Análise tática Vasco x Internacional

Antes de começar a partida pensei em favoritismo do Inter, pois o Vasco já havia ganhado a Copa do Brasil e vinha de maus resultados no Campeonato Brasileiro. Apenas pensei, Inter sem Oscar decaiu muito qualidade no meio. Vasco tinha estreia de Juninho Pernambucano no São Januário.

Vasco jogou com esquema cauteloso mas ao mesmo tempo ofensivo. 4-3-2-1 com dois “volantes” Felipe e Juninho de boa qualidade técnica e de marcação razoável, Bernardo na criação e Éder Luiz com intensa movimentação, encostando mais em Alecsandro.

Inter desfalcado, sem Oscar, Bolatti e Tinga. Esquema com Fabrício foi prejudicado na criação pois D'Alessandro teve de ser colocado na direita e fora de posição. Jogou no 4-4-2 em duas linhas defendendo e uma tentativa de 4-2-2-2 atacando, tentou pois Fabrício era um meia-ala e não havia compactação.



A partida começou com equilíbrio, os dois times ainda se conhecendo e priorizando a bola no pé sem pressa de atacar. Algo que prejudicou o jogo foi grande numero de passes errados a partida não fluía.

Para desafogo Éder Luis e Zé Roberto foram essenciais. Com intensa movimentação confundiam marcação e criavam boa linha de passe, triangulações faltava a conclusão a gol.

Com o passar do tempo o time da colina percebeu que seria complicado fazer o gol e se impôs na partida. Para o Internacional estava tudo sob controle pois defendia bem nas duas linhas de quatro a frente da defesa, até seus atacantes voltavam para marcar.

Com a dificuldade de entrar na área colorada e de meio campo lento a transição era lenta, não havia jogadores de área. Os zagueiros colorados tranquilos pois conheciam bem Alecsandro.

Gol! Só de uma maneira bola na área Juninho cobrou escanteio e Romulo cabeceou, Muriel salvou. Éder Luis na sobra chuta e marca 1x0.

Pós gol fez mal ao Inter. Fabrício estava sumido na partida e com o gol vascaíno transformou se em um AVESTRUZ parece que enfiou a cabeça no buraco. Não havia compactação apenas D'Alessandro no meio e ainda fora de posição. Ai complica.

Com dificuldades do jogo fluir a solução foram as laterais do campo, bem utilizada por Kleber do Inter e Fagner do Vasco. Jogavam as costas um do outro, estavam liberados para subir. Pois no Inter Nei ficava mais e Márcio Careca sentiu e teve de sair, Jumar entrou no seu lugar e fez de zagueiro-lateral.

Segundo Tempo

Começo de jogo e já percebe se a vontade e melhor organização do ataque colorado. Maior volume de jogo, imposição na marcação e linha mais adiantadas e conjuntas.

Com um Inter melhor o Vasco adota o esquema 4-1-4-1 pois Éder Luis recua para a direita e



Bernardo na direita. Fagner e Éder Luis fazem dobradinha de qualidade. Sem companhia Bernardo sumiu do jogo.

Ricardo Gomes confessou estar acuado e tirou Felipe exausto. Diego Rosa entrou e intensificou a marcação. Falcão assume querer o empate sai o fraco Fabrício e entra Gilberto este que ainda teria 30 minutos para provar algo.

Com mudanças, Zé Roberto foi para meia, Gilberto e Damião formaram dupla de ataque. Falcão abandona o 4-2-2-2 e usa o 4-4-2 em duas linhas para atacar, não há mais aproximação dos meias. Por incrível que pareça o Inter não FINALIZA, na frente da área ninguém chuta.

Aos 32 minutos sai Éder Luis de segundo tempo apagado para entrada de Diego Souza, e com mesmo intuito fechar o lado direito. Utilizando se dos contra-ataques pois qualidade há com o próprio Diego, Juninho e Bernardo. Alecsandro não fez boa partida e joga no erro da zaga, como não aconteceram erros com a bola rolando nem se quer chances teve.

4-2-4? Talvez saiu D'Alessandro e entra Alex um jovem atacante. Agora com Zé Roberto, Alex, Gilberto e Damião era tudo ou nada. O esquema foi o mesmo 4-4-2 Zé e Alex nos flancos.



Juninho Pernambucano! Novamente em cobrança de falta. Muriel rebateu na área e Dedé marcou 2x0 e decretava a derrota colorada aos 38 minutos.

Sem criação de jogadas e apostando na velocidade e individualidade de seus jogadores de ataque. Com mais posse de bola o jogo se tornou uma correria por parte colorada. De nada adiantou 2x0 vitória cruz maltina.


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Análise tática Flamengo x São Paulo

Tratando de clássicos do futebol nacional, Flamengo x São Paulo é um duelo de gigantes, honraram seus nomes e historia neste jogo. Favoritismo por parte rubro negra por jogar em casa, não ter desfalques. O São Paulo a cada rodada sem o Lucas e Casemiro na seleção, (um na principal e outra na sub-20) acusa o golpe.

Flamengo de Luxemburgo conseguiu armar o Flamengo da sua melhor maneira. Atua por vezes no 4-3-3 mas fica mais caracterizado o 4-3-2-1. Com Ronaldinho na ponta esquerda e Thiago Neves mais pelo centro.

São Paulo de Carpegiani adotou um esquema que com Lucas vinha atuando bem. Jogou no 4-3-2-1 com apenas Dagoberto na frente e é atacante de movimentação. Fernandinho é homem de frente mas teve como incumbência voltar e recompor meio campo.



Começo de jogo e é clara a vontade do São Paulo, parece que encaixou Dagoberto se desvencilha muito bem da marcação, Marlos e Fernandinho tem bom entrosamento. Quando é atacado o time recua, defende atras da linha do meio campo e apenas Dagoberto faz a pressão com quem está com a bola. Defendendo é um 4-5-1 bem nítido.



Com o passar do jogo o Flamengo equilibra o jogo e começa atacar pelo flanco esquerdo com Junior César e Ronaldinho. O São Paulo não encontra maneira de para a dupla ora Jean ora Wellington os dois chegaram a revezar na lateral na iniciativa de parar Ronaldinho.

Um problema nítido no ataque paulista é o individualismo, todos são condutores de bola não há o jogador que cria e passa, lança quiça Rivaldo mas está em final de carreira e forma física decadente.

O Flamengo aproveita a movimentação intensa de Ronaldinho por ali as principais chances são criadas. Thiago Neves ficou mais ao centro e sumido, Léo Moura carecia de companhia e Deivid apagado quem sabe ainda não está 100% de sua forma física.

Luxemburgo armou um time que consegue ter posse de bola, toques rápidos e contra-ataque com volume de jogadores. Renato, Thiago Neves, Léo Moura, Jr.Cesar e Ronaldinho dão qualidade que poucos times tem.

São Paulo poderia aproveitar a marcação prejudicada do Flamengo por ter 3 homens a frente, Marlos tenta criar mas conduz demais a bola. Fernandinho ficou mais incitado ao lado esquerdo ficou preso demais.

Precisando tomar a inciativa e marcar logo Luxemburgo mexeu, pôs Negueba e Bottinelli tirou Deivid e Airton. Mudou foi quase um 4-2-2-2 com agora o flanco direito mais forte. Negueba caiu por ali junto com Léo Moura e atordoaram Juan, Bottinelli ficou mais ao centro, Thiago Neves e Ronaldinho formaram dupla de ataque. Renato e Willians a dupla de volantes.

Notando que seu meio não tinha rendimento esperado Carpegiani mudou e pôs o aclamado Rivaldo no lugar de Fernandinho que vinha tendo boa atuação. Rivaldo jogou mais centralizado e por vezes compôs ataque junto de Dagoberto que se movimentava ainda mais.



Com as mudanças o Flamengo foi para cima do São Paulo. Jogada pela direita Negueba dribla marcador e cruza rasteiro, Thiago Neves faz o corta luz e Bottinelli ando para o fundo das redes. 1X0 Flamengo e um belo gol no coletivo.

Agora em desvantagem Carpegiani precisava ir com força máxima, tirou Wellington e pôs Henrique que atuou como atacante. Dagoberto recuou e jogou na esquerda, Marlos na direita e Rivaldo no centro. Esquema alterou para o 4-2-3-1 com aproximação dos meias.

Com resultado almejado Luxa mudou e pôs Luiz Antônio no lugar de Thiago Neves. Voltou ao 4-3-2-1 com Ronaldinho de homem de referencia. Negueba na direita e Bottinelli mais ao centro.



Com as mudanças o Flamengo recuou e o São Paulo adiantou sua linha de marcação chegava com qualidade mas novamente não conseguia finalizar. O Flamengo jogou no contra-ataque apostando na velocidade de seus meias e na qualidade de Ronaldinho.

Pouco adiantou, Henrique não é Luís Fabiano e pouco finaliza, vontade não é qualidade.

Derrota custou o cargo de treinador à Carpegiani, sentiu falta de Lucas, Casemiro e Luís Fabiano que sequer estreou. Inacreditável a bancarrota do São Paulo, Carpegiani não sustentou as derrotas e goleada contra o seu maior rival.


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Análise tática de Cruzeiro x Grêmio

Noite de estréia por parte tricolor e Papai Joel tentando se firmar e conseguir sua terceira vitória consecutiva. Uma bela partida de futebol na arena do jacaré em que os dois clubes buscaram a vitória e sorte do Cruzeiro por ter Montillo em noite inspirada.

Cruzeiro adotou um esquema estilo Copa América pôs seu time no 4-3-3 com Montillo de “falso 9 “ e surpreendeu o tricolor gaúcho. Três volantes de marcação que complicaram a criação mas aproveitaram bem os avanços dos laterais que tinham livre apoio e dis atacantes de movimentação abertos nos flancos.

Julinho estreou no banco gaúcho e Gilberto Silva em campo. Esperamos um 4-4-2 em duas linha defendendo e em quadrado atacando. Julinho optou pelo losango utilizado por Renato, 4-3-1-2 com Gilberto Silva na primeira função do meio, Rockemback de segundo volante fora de função pouco contribuiu. Escudero foi curinga pois defendia e apoiava formando o time quase que um 4-2-3-1 ou 4-2-2-2 dependendo muito de Leandro.



Cruzeiro que surpreendeu no seu esquema não tinha o domínio do meio campo e a partida começou equilibrada com o Grêmio fazendo ao marcação e trabalhando bem a bola quando a possui.

Com todos homens de frente de movimentação e velocidade o Cruzeiro apostou em troca de passes rápidas e jogadas individuais. Wallyson na direita, Thiago Ribeiro na esquerda e Montillo atuando mais pelo meio com liberdade.

Válvula de escape do Grêmio foi Leandro no flanco direito e Escudero no lado esquerdo que avançava e era elemento surpresa. Por deixar espaço o Cruzeiro aproveitava para jogar as costas de Escudero que também é fraco na marcação. Vitor e Wallyson jogaram por ali.

Leandro e Mario Fernandes propiciaram por momentos boas jogadas e envolventes por sua velocidade, faltou Marquinhos ajudar na criação.

Os dois times procuraram as laterais do campo, modo inteligente de jogar pelos flancos o jogo fluiu mais. Ambos atacando nos seus lados direitos de ataque.

Enquanto o Cruzeiro avançava sua linha de marcação para poder recuperar a bola mais rápido o Grêmio preferiu marcar atrás da linha do meio campo e tentar sair no contra-ataque com velocidade de Leandro e Escudero.

Em rebote de falta cruzamento na área tricolor e Montillo de voleio sem pulo abre o placar um golaço 1x0 Cruzeiro. Renato saiu o esquema continuou e novamente o Grêmio vaza na bola aérea.

O gol abalou o Grêmio que equilibrava a partida. Julinho pediu para Leandro e Escudero abrirem nos flancos a começaram a jogar em um 4-2-3-1.

Com o abalo do Grêmio o Cruzeiro passou a jogar ainda mais no seu lado direito de ataque, ora Wallyson ora Thiago Ribeiro. Montillo puxa Gilberto Silva na marcação e abre um corredor para o atacante pelo flanco e o lateral. Neste momento Fabrício já coseguia bloquear Escudero e não havia mais preocupações defensivas.

Constatações do Intervalo


Montillo tem imenso especo para jogar e cobrir sem a bola. Com a bola fica sempre entre volantes e dupla de zaga tricolor até volta mas não todo tempo pois não teria condições físicas e não seria o “falso 9”.

Grêmi confuso no 4-3-1-2, 4-2-2-2 e 4-2-3-1. Time que varia muitos esquemas em campo geralmente não executa nenhum deles de forma exata ou eficiente.

Notem que se quer mencionei Marquinhos, este sonolento no jogo não criou, marcou, lançou foi peso morto no primeiro tempo.

Gilberto Silva foi o primeiro volante que o Grêmio precisava.

Erro de passes acentuados do Grêmio complica na criação, por outro lado o Cruzeiro acertou a maioria dos passes.

Segundo Tempo


Mudança tático no Grêmio, perdendo e querendo reverter o resultado o tricolor adota o 4-2-3-1 com Leandro e Escudero nos flancos e Marquinhos mais centralizado. André Lima solitário na frente.



O tricolor gaúcho tomou a iniciativa do jogo e adiantou a marcação.

Erro fatal de Rockemback que resulta em gol. Passou na fogueira para Saimon, o atacante tomou a frente da jogada e rolou para Montillo fazer o 2x0 segundo gol seu na partida. Rockemback errou no passe e ainda não marcou Montillo com eficácia.

Cruzeiro percebeu o desespero tricolor e passou a usar lançamentos para seus velozes atacantes e ainda mais abertos nos flancos.

Aos 20 minutos o Grêmio muda, sai Marquinhos e Escudero entram Miralles e Pessali. O Grêmio passa ao 4-3-3 com Gilberto Silva de primeiro volante, Rockemback e Pessali na segundo linha. Miralles na esquerda, Leandro na direita e André Lima centralizado. Escudero saiu contrariado e socou o banco de reservas.

As mudanças fizeram com que o Grêmio fosse mais a frente, pois era preciso. Tinha volume de jogo mas não havia finalização, o time chegava na entrada da área mas não conseguia infiltrar.

O Cruzeiro mudou aos 25 minutos. Entrou Roger no lugar de Thiago Ribeiro. O time começou a jogar no 4-3-1-2 com agora um armador de referencia.



O jogo continuou o mesmo, o Cruzeiro apostou na velocidade e agora mais organizado com Roger armando. O Grêmio tentava mas não conseguia, Pessali entrou com o intuito de armar mas ficou apagado peã marcação.

No final o Grêmio ainda substituiu Saimon que tinha cartão por Edilson que voltou de lesão no joelho.

Nada aconteceu e o placar se permaneceu 2x0 Cruzeiro embalado agora com três vitorias consecutivas.

Constatação Final


O Cruzeiro demonstrou ter um bom esquema, Montillo é essencial para o 4-3-3 de Joel funcionar. Necessita de laterais de mais qualidade para o apoio.

Gilberto Silva fez bom jogo, faltou finalização para o tricolor e uma definição de esquema pois quem varia muito no final fica confuso e nada se tem.



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Análise tática Uruguai x Peru, não saíram do empate


O ultimo dos três favoritos estreou, o Uruguai. Curiosamente as três seleções favoritas estrearam em esquemas parecidos e com mesmos resultados.Apenas um ponto para as favoritas.

Todos esperavam a mesma celeste que encantou na Copa do Mundo de 2010. Esquema 4-3-1-2 com Forlan atuando de enganche. Na estreia da Copa América não foi assim, jogou no 4-2-1-3 com seu principal jogador de atacante.

Peru mudou até camisa, tirou a listra transversal. Ficou bonita a camisa, quiça uma tentativa de mudar seu futebol. Atuou no 4-1-4-1 com duas linhas de quatro com o intuito de parar o ataque Uruguaio. Balbin de primeiro volante na marcação de Forlan e Guerreiro solitário na frente.







Uruguai

Nos amistosos o Uruguai atuou com 3 atacantes, marcação sob pressão e laterais avançados esperamos um Uruguai assim. Esperamos e esperamos. Com Lodeiro no meio a seleção dependeu muito dele pois era o meia de criação e teve atuação fraca, poucos lampejos aconteceram e rendeu um gol.

Pérez ainda dormindo. Lodeiro apagado. Meio-campo Uruguai não funcionava.

E a celeste apelava para a ligação direta, os lançamentos longos, buscando o tridente ofensivo formado por Suárez, Forlán e Cavani, que se movimentavam e trocavam com frequência de posição entre si.

Uruguai forte no contra-ataque. Troca de passes muito rápida pela esquerda. Levando perigo

Uruguai não consegue ter a posse de bola e espaços no meio. Depende de lançamentos e jogadas individuais

Riscos da marcação avançada: espaços nas costas dos defensores. Principalmente se não forem velozes . Resultado 1x0 Peru.

Lodeiro apareceu e deixou Suárez na cara do gol. Jogada começou com Cáceres pela esquerda. Bobeou a boa marcação peruana. 1x1

Uruguai precisa de velocidade na transição. Jogo muito lento, previsível. E Lodeiro precisa aparecer. Pode ser o diferencial, como no gol.

Peru

Pouco se espera de seleções sem tradição no âmbito mundial e assim foi nos 3 amistosos com Bolívia, Venezuela e Peru. As 3 demonstraram que não há mais “galinha morta no futebol” o futebol evoluiu e depende cada vez mais de capacidades físicas.

O Peru montou uma estratégia para este jogo, por momentos adianta a marcação, e preza de lançamentos longos mas ainda convive com o dilema de ter Guerrero muito distante da segunda linha de 4 do 4-1-4-1

Balbín, o volante mais recuado do Peru, cerca Forlán pelo meio, obrigando o 10 uruguaio a buscar os flancos. Lodeiro não ajuda.

Peru sequer consegue manter a bola por 10 segundos. Parcialmente por suas deficiências, mas também pela forte marcação charrua

Jogada típica dos peruanos: Guevara puxando contra-ataque, Guerrero matando a jogada. Falhou a zaga uruguaia na linha de impedimento.

Gol do Peru. Da única maneira possível: chutão para Guerrero e apostando na falha da lenta defesa uruguaia

Marcação peruana é boa. Mas com as subidas dos laterais e a aparição de Lodeiro por dentro, junto com Forlán, desmonta a defesa peruana.

SEGUNDO TEMPO



O jogo volta ao normal, o Uruguai apenas teve momentos no jogo que não duraram mais que 10 minutos. Depende muito de Lodeiro para quebrar a linha de marcação do Peru.

Celeste resume do que o time precisa. Jogadas rápidas, com movimentação dos atacantes e Lodeiro dando dinâmica ao meio.

O Uruguai domina o segundo tempo graças a Lodeiro que decide aparecer para o jogo e já é mais protagonista. E melhora a criação uruguaia. Uruguai já tem mais posse de bola e tranquilidade. Domina o jogo neste segundo tempo.

Mesmo com alterações no Peru que mantém esquema. Lobatón é volante, ao lado de Cruzado. Nos flancos, Vargas e Chiroque. Os dois meias extremos, Peru adianta os dois para aproximarem de Guerrero.

Zaga peruana falha pela primeira vez no jogo e, por pouco, Uruguai não vira com Forlán. Jogo voltou a ficar morno, lento.

Mesmo fora de forma, Vargas faz boas tramas com Guerrero pela esquerda. É fraquinho na marcação, o Maxi Pereira

Pérez e Arévalo não dão conta de Cruzado e Lobatón. Displicentes, deixam ambos chegarem com a bola até a intermediária

Lodeiro ameaçou voltar em grande estilo no início da segunda etapa, mas sumiu de novo. Era importantíssimo para o time, taticamente.

Substituição no Uruguai. Sai Lodeiro entra “Cebolla” Rodriguez. “La hoya” Hernandez entra e sai Cavani. “Cebolla” é dará mais enfase ao lado esquerdo e melhor na criação. Hernandez é aposta na velocidade.

Quem sabe mais uma seleção desapontou, ou melhor. As seleções ditas “pequenas” estão crescendo o futebol mais popular e com maior equilibrio.



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Análise tática das meninas, Brasil na Copa do Mundo


A Seleção Brasileira feminina sanou as dores de cabeça deixadas pelo time masculino de Mano Menezes no torcedor brasileiro, durante o fim de semana. Se Neymar e Paulo Henrique Ganso de certa forma decepcionaram em campo neste domingo, bem longe do frio da Argentina e da Copa América, no calor do verão alemão, Marta e Rosana fizeram bonito.

Inicio de jogo complicado para a Seleção pois a Noruega se impôs, ou o Brasil defendeu atrás da linha do meio campo? Creio que o intuito do treinador Brasileiro era melhorar o sistema defensivo. Mudou o esquema para o 3-4-1-2 e jogou no contra-ataque.

Na defesa Daiane foi libera e atuou sem dar chances a Noruega. Aline jogou na esquerda e por ali anulou qualquer intenção da adversaria. Érika jogou na direita e foi a defensora com mais qualidade pode também atuar na meia.

Maurine que é destra jogou na esquerda para Fabiana poder atuar na direita. Rosana que é no máximo ala vem jogando como “enganche” e mais que isso ela apoia e volta para marcar é o destaque da seleção nesta Copa do Mundo.

Inovação na seleção, pois joga no erro do adversário. Noruega que jogou na base do lançamento da goleira. Transição defesa-ataque do Brasil é rápida e usou e abusou no jogo. As alas Maurine e Fabiana foram essenciais no jogo pois apoiavam e defendiam com qualidade.

Com a bola Rosana jogava a frente das alas e meio campistas e graças a ela por vezes o esquema variava do 3-4-1-2 para o 3-4-3. Junto com Marta e Cristiane. Rosana compõe ataque e meio campo quando a seleção é atacada. Defende mais no lado direito.

Marta e Cristiane atuaram como pontas e aprofundavam para a área, contavam com o apoio de Rosana que era elemento surpresa. Por vezes todas elas invertiam posições. Elementar está movimentação para o esquema.




Gols

Marta abriu o marcador ainda aos 21 minutos do primeiro tempo, após ser lançada pelo lado direito do gramado, ganhar na corrida da defensora noruega, deixar outra marcadora no chão e bater no contrapé da arqueira. Falta clara de Marta que juíza não marcou.

Já no segundo tempo, Marta fez boa jogada pelo flanco antes de cruzar para o centro da área. Cristiane deixou a bola passar e Rosana completou para o gol. O Brasil se consolidou na partida e fez o último com Marta, fechando os 3 x 0. Com a vitória sobre a Noruega e sobre a Austrália, na estreia por 1 a 0, o Brasil assegurou sua classificação antecipada para as quartas de final. Antes, fecha sua participação na fase de grupos contra Guiné Equatorial.


BRASIL: Andreia, Maurine, Daiane (Renata Costa 39'/2ºT), Aline e Rosana; Ester (Grazielle 43'/2ºT), Formiga, Marta e Cristiane; Erika e Fabiana (Francielle 30'/2ºT) - Técnico: Kleiton Lima.


NORUEGA: Hjelmseth, Holstad, Mjelde, Stensland (Ims 22'/2ºT) e Lund; Ronning, Herlovsen, Kaurin (Thornes - Intervalo) e Giske; Mienna e Haavi (Pedersen 8'/2ºT) - Técnico: Eli Landsen.

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Analisa tática do Brasil. Estreia contra "poderosa" Venezuela.

Segundo Mano, treinador da seleção, não existe mais “galinha morta no futebol” concordo! O futebol evoluiu hoje é muito mas tático e físico que qualquer outra coisa. Resultado? Um insosso empate de 0x0.

Um time bem preparado, com ideias de jogo Mano pensou bem a mudança tática de um 4-3-3 para um 4-2-3-1 não envolvia muitas mudanças. Ganso entrou para dar mais qualidade.

A seleção brasileira criou uma maneira de jogar. Prioriza a posse de bola mas sem objetividade. Muitos passes para trás, lados e sem infiltrações.

Um Brasil lento, o torcedor até lembrou a seleção de Parreira. Que tocava, tocava e tocava. As poucas chances criadas não foram aproveitadas, poucas pois os jogadores esperavam a bola no pé não houve movimentação, triangulações e compactação para maior aproximação dos meias ao ataque.

Esperamos um Brasil fazendo pressão, não deixando a Venezuela respirar. Deveria mas não foi bem assim. Quando defrontamos um seleção ou time de menor qualidade a marcação PRESSING em que todos jogadores tem como objetivo fechar os espaços e linha de passe do adversário, deveria ser utilizada pois a Venezuela usaria do “chutão” e ganharíamos a posse de bola.

Outra forma de jogar com um time na retranca é jogar pelos flancos. Ora com Neymar e Robinho nas pontas porque não utilizá-los mais? Faltou a criação e mais apoio dos laterais. Triangulações entre os pontas,laterais e um terceiro jogador que podia ser Ganso ou Ramires.

Com Ganso mais aprofundado dependemos dos nossos volantes. Lucas e Ramires são passadores e não criadores, complicou ainda mais.



Peça por peça

Júlio Cesar é o goleiro titular e que passa segurança ao time.

Os quatro defensores estiveram bem no jogo, podem até questionar se estes são os melhores para cada posição mas não influenciaram no resultado do jogo.

Problema a vista. Será que Lucas Leiva e Ramires são os volantes indicados e melhores para posição? Pode ser que não, mas tem o respaldo de Mano.

Lucas cumpre primeira função pela Direita e assim fez o jogo inteiro, não tem a qualidade de Sandro pois é mais segundo volante.

Ramires é o motorzinho, corre por todo lado do campo e atuou mais pela esquerda. Errou passes e parecia nervoso, carece de maior qualidade para criar pois neste jogo os volantes tiveram está função.

Ganso terá como principal incumbência criar. Depende dele os passes a gol, lançamentos e aquele lance que só um camisa 10 pode fazer. No jogo de hoje criou algumas chances que não foram aproveitadas. Atuou muito aprofundado e por vezes fazendo o pivô. Assim Lucas e Ramires tiveram armar de trás consequentemente faltando criatividade o time decaiu. Nossos volantes que atuaram hoje não estão perto de Falcão.

Neymar atuou mais no flanco esquerdo. Lembrou Ronaldinho Gaúcho que ficou refém daquela pequena parte do campo. Em alguns momentos do jogo, no inicio, Robinho e Neymar até invertiam os flancos ora esquerda ora direita. Não foi o Neymar que conquistou a América, mas tenho certeza que irá melhorar.

Robinho foi criticado e por alguns dito que terminou seu ciclo, não acredito pois neste jogo pegaram muito no seu pé por não ser o “Robinho pedalada” o menino que encantou o Brasil. Começou na direita, passou pelo meio e no flanco direito. Mas teve posicionamento mais incisivo na direita. Em muitos momentos do jogo puxava a marcação para dentro da área chamando Dani Alves, a jogada funcionava só que Dani ficava sem opção de tabela ou passe.

Pato foi o principal jogador do Brasil, uma bola na trave e quem mais assustou a Venezuela. Neste sistema jogou mais solitário, Neymar e Robinho jogaram nos flancos. Ganso por muitas vezes foi quem se aproximou de Pato e foi quem lhe deu as melhores chances. Substituir Pato foi um erro.

As opções

Mano se perdeu em uma das substituições. Tirar Robinho era compreensível mas pôr FRED? Sim FRED! Complicou a seleção passou para um 4-3-3 com Pato mais aberto, Fred centralizado e Neymar seguia na esquerda.

Ramires sentiu lesão e teve que sair. Elano o substituiu e jogou a direita um pouco mais a frente. Apoiou junto com Dani Alves e Lucas “Marcelinho”.

Lucas entrou no lugar de Pato e aqui Mano assumiu que errou. Tirou o seu melhor jogador, se não foi o melhor o que levou mais perigo ao gol adversário. Lucas entrou e fez mesma função de Robinho. Atuou mais a direita e por ali junto com Elano e Dani Alves “teriam” um flanco direito mais forte. Sim “teriam” pois Lucas não entrou inspirado.



Decepcionou?

Falamos tanto da dona da casa Argentina. Mas e o nosso Brasil? Vamos passar a mão na cabeça e dizer que foi apenas a tensão da estreia? Creio que não.

Sendo galinha morta ou não era para passar por cima. Fica para a próxima. Os 3 últimos resultados do Brasil x Venezuela foram dois empates e uma derrota. Méritos da Venezuela? Será mesmo, creio que não fomos capazes e quem sabe um “salto alto” achando que já ganhamos.

Assistindo ao jogo Argentina x Bolívia e Brasil x Venezuela sobra analisar Uruguai e ver como chega a terceira potencia do futebol platino.

Decepcionante não foi. A desculpa antes era de que “amistoso não vale nada” e que na Copa América seria diferente. Vamos esperar as boas atuações, espero que não sentado.









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Analise tática Atlético-MG x Internacional. Goleada colorada

Atlético Mineiro e Internacional se defrontaram pelo campeonato Brasileiro. Um clássico pois são grandes clubes e esperaríamos um confronto equilibrado e bom futebol. O bom futebol aconteceu , mas o Inter desequilibrou a partida marcou 4, não sofreu gols e afundou o Atlético em crise.

Dorival é um grande treinador. Entretanto colocar 3 volantes para uma partida em casa. Creio que foi um erro, pôs seu time no 4-3-1-2 com apenas Daniel Carvalho de homem de criação.

Falcão demonstra que montou o melhor Internacional desde que chegou, 4-2-2-2 o simples com dois volantes que guardam posição, dois meias de qualidade e dois atacantes, um de velocidade e um centro avante.



Peça por peça

Interessante o esquema adotado por Dorival, um losango no meio e de qualidade com Richarlysson de primeiro volante, Serginho e Dudu Cearense fazendo a segunda linha do meio. Daniel Carvalho no ápice do losango encarregado de criar as jogadas.

Na teoria Dudu Cearense auxiliaria Daniel Carvalho na criação pelo lado direito. Dudu ainda não está em forma física e no seu melhor futebol. Por vezes Dudu e Serginho invertiam ora Serginho na direita ora Dudu Cearense na esquerda. Está segunda linha do losango é a principal engrenagem do meio de campo, se não funciona bem o tima não vai bem.

Guilherme e Magno Alves foram pouco acionados. O time errava muitos passes as transições de defesa-ataque não aconteceram, os contra-ataques não foram aproveitados. As principais chenaces foram de chutes fora da área.

Falcão armou o time do Inter atacando no 4-2-2-2 o básico brasileiro. Defendendo o time colorado partiu para duas linhas de quatro Oscar e D'Alessandro abriam e fechavam o meio na segunda linha. Zé Roberto recuava e por vezes Damião fazia o esforço de recuar e ficar a frente dos volantes.



Compactado. Assim foi o Internacional por falta de sorte não marcou no primeiro tempo com Damião. Os dois meias jogaram mais aproximados e por ali as jogadas fluíram.

Guiñazu e Tinga foram os dois volantes e fizeram o que lhes é devido. Marcar e guardar posição e assim foi. Deram maior segurança a defesa e no 4-4-1-1 ou 4-4-2 pararam o Atlético-MG. Segurando posição assim os laterais puderam sair e apoiar o homens de frente. Kleber com maior qualidade e Nei com vitalidade.

Zé Roberto é o homem de movimentação, cai pelos dois lados e Damião fica mais centralizado o time rende mais por ser compactado os meias chegam de trás.

Segundo tempo

Dorival colocou o menino Wendell no lugar do fraco Dudu Cearense. O time ficou mais ofensivo, jogou no 4-2-3-1. Se abriu e foi o pecado de Dorival, atacar o Inter sem cobertura adequada é pedir para perder.

O Inter seguiu o mesmo todos ajudam atacando e defendendo Falcão finalmente conseguiu implantar o futebol que desejava desde que assumiu o colorado.

Foi um abraço, igual a bater m bêbado. Dois gols de rajada o primeiro de Damião em rebote do goleiro e o segundo Zé Roberto de cabeça.



Dorival não gostou e mudou novamente, tirou o menino Wendell com apenas 14 minutos em campo e pôs o experiente Mancini. Magno Alves deixou o campo e entrou J.Obina. Se tornou ainda mais incisivo, Mancini abriu na ponta, Daniel Centralizado e Obina na frente caindo um pouco pelo lado. Umas espécie de 4-2-2-2 espelhando o Internacional.

Os dois gols atordoaram o time do Atlético que ficou perdido em campo. A torcida começou a jogar contra vaiou o time e o treinador.

Tinga trombou com Guiñazu e teve de sair sentiu o joelho e tornozelo. Para seu lugar entrou Bolatti que voltou de uma síndrome de OverTraining.

Coma as mudanças o Atlético teria de ir para cima e assim foi. Com o time compactado o Inter foi uma “cobra” esperando para dar o bote fatal. O que conseguiu mais duas vezes. D'Alessandro, um dos destaques do jogo, fez o terceiro, numa jogada em altíssima velocidade. E Oscar, outro destaque da partida, fez o quarto, após falha de Rever.

O Inter com jogo ganho mudou. Saiu sob aplausos D'Alessandro e entrou o menino Ricardo Goulart. Zé Roberto que também importante na partida foi substituído por Fabrício. Com isso o time de Falcão adotou um 4-2-3-1 com Fabrício aberto na esquerda, Ricardo Goulart mais ao centro e Oscar na direita.

Nos minutos finais do jogo Guilherme Santos perdeu a cabeça e agrediu Bolatti e acabou sendo expulso. A torcida não poupou gritava “olé” e vaiou o time.



Sem mais delongas. Um show colorado 4x0 em que não deixou o adversário jogar e ajudou a balançar Dorival no cargo.

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