Roth testa 4-3-1-2


Após estar vencendo por um placar confortável e em casa, Celso Roth testou um “novo” esquema, 4-3-1-2 ou se preferirem o losango. Pôs em campo Adilson e Miralles, dando cara nova ao time que vinha no 4-2-3-1.

Mesmo por pouco tempo, Celso utilizou do losango ofensivo. Mesma filosofia de jogo que o 4-2-3-1, apostando nas transições pelos flancos com laterais. Ataque com equilíbrio, tanto na direita como na esquerda.

Quando Mário Fernandes apoiava Rochemback guardava posição, quando Julio Cesar, Fernando era quem ficava mais recuado. Muitos momentos ambos laterais subiam ao apoio para serem opções de passe, se não desse por um lado, inversão para o outro lado ou passe de pé em pé.

Neste tripé de volantes. Rochemback mais ao centro, Fernando quase se alinhando a Rocka na esquerda. Ambos não apoiavam, apenas guardavam posição para dar maior liberdade aos laterais. Adilson era quem tinha maior liberdade entre os três volantes, pela lado direito.

Douglas era o meia de ligação, sintonizava movimentos ofensivos do Grêmio. Partindo do centro, mas com movimentação para direita e esquerda, abastecendo demais companheiros. Neste esquema já estava descontado fisicamente.

Miralles caiu no flanco esquerdo. Contava com Julio Cesar e Douglas quando estava por ali. Miralles sempre procurou infiltrações para área, partindo do flanco. Teve boa movimentação participando e sempre sendo boa opção de passe.

Brandão foi homem de referencia, tentou fazer o pivô durante partida, tanto no 4-2-3-1 em que esteve só no ataque quanto no 4-3-1-2 em que teve companhia de Miralles. Sua principal característica foi pouco explorada, bola aérea.

Jogadores não acharam estranho este losango no meio, com Renato Gaucho, foi muito solicitado, em 2010 com sucesso. Equilíbrio no apoio com Julio Cesar e Miralles na esquerda, Miralles que puxava marcação para o centro e abria corredor para Julio. Pela direita Mario Fernandes e Adilson, setor menos solicitado e mais tímido. Douglas tinha como obrigação se aproximar para possíveis triangulações com homens que vinham de trás.

Celso provando que pode variar esquema e que um segundo atacante pode auxiliar Brandão ou André Lima no ataque. Algumas vantagens para o ataque e desvantagens no meio campo são como um cobertor curto, ou tapa a cabeça ou os pés. Espero que Celso adote um sistema ofensivo, lembrando que partidas se ganham por gols marcados.

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Estréia do Fabuloso, São Paulo no 4-3-2-1



Mais de sessenta e três mil pessoas para estréia de Luis Fabiano o ‘Fabuloso’ no campeonato brasileiro. Festa estragada por Flamengo de Ronaldinho e Cia, uma triste derrota em casa por 2x1 atrapalhando as ambições tricolores.

São Paulo finalmente com Luis Fabiano em campo. Adilson optou por deixá-lo sozinho no ataque e contar com chegada dos meias-atacantes, Dagoberto e Lucas. Na pratica foi um 4-3-2-1 com muito apoio do lateral Juan e pelo menos um dos ‘volantes’.

Adilson adaptou o volante Wellington na direita, cumpriu função de lateral base para liberar Casemiro pela direita. O improvisado lateral direito fazia uma basculação defensiva, empurrando os zagueiros para cobrir as subidas do lateral esquerdo Juan. Foi com bola lateral-volante, alinhou-se a Denilson, não passando da linha do meio campo.

No setor de meio campo, tripé de volantes formado por Denilson na primeira função. Este que cobria apoios de Juan e um de volantes box-to-box à sua frente. Tinha como prioridade recuperar bola e com passe qualificado ter uma melhor saída de bola.

Cicero e Casemiro formaram dupla de volantes box-to-box. Quando com bola apoiavam alternadamente. Sem bola recuavam para compor meio campo e defender. Cicero compareceu mais no setor ofensivo por ter ao seu lado Juan e Dagoberto.

Setor esquerdo foi o mais forte e mais procurado pelo São Paulo. Juan, Cicero e Dagoberto caíram por aquele lado. Dagoberto ora meio campo alinhado à Lucas ora um atacante ao lado de Luis Fabiano.

Lucas foi um meia de ligação entre meio campo e ataque. Quando São Paulo no 4-3-1-2 foi o ponta-de-lança do losango. Não chegou a se aproximar dos dois atacantes, ficou caindo mais fora da área.

São Paulo centralizou jogadas de ataque em Luis Fabiano. Mesmo sem seqüência de jogos, colegas apostaram no ‘Fabuloso’, fazendo de pivô e usando de sua força física teve vantagem sobre zaga carioca. Saiu muito da área procurando chamar meias que vinham de trás.

Adotando o esquema com dois meias de chegada, velocidade e sem criação definida. Lucas e Dagoberto tiveram intensa movimentação sempre procurando os flancos e um deles se aproximando de Luis Fabiano. Cicero e Casemiro eram os homens de transição e elementos surpresos.

Com Luis Fabiano comandando ataque tricolor, time deve melhorar. Ter um homem de referência com qualidade e saber jogar com ele trás um leque de opções. Bola aérea, pivô e força de um artilheiro nato.

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Dois tempos distintos entre Internazionale x Napoli



Partida em Milão entre dois grandes clubes. Internazionale de Ranieri que recém assumiu o cargo, Napoli que vem surpreendendo com bom futebol e um esquema que encaixou. Resultado uma boa partida de futebol, como é de praxe, não existe justiça no futebol e novamente a bola puniu e quem sofreu foi a Inter.

Os dois tempos distintos de dão entre um primeiro tempo em que o time da casa dominou, porém não converteu posse em gols ainda no primeiro tempo ficou com um homem a menos. Napoli como visitante apostou em contra-ataques e um inusitado pênalti que mudou a historia do final do primeiro tempo e conseqüentemente da partida.

Momento da Inter

 
Inter de Ranieri no 4-3-1-2 torto para direita, pois Maicon era lateral/ala e Chivu lateral-base. Enquanto estava com igualdade no placar, em homens Inter perdeu chances e demonstrou bom futebol. Defendendo uma variação para o 4-3-2-1 com recuo de Forlan que compunha meio campo ao lado de Alvarez.

Dupla de zaga com Samuel de zagueiro pela direita. Lúcio foi zagueiro na direita e foi demais para o ataque com suas arrancadas. Mostrou assim ser um elemento ‘surpresa’ em que não é necessária devida sua pouca qualidade técnica. Aparentemente setor ofensivo estava desorganizado.

Como já citei Chivu foi lateral base fazendo basculação e se tornando um falso zagueiro. Na lateral direita Maicon apoiou muito e sempre Fo uma boa opção de passe ou válvula de escape quando time estava pressionado sem saída de bola.

Tripé de volantes com Cambiasso na primeira função à frente da zaga, por ele não passou o primeiro passe. Zanetti foi volante pela direita, guardava posição para passagem de Maicon. Obi fechou tripé na esquerda e tinha maior liberdade por Chivu ter função de lateral base.

Alvarez foi trequartista, atuou com movimentação, procurando o jogo atrás, caindo pelos flancos e finalizando quando tinha chances. Sem bola recuava para fechar espaços.

Dupla de ataque composta por Forlan mais na esquerda e Pazzini mais ao centro. Forlan era atacante que saia da área para buscar jogo e sem bola voltava para recompor meio. Pazzini atuou mais centralizado tentando ser homem de referencia.

Momento do Napoli



Napoli se acuou no primeiro tempo. A partir da vantagem no placar e numérica em campo o time teve mais campo. Inteligentemente deu campo a Inter, apostou em um forte contra-ataque. Utilizando um forte e entrosado 3-4-2-1.

Os três zagueiros. Aronica na esquerda, Cannavaro ao centro e Campagnaro na direita. Não foi um sistema com libero de qualidade que sai para o jogo, Cannavaro ficou na sobra, Aronica preso talvez se preocupando com Maicon. Campagnaro foi zagueiro que mais saiu para o jogo se aproveitando do fraco lado esquerdo da Inter.

Segunda linha do Napoli é de Zuñiga na esquerda, Gargano volante na esquerda, Inler volante na direita e Maggio ala na direita. Alas com muita liberdade e por eles passavam todas as transições de ataque. Dupla de volantes se revezando no apoio, porem com Inler sendo mais participativo nos movimentos ofensivos.

No segundo tempo Mascara deu lugar a Pandev. Hamsik jogou pela esquerda e Mascara pela direita. Foram homens que aproximavam de Lavezzi, cumpriram função com exatidão. Caíram às costas dos volantes adversários, procuraram sempre os flancos e com infiltrações para o centro.

Lavezzi foi único homem na frente. Não foi centro avante poste ou fincado. Teve boa movimentação sempre contribuindo com seus colegas.

Constatações

Inter no primeiro tempo adiantou linhas com bola. Procurando não deixar buracos e jogadores mais próximos para opções de passe.

Sem bola volantes da Inter aprofundavam tanto que chegavam a se alinhar com zagueiros, preocupação sempre foi com setor direito do Napoli com Maggio e Hamsik. Assim se explica opção por Chivu.

Napoli sempre procurando bola no chão e trocar passes. Sem pressa porem com objetividade com tempo para que seus homens de meio se juntem ao ataque.

Sem bola homens de meio não recuavam para formar o famoso 5-4-1. Sem mantinham e só recuavam como um bloco eram alas de oficio.

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Roma evoluiu com Luís Enrique



Roma que contratou Luís Enrique, técnico do time B do Barcelona. Com intenção de levar filosofia de jogo do time catalão direito para Roma, intenção boa, porém ainda é cedo para julgar é preciso dar tempo para uma mudança drástica.

Adotando um esquema hibrido, ora no 4-3-1-2 com Totti de trequartista ora no 4-3-3 com Totti se aproximando aos dois atacantes. Tentando ser Barcelona, Roma ficou devendo em marcação adiantada e homens de frente “auxiliarem” na diminuição de espaços.

Dois bons laterais, Angel pela esquerda e Rosi na direita. Ambos com bola se tornavam alas, apoiavam a todo o momento. Transição se dava por eles nos flancos, passagens e triangulações com homens de meio.

Tripé de volantes com De Rossi na primeira função. Fábio Simplicio na direita e Pjanic na esquerda. De Rossi dava mais qualidade no primeiro passe e recuava para dar liberdade aos laterais. Simplicio na direita recuava para avanço de Rosi. Pjanic tinha maior liberdade para chegar à frente, fazia boa dupla com Angel.

Totti foi trequartista, com liberdade e chegando bem a frente. Por momentos recuava área se tornar homem de criação e dar sintonia aos movimentos de ataque. Quando se juntava aos homens de ataque criava perigo a frente da zaga adversária com chutes de longa distancia e passes. Teve boa contribuição ofensiva, porém defensivamente nem cercou.

Setor de ataque composto por, Osvaldo atacante pela equerda e Boja mais pela direita. Osvaldo centralizava puxando marcação para o centro, abrindo corredor para Angel e Pjanic. Bojan mais pela direita, mas com intensa movimentação ora no centro e nos flancos, procurou aproximações com Rosi e Totti. Defensivamente Osvaldo foi quem mais contribuiu compondo e fechando espaços. Bojan por momentos recuou para compor meio campo, mas em momentos isolados.

Com vitória por 3x1, o futuro da Roma parece ser promissor. Alguns momentos em que esteve pressionada o setor defensivo se mostraram fragilizado, talvez uma maior prestação dos homens de frente em cercar saída de bola adversária auxiliaria o time.

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