escalar o jovem Breno, de atuação irregular contra o Atlético-PR; Enderson optou pelo experiente Léo Gago.
Experiência esta que não entrou em campo. Volante de origem, Léo Gago apresentou grande dificuldade de se habituar a lateral esquerda.
Talvez falta-lhe o cacoete de jogar rente a linha, saber onde e como se posicionar, ler o jogo e saber dosar incursões no campo adversário ou manter-se ao lado dos zagueiros. Uma série de detalhes que, caso os dominasse, certamente seria lateral.

Por sua vez, o San Lorenzo soube explorar a fragilidade de Léo Gago. Esquematizado no 4-4-2, com dois pontas espetados, o time argentino insistia pelas jogadas de flanco, e pelo lado direito (esquerdo de defesa) Villalba importunava Léo Gago. E, tamanha insistência, resultou no único gol da partida. Descuido de Léo Gago ao recompor linha defensiva desorganizou a defesa tricolor (que teve de bascular: Geromel teve de sair do miolo central para cobrir Gago, Werley deslocou-se para ocupar o espaço deixado por Geromel, e, por fim, Pará cobrindo Werley). O efeito dominó atrasado em décimos de segundo, o suficiente para sair o gol do San Lorenzo.
Mapa de calor da posse de bola do San Lorenzo. O mapa é nítido e cristalino: A equipe argentina explorou e martelou as costas do frágil Léo Gago. 


- Geromel

Contratado sob grande expectativa, Geromel se tornou um grande ponto de interrogação. Não sabia-se do porque não ser aproveitado, apesar do baixo nível técnico de Werley, permanecia uma incógnita, até a lesão de Rhodolfo. O jogo contra o Atlético-PR serviu como teste para saber quem substituiria Rhodolfo. No páreo pela quarta zaga deu Geromel, com sobras.

Sem Rhodolfo e Wendell o lado esquerdo defensivo estava fragilizado. E após o apito inicial as coisas pioraram. Como citado no tópico anterior, Léo Gago não se habitou a lateral esquerda. E coube a Geromel cobrir o espaço deixado pelo lateral. O zagueiro foi seguro defensivamente e compensou a fragilidade de Léo Gago.

Rhodolfo deve parar por três semanas, sem dúvida alguma seu substituto é Pedro Geromel. 

Mapa de calor apresenta as áreas por onde Geromel mais circulou. Em vermelho a área onde o zagueiro marcou presença constantemente, reparem o quanto Geromel esteve no lado esquerdo de defesa, cobrindo eventuais subidas de Léo Gago e bolas as suas costas.

- Setor ofensivo

Não seria exagero algum se esse tópico não tivesse palavra alguma. Durante boa parte do primeiro tempo o “abafa” do San Lorenzo anulou o Grêmio. Era o tricolor tomar posse da bola e logo devolve-la ao time argentino por meio do chutão. A ausência de lucidez na transição resultou na ligação direta como primeira opção para “construir” (leia-se livrar-se da bola). Era um bate-volta constante, beneficiando o time do San Lorenzo que, jogando em casa, tinha de atacar.

O desafogo surgiu com Dudu pelo lado esquerdo do campo imprimindo velocidade e mergulhando no campo adversário com verticalidade, o meia utilizava-se da vitoria pessoal para desarrumar a marcação adversária e assim levar o Grêmio para o campo de ataque. Eis a tônica do jogo explorado pelo Grêmio: Dudu como válvula de escape.

Ressalta-se que Zé Roberto enfim assumiu o papel que lhe cabia, ou seja, auxiliar na saída de bola e brecar as constantes rifadas de bola.  Além do auxilio na organização das jogadas, Zé começou a aparecer na frente, aliado a Ramiro, e juntos brigavam pela segunda bola no campo de ataque, ação inexistente nos momentos de abafa da equipe argentina.

Após o gol do San Lorenzo, Enderson mudou. Porém, a lapso criativo teimou em continuar. O Grêmio simplesmente não criava. Torrico não sujou as luvas. O clube gaucho movimentava a energia de uma usina nuclear para acender um palito de fósforo.  

Ainda restam 90 minutos. A presença do torcedor será de suma importância, porém, o futebol demonstrado dentro de campo será determinante. Em uma semana Enderson precisa arrumar a casa e de alguma maneira tornar esse time eficiente, afinal de contas, o Grêmio precisa de dois gols para passar de fase (ou apostar nos pênaltis).

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O 4-1-4-1 colorado representado em seus "carrilleros"

Abel idealizou e montou o Inter como imaginava, ou, apenas respeitou seu histórico, o DNA de Abel não engana, ele monta times com vocação ofensiva. Que gostam de trabalhar a bola no pé e ditar as ações de jogo. E para controlar o jogo o treinador optou pelo 4-1-4-1, com meio-campo recheado de “tocadores de bola”, sendo eles: à frente da zaga Willians, quem inicia a organização; os meias centrais Alex, à esquerda, e Aránguiz, à direita; pelas beiradas do campo D’Alessandro pela direita e Alan Patrick à esquerda, ambos de pé trocado.


O ônus de ter jogadores técnicos e que saibam rodar a bola é não ter justamente o contrario: o ‘saca-rolha’ - são jogadores que desmoronam defesas pétreas. Que ziguezagueie na direção do gol. Eles mexem na marcação alheia, desencaixando as peças do ferrolho e abrindo espaços.
E claramente não há este jogador na equipe titular. A esperança é que Otavinho reencontre o futebol de 2013, ou Valdivia assuma o protagonismo de ser este ‘saca-rolha’.

A carência deste ‘ziguezagueador’ resulta que o Inter não aproveita o espaço deixado pelo adversário. Quando desarma, cadencia o jogo e inicia a transição ofensiva rodando a bola com segurança, mas sem verticalidade.

Se não há figura de um velocista na equipe do Inter, saltam aos olhos dois jogadores de suma importância na execução do 4-1-4-1 colorado: Aránguiz e Alex. Os meias-centrais da equipe. Coadjuvantes no time do protagonista D’Alessandro que garantem a dinâmica ofensiva da equipe. Atuam de maneira curiosa, seriam os ditos ‘motorzinhos’ da equipe. Aránguiz pelo lado direito e Alex pela esquerda. Na compreensão sul-americana de futebol seriam os ‘carrilleros’, na Inglaterra ‘box-to-box (box-to-box é uma referência ao jogador que faz, no meio-campo central, o "vai-vem". Box significa área, em inglês, portanto a tradução é "de área a área". A definição é claríssima: o jogador que sem a bola posiciona-se defensivamente à frente da própria área, e quando a equipe recupera a bola aproxima-se dos atacantes, nos arredores da área adversária. Atuar nos dois campos é prerrogativa básica desta tática individual.).

A definição de box-to-box fica ainda mais clara quando analisamos os mapas de calor (que registram os espaços ocupados pelos jogadores enquanto eles tiveram a bola) de Aránguiz e Alex.

A intensa movimentação de Alex, partindo do centro e aparecendo nas mais variadas áreas do campo.

Aránguiz marcando o 'trilho' no campo: do ataque à defesa.

É nítida a movimentação da dupla por grande faixa do campo. Ambos realizam o vai e vem e garantem o suporte ofensivo aos wingers (D’Ale e Alan Patrick) e defensivamente recuam se postando à frente de Willians. E essa movimentação desconstrói qualquer argumento que o Inter atua com apenas um volante e seu sistema defensivo é frágil. Pelo contrario. A função de meia-central (box-to-box, carrillero...) é atuar nas duas áreas, é dar apoio nas duas fases de jogo (ofensiva e defensiva).

Outro trabalho realizado pelos meias-centrais é criar as tais triangulações pelas beiradas do campo que Abel tanto ressalta. Pela direita o trio é composto por: Gilberto mergulhando para a linha de fundo, Aránguiz pelo centro, e D'Alessandro, de pé trocado, realizando diagonal para organizar e abrindo corredor para passagem do lateral. Pela esquerda a base estratégica é a mesma, mas formado por: Fabrício, Alex e Alan Patrick. Porém, nestas triangulações, a dinâmica entre estes jogadores é confundir o adversário, portanto, há intensa troca de passes e posição. Não se surpreenda de Aránguiz aparecer pelo flanco e Gilberto fazendo diagonal enquanto D'Alessandro fique mais recuado.

O inicio de trabalho de Abel Braga é promissor. A equipe demonstra as ideias do treinador na pratica. A característica de um meio-campo dinâmico, com movimentação e aglomerado de jogadores criativos, com qualidade no passe é nítido e cristalino. Porém, a transição ainda é uma dor de cabeça. Se os meias-centrais auxiliam nas fases ofensivas e defensivas, ambos deixam a desejar quando o assunto é iniciar as jogadas. O trabalho fica a cargo de Willians – combativo e voluntarioso, mas limitado tecnicamente -, e com isso há dificuldade em dar objetividade a posse de bola que salta aos olhos. Abel precisa rever o espaçamento entre Willians e a linha de meio-campo à sua frente. O Inter precisa transformar o volume de jogo em chances de gol. E quem sabe a solução não esta nos pés dos meias-centrais? Alex e Aránguiz recuando e auxiliando Willians na organização? Independente da solução, sabe-se que o primeiro passe precisa ser de qualidade para fundamentar todo um processo de criação. Que Abel tire mais um coelho da cartola.

Obs: mapas de calor retirados do Footstats

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Complementação: Zé e o Grêmio

Anteriormente levantei a hipótese de Zé Roberto retornar a equipe como winger (ponta, extremo, meia-ala) pelo flanco direito, no lugar do Paraguiao Riveros. Pois bem, Enderson testou o camisa dez neste domingo, contra o Atlético Paranaense, o utilizando como meia-atacante, na vaga do lesionado Luan.

Enderson manteve a estrutura tática da equipe: 4-4-1-1. A exemplo do esquema tático, o modo de jogar do Grêmio se mantém: transição ofensiva em velocidade. Sem confundir com o “jogar em reação” que Tite implementou no Corinthians. O “jogar em reação”, consiste em induzir o adversário ao erro, seja no campo de ataque ou defesa, e realizar a transição ofensiva rapidamente para ‘pegar’ o adversário desestruturado – com as calças na mão. E, o modo de jogar tricolor é transitar em velocidade explorando único e exclusivamente Dudu (e, anteriormente, Luan), sendo assim, desrespeita a cartilha estabelecida por Tite: sair em bloco e superioridade numérica na transição. Portanto, a estratégia tricolor se baseia no velho e imutável contra-ataque.

O retorno de Zé Roberto a equipe, atuando como "1" entra meio-campo e ataque.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, diria o poeta. Luan e Zé Roberto são distintos por completo. Em nada se assemelham. Zé cadencia. Luan acelera. Zé gira a bola. Luan é objetivo e vertical. Zé é meio-campista e isola Barcos. Luan ronda as imediações da grande área e faz companhia ao centroavante, além de servi-lo. Ao escalar Zé Roberto nesta faixa de campo, centralizado, “próximo” de Barcos, imagino que Enderson buscou qualificar as rápidas tramas ofensivas, especular finalizações de fora d’área e cadenciar (mesmo adotando o contra-ataque como modo de jogar?) o jogo quando necessário e buscar solução para a eventual ausência de Luan. A qualidade técnica de Zé Roberto é inegável e testa-lo como ponta de lança foi valido, verificou-se que ali ele não se encaixa (a demanda da função é outra), apenas para uma eventualidade.

O mapa de calor (que registram os espaços ocupados pelos jogadores enquanto eles tiveram a bola) do camisa dez demonstra a intensa movimentação do meia, comparecendo por todo setor de ataque. Logo, percebe-se que o meia foi solicito, foi de encontro ao jogo, porém, a estilo de jogo do Grêmio requer outra espécie de jogador para aquela função: alguém agudo, vertical, que infernize a defesa adversária. Claramente Zé não é, mas pode ser útil em tantas outras posições do meio-campo.

Mapa de calor do camisa dez tricolor evidencia por onde ele rodou.

Se Luan retornar a equipe para o jogo de quarta-feira, soluciona-se o problema do ataque. Não do time. Contra o Atlético-PR, Enderson testou Bressan e Geromel na zaga, ambos não demonstraram bom desempenho. E, de quebra, Grohe sentiu, Busatto foi posto à prova, reprovado veementemente.

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Onde Zé Roberto pode se encaixar?


O inicio de temporada nos apresentou o Grêmio no 4-1-4-1, com Edinho à frente da zaga, porém, contratempos moldaram o tricolor para o 4-4-2 em duas linhas. A combinação de Dudu, postado à esquerda da linha de meio-campo, com Luan, livre para movimentar-se como segundo atacante, transformou o Grêmio em um time veloz, que aposta na transição acelerada após o desarme para chegar ao gol em contra-ataques. E Zé, tem lugar?

A versatilidade de Zé Roberto abre um leque de posições em que o meio-campista tricolor possa atuar. De segundo volante ao lado de Edinho, passando por ‘winger’ – ponta, extremo, meia-ala – ou, ponta de lança, se aproximando de Barcos e ocupando faixa de campo do lesionado Luan – obviamente compondo outra função, pois foge completamente das características do jovem e promissor Luan.

No auge de seus trinta e nove anos, Zé Roberto desfila o clássico futebol de outrora: cabeça erguida, qualidade no passe, cadencia entre outras características que, aboliram do futebol ou não se encaixam mais nas demandas do futebol contemporâneo. 

Independente da posição que atue, irá fazê-lo com algo que não há no Grêmio atual: cadência. O camisa dez se sobressai perante os demais por fazer girar a bola, não necessariamente um organizar clássico, mas colocar panos quentes no jogo e não desperdiçar a posse de bola por pura afobação. Porém, com Zé em campo, seja na posição de Riveros ou Ramiro, a equipe perde e objetividade e presença na área adversária. Questões a se ponderar.

Considerando que Luan esta em franca recuperação, acredito que Zé Roberto ocupe a vaga de Riveros pelo flanco direito. Atuando nesta faixa de campo o camisa dez deve contrabalancear o descompensado esquema tricolor, pois, com posse de bola, o tricolor pende ao lado esquerdo com os velozes Wendell e Dudu; enquanto o flanco direito fica a deriva de Pará e Riveros, limitados ofensivamente.

Grêmio posicionado no 4-4-2 em duas linhas com Zé Roberto à direita

O que Zé pode agregar ao lado direito?

Enquanto Riveros cumpre com relativo sucesso sua função de winger – atuando pela beirada do campo, avançando e ingressando na área adversária quando ataca e, recuando e compondo a segunda linha de meio campo quando defende -, Zé Roberto atuará de pé trocado – canhoto no lado direito -, portanto, a tendência natural é que não busque a linha de fundo para cruzamentos; o meia deve realizar a diagonal e abrir a beirada do campo para avanço de Pará. Conhecendo as características de Zé Roberto, o meia deve girar a bola procurando brechas no sistema defensivo adversário, assim, balanceando a velocidade de Luan e Dudu com sua cadencia de jogo.

Lembrando que, no inicio da temporada, quando o 4-1-4-1 estava em vigência, Zé atuava pelo lado direito do campo, compensando a velocidade e verticalidade de Luan com qualidade no passe e organização das jogadas.

E defensivamente?

Como citado anteriormente, Riveros recompõe a linha de quatro quando o Grêmio é atacado sem grandes problemas. Zé Roberto capricha na condição física, mas não é nenhum garoto. Realizar o vai-e-vem constantemente deve ser desgastante, e, não bastasse o flanco esquerdo sobrecarregado, Enderson não deseja replicar a fragilidade pelo lado direito. Dor de cabeça para o treinador.

O que muda no estilo de jogo?

O atual Grêmio abusa da velocidade na transação ofensiva após realizar o desarme. Hoje, o desafogo é Dudu, mas, com a iminente volta de Luan, a equipe tende a reforçar essa característica. Hoje o Grêmio é vertical, completamente avesso a cadencia de Zé Roberto.
E com Zé, o que muda? A principio o camisa dez deve dar mais qualidade as tramas ofensivas pela beirada direita e municiar Luan e Barcos. Além de ler o jogo e interpretar qual o melhor momento de lançar-se a frente ou abrandar o jogo e rodar a bola – algo que Enderson tentou com o argentino Alan Ruiz, que viveu de lapsos.

A ausência de um meia cerebral impele o Grêmio a duas opções de jogo:

a) contra-atacar
b) ligação direta

Quando engessado pela marcação adversária o Grêmio abusou da ligação direta, mesmo com Alan Ruiz em campo – o meia não assumiu o protagonismo que lhe cabia e desmoronou frente a firme marcação. Não que Zé Roberto seja a solução dos problemas, mas dá opção do passe curto e inicio da transição com qualidade, não precisando recorrer à ligação direta.

A versatilidade do camisa dez não se restringe a beirada do campo, Zé pode atuar em inúmeras posições – citadas no texto -, e ser o coringa que é enriquece a equipe tricolor. Zé Roberto fornece a Enderson um leque de variabilidades táticas e estratégicas que beneficiam o time. Mesmo com criticas relacionadas a sua cadencia e estilo de jogo, não imagino que deixa-lo no banco de reservas seja uma opção racional.

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